Aɪɴᴅᴀ Tᴇ Aᴍᴏ, Imagine Jão

Capítulo Dezesseis

[Atenção: este capítulo contém cenas +18, leia por sua conta e risco]

Se alguém me disser que dá para conciliar trabalho e faculdade, com certeza vai levar um chutão meu. Porque o João acabou de sair do palco e eu tinha que estar lá com ele, mas estava aqui no camarim surtando com a porcaria das minhas atividades que eu preciso mandar para os professores segunda feira.

Minha sorte é que eu fui precavida e trouxe meu material da faculdade na viagem. A roupa que o João vai usar amanhã já foi escolhida, então eu só vou aparecer naquele show quando der o horário de início e ele estiver no palco porque eles simplesmente resolveram me colocar para ser a fotógrafa oficial do Jão - o Pedro me fez assinar um novo contrato ontem e agora minha carteira de trabalho diz que eu sou "figurinista e fotógrafa do cantor Jão".

— Eu estou exausta — falei me jogando novamente no sofá que tinha no camarim do João depois de ter ajudado ele a remover a maquiagem enquanto ele saia do banheiro agora já estando com a roupa normal que ele veio.

— Se você que só fotografou tá assim, imagina eu — ele falou se jogando ao meu lado.

— E pra melhorar, sete da manhã a gente vai pro estado vizinho, que maravilha hein Jão? O que você tinha na cabeça quando organizou essas datas?

— Agora eu também não sei, mas é melhor a gente ir pro hotel logo.

— Sim, é melhor, principalmente porque estava ameaçando chover e eu quero chegar no hotel antes da chuva.

Embora internamente eu esteja quase implorando para não chover ou não ser uma chuva forte ou eu vou ter sérios problemas para conseguir dormir (leia-se: não vou conseguir dormir nem por um caralho).

Se Deus soubesse o quanto eu odeio chuva forte, eu tenho certeza que ele não deixaria chover.

Nós saímos de onde estávamos e felizmente ainda não estava chovendo. O hotel onde estávamos hospedados não era muito longe, então chegamos lá são e salvos.

Mas parecia que a tempestade estava só esperando eu e o João chegarmos no hotel antes de cair. Era cada raio e trovão que meus ouvidos estavam doendo.

Eu pedi para ficar em um quarto separado do Jão por motivos de: se tiver algum fã hospedado nesse hotel, não vai pensar besteira.

Só que agora eu estava me arrependendo um pouco disso.

— Tudo bem Lalynha? — o moreno que estava comigo me perguntou.

— A chuva tá um pouco forte né? E tá frio também...

— Quer companhia até a chuva passar?

— Não precisa João, você tem que descansar.

— Você realmente tem certeza disso?

— Tenho, de qualquer forma, eu vou tentar deitar e apagar, eu nem vou ligar muito para a chuva.

— Tudo bem, se você diz. Mas me manda mensagem ou bate no meu quarto qualquer coisa.

— Pode deixar — respondi com um sorriso.

— Bom, então eu vou pro meu quarto, boa noite meu anjo e dorme bem viu?

— Boa noite pra você também João, descansa — falei dando um beijo na bochecha dele e então entrei no meu quarto.

Tá, eu só preciso ignorar a chuva e dormir, não é difícil.

Eu tomei um banho quente, coloquei uma roupa qualquer de dormir e então me deitei na cama.

Obviamente o sono não queria vir mesmo eu estando completamente cansada por causa dessa chuva. É nessas horas que eu percebo o quanto a minha vida no geral foi uma merda a ponto de eu não conseguir dormir porque está caindo um dilúvio lá fora.