Fúria Adolescente!

O beijo.

Quando o filme terminou, saímos da sala e encontramos com a Bia o Diego o Carlos e a Jenifer na porta da sala que estávamos. Eles comentavam animadamente sobre o filme. Já eram 21:15, quando fomos para a praça de alimentação.

Começamos a conversar, e o Diego me perguntou:

-Iaí, Maryana, gostou do filme?

-Sim, Muito.

-Claro que você gostou né amor, aproveitou o escurinho do cinema para dar o bote no Rafael. Você é bastante rápida, nem bem conheceu ele, e já vai beijando, você é sempre assim?

Geovanna me alfinetou, com tom de raiva.

Ia dar uma resposta a ela, mas o Rafael foi mais rápido:

-Geovanna, essa noite você está insuportável, da próxima se resolver vim para ficar mandando indireta, não venha. Vou levar a Mary para casa.

-Pera que eu levo vocês.

Carlos falou rapidamente.

-Não cara, pode deixar a gente se vira.

Assim que terminou de falar o Rafa se despediu da galera, me pegou pela mão e me puxou para sair dali.

15 minutos depois estávamos entrando em um taxi.

O Rafa começou a falar:

-Me desculpe pela Geovanna, bem ela... ela.. não aceita o fim do nosso namoro.

-VOCÊS NAMORAVAM? -Me viro de frente para ele -Você não chegou aqui em São Paulo a 1 mês?

-Bem, eu e ela conversamos pelo computador a uns 4 meses, ai quando eu cheguei aqui a gente se conheceu pessoalmente, e em menos de 5 dias ela falou que porque não levar aquele "romance" mais á sério, eu aceitei, mas não deu muito certo, em menos de 20 dias nós terminamos.

-Bem, isso é bem confuso.

Passamos o resto do caminho calados.

Ao chegar na frente do meu prédio, Rafael pediu ao táxi para esperar e me acompanhou até a portaria.

Mesmo confusa pelo que tinha acontecido, resolvi perguntar a ele, oque vinha pensando durante todo trajeto:

-Porque?

-Porque oque?

Perguntou Rafael confuso.

-Porque você e a Geovanna terminaram?

-Ah, é coisa nossa.

-Então é segredo?

-Olha é uma coisa muito pessoal.

-Hum. Então, obrigada por me acompanhar, tchau.

Falei tentando dá um fim a conversa.

Quando ia entrando no prédio, o Rafael me puxa:

-Espera.

Viro rapidamente de frente para ele.

Ele veio em minha direção, e meio que do nada me deu um BEIJO!!!

Eu não sabia oque pensar, aliás eu só contava os segundos que aquele beijo durava, e ao fim foram 23 segundos.

Quando ele afastou os lábios do meu, eu fiquei lá parada, olhando para ele, como se quisesse perguntar: "É só isso?", e ao mesmo tempo: "Oque foi isso?".

Foi uma sensação boa, não me senti no céu, mas foi bom, não fora um dos piores beijos, poderia dizer até que o melhor, mas algo em mim falava que tinha faltado alguma coisa, só não sabia explicar oque.

-Bem, eu vou indo, te ligo amanhã, pode ser?

-Hã? Ah, sim, pode.

-Então vou indo.

Terminando a frase ele entrou no táxi, e eu o observei partindo.

Meio confusa, mais bem feliz, entrei no prédio, peguei o elevador, e nesse momento enquanto subia o elevador, lembrei: Minha mãe me colocou de castigo e eu não obedeci. Ah, mas isso não ia dar em nada, nunca dava.