Desculpas.

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Já eram 1:27 da manhã e eu ainda estava acordada, quando vi alguém abrindo a portar devagar. Era minha mãe, fechei os olhos rapidamente. Ela entrou e sentou ao meu lado, deu um suspiro e logo depois começou a falar:

-Sei que você está acordada, quero conversar com você Maryana.

Fiquei mais alguns segundos de olhos fechados esperando que ela se levantasse e saísse do meu quarto, mas ela não se moveu um centimetro, fui abrindo os olhos lentamente e falei:

-Como sabe que estou acordada?

-Você está desenrolada, e você nunca dorme desenrolada.

-Huum. Sobre oque quer falar?

- Oque aconteceu hoje? A Lucci disse que você chegou, acompanhada da Endy, sendo que vocês não se falam a um bom tempo.

-A gente se fala sim, mãe, só não com tanta frequência quanto antes.

-Ok. Mas porque o choro?

-Emoção.

-Emoção?

-É... emoção, eu e a Endy fomos assistir a um musical e eu me emocionei demais.

-Você costumava mentir melhor, sei que vocês saíram de biquíni.

-A Lucci está se saindo uma ótima fofoqueira.

Ela deu um sorriso e falou:

-Sei que de alguns anos para cá não tenho sido uma mãe muito presente, mas quero dizer que você pode confiar em mim, se não quiser me contar o que houve tudo bem, mas quero que saiba que se trabalho muito, é por você, só por você.

Suspirei, e comecei a contar a ela sobre tudo que havia acontecido na praia, tirando algumas palavras ali e aqui, mas contando a versão verdadeira.

Depois que terminei, ela apenas falou:

-Não sofra por esse garoto, de sofrimento por garoto eu entendendo muito, e posso dizer que não vale a pena, levante a cabeça e foque nos estudos, e se for para namorar um menino, namore uma que te mereça, não julgue pela aparência e sim pelo coração.

Ótimo, minha mãe tinha virado uma psicóloga. Tentando terminar logo o assunto, pois já estava começando a ficar com sono, falei para ela:

-Tá mãe, boa-noite.

Me enrolei, fechei os olhos, e logo cai no sono.

Fúria Adolescente!Onde histórias criam vida. Descubra agora