O Matador - Contos Santinelle 01

Capítulo 19

BIANCA MONTANARI (+18)

-Foram as quarenta e oito horas mais longas da minha vida. - Me jogo no colchão ao lado de Luca enquanto encaro o teto do antigo quarto de Luca na mansão dos Santinelle.

-Como você se sente? - Luca coloca sua pequena pilha de documentos de lado antes de me puxar para seu peito, não preciso dizer que fui de bom grado.

-Confusa, perdida, empolgada e perdida.

-Você disse perdida duas vezes.

-Acho que me sinto duplamente perdida.

-Seus pais chegaram com segurança na Itália. Eles e seu programa estão a salvo agora.

-Se eu soubesse que toda essa loucura poderia ter acontecido, não teria aceitado vir para os Estados Unidos com meus pais para a festa da Famiglia.

-Então não teríamos nos conhecido.

-Esse é um bom argumento. Só não queria que tantas pessoas fossem mortas ou feridas no processo.

-Faz parte do nosso mundo, Bianca. Não é algo que podemos mudar, são as circunstâncias a que todos estamos sujeitos.

-Luca?

-Hm?

-Consegue acreditar que em duas semanas seremos marido e mulher?

-Consigo. - Uma risada treme seu peito e considerando que estou deitada sobre ele, não foi possível disfarçar - Bianca Santinelle soa muito bem para mim. O que acha?

-Gosto do som. - Sorrio, passando o dedo sobre as ondulações de meu abdome - É estranho estarmos hospedados na casa dos seus pais.

-Pelo tamanho dessa casa, talvez nunca nos encontremos de fato. Nossa estadia é passageira, ao menos até o apartamento ser reformado ou nós encontrarmos uma casa.

-Eu te amo, sabia?

Ouço sua pequena risada e suas carícias em meu braço descem até minha mão onde seus dedos entrelaçam com os meus. Luca trouxe nossas mãos unidas para perto de seu rosto e beijou o dorso de minha mão.

-Eu também te amo.

Luca puxa minha cintura para que eu deite sobre ele e quando bato contra seu peito, seus lábios tomem posse dos meus em um ritmo lento e apaixonado. Suas mãos a seguram minha bunda com força contra sua ereção e Luca puxa meu lábio inferior com os dente antes de voltar a me beijar. Não demorei a corresponder, pelo contrário, abri minha boca para que pudéssemos aprofundar o beijo. Instintivamente movi meu quadril contra seu corpo e um gemido baixo escapou de Luca.

Suas mãos cravaram em meus quadris e começam a mover-me para frente e para trás em seu colo, meu vestido solto estava em volta de minhas pernas quando as coloquei em suas laterais. Nosso beijo retoma quando volto a me mover contra ele, sua calça moletom e minha roupa íntima nos separando. Sinto-me como uma adolescente, mas com Luca tendo as mãos em mim, meu cérebro não consegue trabalhar com total eficiência.

Luca nos gira na cama, ficando por cima e movimentando seu quadril como se investisse em mim. Seus lábios abandonam os meus e fazem uma trilha de beijos e mordiscadas em meu pescoço. Suas mãos agarram a barra de meu vestido e interrompe nosso contato para nos livrarmos daquele obstáculo. Aproveitando a oportunidade retiro meu sutiã enquanto Luca se livra de sua calça moletom. Ele não usava nada por baixo, então logo estava de volta para retirar minha última peça íntima.

Luca não faz cerimônias dessa vez, ele simplesmente afasta as minhas pernas e começa seu show enquanto me olha. Seu olhar focado em mim, suas pupilas tão dilatadas que o azul se reduziu à borda dos olhos. Meus dedos agarraram seus cabelos quando ele colocou um dedo em mim, eu já estava sedenta por libertação quando Luca investiu um segundo dedo, ela leve ardência por estar sendo alargada, mas prazeroso com sua boca ali. Estou ofegante, chamando por seu nome com pequenos gemidos no momento que suas investidas em meu clitóris aumentam e eu me desfaço.

Com a nuvem de prazer e relaxamento que me rodeia, não percebi que Luca havia subido meu corpo, beijando e massageando meus seios enquanto ele continua a me olhar. Deveria ser desconcertante tê-lo me analisando dessa forma, mas parece tão sexy para mim. Luca é todo fodidamente sexy.

Seus lábios voltam a beijar minha boca, mas desta vez é ainda mais sedento e excitado. Sinto Luca se posicionar e começar a me penetrar. Seu membro me invade fundo e incomoda, sinto uma leve ardência na região. Nada extremamente doloroso quanto escutei, apenas um incômodo.

-Você está bem? - Luca pergunta, genuinamente preocupado.

-Sim, sentindo apenas uma ardência. Fique parado por um momento, por favor, eu só preciso me acostumar.

-Tudo bem. - Seus lábios me beijam novamente e decido ignorar e sensação de grande invasão dentro de mim, meus braços circulam seu pescoço e foco em nosso beijo, sua gosto, sua língua, seu cheiro. Luca é quente e tê-lo tão perto é quase um conforto.

Depois de algum tempo eu já não incomodava tanto, então remexi meu quadril contra ele. Ainda é estranho ter algo tão grande dentro de mim, como se preenchesse algo que não necessariamente precisava ser preenchido. Luca se movimenta lentamente e comecei a sentir algo novo, quase curioso, uma sensação diferente e reconfortante. Luca escorregou uma de suas mãos por nós e voltou a acariciar meu clitóris sensível. Meu corpo começou a apertá-lo dentro de mim e meus dedos fincaram em sua carne.

O prazer retornou de modo tímido mas promissor. Suas carícias ajudaram muito, não posso negar. A ardência era quase inexistente e os movimentos ritmados de Luca ganharam mais velocidade, voltei a me agarrar nele quando seu rosto se enterrou na curva de meu pescoço. Seus gemidos me excitaram, saber que ele está tendo prazer por minha causa é excitante.

Luca apoiou seu peso nos dois braços outra vez e começou a mover-se de modo que roçasse contra mim e continuasse a me estimular. Meu corpo o apertou com força e um tremor me percorreu quando atingi meu clímax. Luca gemeu uma última vez, baixo e rouco, antes de se libertar em mim. Seu peito arfando pelo esforço, suor brilhante em sua testa quando ele caiu ao meu lado na cama e me puxou para perto novamente.

- Prometo te honrar, respeitar e proteger, como minha esposa e futura mãe dos nossos filhos. Como primeira dama da Famiglia e a mulher a quem eu amo. - Seus lábios beijam o topo de minha cabeça.