Capítulo XVIII - Surpresa

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Pássaros cantando na minha janela, raios de luz entrando pelas frestas e uma leve brisa balançando as cortinas. Assim fui acordada naquela manhã.





Abri os olhos devagar, feliz, realizada, mas rapidamente ficando frustrada porque Inocêncio não estava lá, deitado ao meu lado.




Levantei um pouco na cama me apoiando no braço pra ter uma visão mais ampla do quarto, mas nada dele.





Resolvi então me levantar de uma vez. Fui para o banheiro tomar um banho. Lavei meus cabelos, fiz uma depilação básica, passei minha loção no meu corpo todo e vesti um vestidinho floral médio com o fundo amarelo.





Peguei um chapéu no armário, porque queria andar pela frente da fazenda. Mas antes sequei o cabelo.





Fui para frente do espelho maior e fiquei me admirando. E por último, peguei uma sandália baixa de tiras para calçar. Estava pronta.





Desci direto para cozinha, esperando encontrar Inocêncio lá, mas quem estavam à mesa era apenas João, Ritinha e Inácia.





— Bom dia!!! — solícita. — Onde está Inocêncio? — puxei minha cadeira e sentei, me servindo de café puro.




— Vai querer leite, mainha? — ofereceu João já me servindo com outra xícara.





— Obrigada, meu amor.





— Padrinho tá no escritório. — falou Ritinha.





— Chegou uma coisa pra você. Tá lá na sala, não viu não? — avisou Inácia.





Bebi meu café misturado com o leite que João tinha me dado, comendo um pedacinho bem pequeno de alguns bolos com sabores diferentes que Inácia tinha feito, doces e salgados.





— Não... O que é? — perguntei curiosa. — Desci tão rápido que nem olhei para a sala direito.





— Flores. — Ritinha respondeu toda feliz. — Padrinho encomendou foi cedo pelo visto.





Meu estado de curiosidade passou para o estado de alegria misturada com paixão numa velocidade impressionante.





Saí da mesa com metade de uma maçã na mão e quando avistei o buquê de rosas vermelhas na mesa do lado da porta de entrada, me emocionei.
Peguei o buquê nas mãos e quando me virei a plateia estava atrás de mim.





— Tem um bilhete aí. — João reparou.





— Como se a gente não soubesse quem mandou. — Ritinha falou sorrindo.





Coloquei o último pedaço de maçã na boca para pegar o bilhete. E para minha grande decepção e decepção do meu público, não era de Inocêncio.





"Dezenas de rosas vermelhas para a rosa mais bela de todas. Com um imenso pedido de desculpas pela cena que causei e um pedido para uma reconciliação de amizade.

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