Atrasada.

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O alarme do meu celular não tocou (porque a inteligente aqui esqueceu de colocar para tocar as 5:30). Eram 6:45 da manhã, e eu precisava está na escola as 7:00, ou seja eu só tinha 15 minutos para tomar banho, me vestir, fazer a maquiagem, tomar café da manhã, pegar a carona da minha mãe, e chegar na escola.

Da minha casa para escola era uns 10 minutos, então eu tinha que ser exata, tomei um banho rápido, mas bem-tomado, vestir o uniforme depressa enquanto ia para sala, coloquei os ovos mexidos no prato junto com o suco de laranja, e fui comendo enquanto colocava o meu tênis.

Quando olhei o relógio já eram 7:03. Já era, iria me atrasar. Lucci gritou da cozinha dizendo que minha mãe já estava me esperando a uns dez minutos na portaria, dei tchau a ela, peguei minha mochila, abrir a porta apertei o botão do elevador, e fiquei gritando para que as portas se abrissem logo, quando elas se abriram me joguei dentro do elevador e apertei o botão que levava ao térreo, chegando ao térreo, sair correndo, dei bom-dia ao porteiro e entrei correndo no carro.

- Bom-Dia Sra.BemAtrasada, já são 7:05.

Falou ela, já com o carro em movimento.

-Desculpa, esqueci de colocar o alarme pra tocar hoje.

-Seu pai ligou, para confirma a viagem, vocês vão sair daqui quinta-feira.

-Essa quinta? Mas as aulas acabam sexta.

-Você sabe o quanto odeio que você falte aula, mas liguei para o seu colégio e eles me garantiram, que sexta não vai ter nada de importante em sua sala.

-Hum, e será que posso saber para onde eu vou viajar com ele?

-Não sei o lugar ao certo, mas é na Bahia.

Disse ela, soltando logo em seguida um xingamento, ao parar no sinal vermelho.

-Então quer dizer que a senhora vai deixar eu viajar com um cara, para um lugar que a senhora não sabe onde fica, sem saber quem mais, além de nós 2, vai?

-Olha Maryana, ele é seu pai, você querendo ou não, e tenho certeza que o Breno- (sim, esse é o nome do meu... pai.)- não seria capaz de fazer nenhum mal a você, apesar de tudo.

O sinal abriu alguns segundos depois que ela terminou de falar.

Ficamos em silêncio até o momento em que ela parou na porta do colégio, e então ao sair do carro, antes de bater a porta terminei a conversa falando:

-Se ele foi capaz de fazer oque ele fez com a senhora há 15 anos, acho que ele pode ser capaz de fazer muitas outras coisas.

Bati a porta do carro, e entrei no colégio.

Fúria Adolescente!Onde histórias criam vida. Descubra agora