changes | eli moskowitz

thirty five.

Sofia estava na porta do apartamento de Tory. As duas haviam combinado de se encontrarem, já que devido a terem duas rotinas completamente diferentes, estavam com certa dificuldade de se verem, o que a menor já estava fazendo drama para a melhor amiga, dizendo que foi abandonada.

— E aí, pirralho. — Sofia exclamou com um sorriso no rosto quando o irmão mais novo de Tory abriu a porta, deixando-a entrar.

— Eu falei pra parar de me chamar assim, eu já tenho oito anos. — cruzou os braços, mesmo com pouco tamanho ele já era todo esquentadinho. Ela riu ao ver o quão parecido era seu jeito com o da irmã.

— Eu tenho o dobro da sua idade e seu tamanho. — ela se abaixou, ficando na mesma altura do garoto. — Então você ainda é um pirralho pra mim.

— E você é uma velha chata. — ele deu a língua pra maior, que arregalou os olhos, não esperando que ele retrucasse dessa forma.

— Tory, coloca esse garoto de castigo. — ela gritou pra melhor amiga, indo em direção ao seu quarto, encontrando a amiga terminando de colocar seus sapatos. — Esse pirralho tá me chamando de velha chata.

— Que bom, fui eu que ensinei. — a loira bateu na mão do irmão. — Mandou bem, Brandon.

— Você é uma vaca, Nichols. — Sofia dizia incrédula, enquanto a amiga ria.

— Você falou palavrão, vai ter que pôr um dólar no potinho de palavrão. — ao ouvir a amiga da irmã xingar, o garotinho foi correndo pegar o pote que havia citado.

Mesmo Brandon sendo um pestinha, ele conseguia ser adorável de vez em quando.

— Toma, pirralho. — Sofia lhe entregou uma nota de dez dólares, ela não podia evitar de se derreter com o garoto. — Vai tomar um sorvete enquanto eu saio com a sua irmã.

— Obrigada, velha chata, você é a melhor. — ele abriu um sorriso enorme ao ver o papel em sua mão, e saiu correndo para seu quarto.

— Se me chamar assim de novo, eu vou puxar seu pé a noite!

— Obrigada, Sof. — Tory sorriu amavelmente. — A felicidade dele significa muito pra mim.

— Relaxa, não foi nada. — ela gesticulava com a mão. — E aí, pronta pra levar um pé na bunda?

As duas amigas iriam treinar no parque. Mesmo querendo ficar longe do dojô, Sofia sentia falta de karatê, e como também não via a melhor amiga a alguns dias, juntou o útil ao agradável.

— Até parece. — a loira riu fraco. — Você tá toda enferrujada, eu ganho de você sem esforço.

— Eu tô nesse ramo a anos, você chegou agora. — foi sua vez de cruzar os braços. — Mesmo sem treinar, eu acabo com você rapidinho.

— Só acredito vendo. — Tory desafiou.

— Você vai daqui a pouquinho. — falou com convicção. — Regras de torneio, quem fizer três pontos vence, e quem perder, paga o jantar depois. — estendeu a mão pra garota apertar.

— Fechado, Keene. — apertou sem hesitar.

 — Fechado, Nichols.

🥋

Depois que Tory e Sofia já tinham feito sua pequena competição, terminando com a menor ganhando e a amiga pagando a conta na lanchonete, como haviam combinado, as duas receberam uma mensagem do grupo do Cobra Kai, dizendo que iriam se encontrar no fliperama. Porém, Sofia já havia combinado de ir à um show de rock com seu pai e Miguel a noite, então elas se despediram e cada uma seguiu seu caminho.