Entre Armas e Rosas

Capítulo 22

Este capítulo contém violência ⚠️

[...]

POV WANDA

Eu estava deitada na cama do hospital, meu corpo tava todo dolorido e eu queria muito coçar a minha perna mas ela tava engessada.

Então a porta do meu quarto de abre num empurrão forte.

- WANDS!- A voz do Tommy se faz presente e eu olho pra ele sorrindo.

O sorriso do Tommy iluminou o quarto enquanto ele corria até mim. Seus olhos brilhavam, cheios de alívio e felicidade.

- Wands! - Ele exclamou animado, segurando a grade da cama e se inclinando para perto. - Eu senti tanto sua falta!

Sorri para ele, ignorando a dor no meu corpo.

- Eu também senti sua falta, Tommy.

Ele franziu a testa, observando os curativos e o gesso.

- Você tá toda machucada... A mamãe disse que você ia ficar bem, mas eu fiquei preocupado.

Meu coração aqueceu ao ouvir isso.

- Eu vou ficar bem, prometo. Só preciso de um tempinho para me recuperar.

Ele mordeu o lábio, parecendo pensar em algo, e então perguntou.

- Você quer que eu traga o seu lanche favorito? A mamãe sempre faz isso pra mim quando eu tô doente.

Ri fraco, balançando a cabeça.

- Só de você estar aqui já ajuda bastante, pequeno.

Ele sorriu satisfeito e subiu na cadeira ao lado da cama, como se quisesse me vigiar de perto.

Foi aí que notei Natasha parada na porta, observando a cena com um olhar suave e protetor.

- Oiê Tasha.- Falo sorrindo calma e vejo ela entrar e fechar a porta

Ela vem até mim e ela beija minha testa.

- Como você tá?- ela pergunta calma.

Suspirei, fechando os olhos por um momento ao sentir o toque suave dos lábios dela na minha testa.

- Doendo um pouco... Mas nada que eu não aguente. - Tentei brincar, mas Natasha não pareceu achar graça.

Ela puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado, sua mão encontrando a minha sobre o lençol.

- Se precisar de qualquer coisa, me fala. - Sua voz saiu firme, mas havia uma preocupação ali que ela não conseguia esconder.

Tommy observava tudo atentamente, apoiando o rosto nas mãos.

- A mamãe ficou bem brava, sabia? - Ele comentou, me olhando sério. - Mas agora ela tá feliz porque você tá bem.

Sorri fraco, apertando a mão dela de leve.

- Eu sei. Ela sempre cuida de mim.

Natasha suspirou e levou minha mão até os lábios, beijando meus dedos com delicadeza.

- E sempre vou cuidar. - Você não imagina o quanto eu fiquei preocupada. - Ela quebrou o silêncio, a voz baixa, mas carregada de emoção.

- Imagino, sim. - Respondi suavemente, observando seu rosto.

Havia sombras sob seus olhos, um sinal claro de que ela não tinha dormido direito. Natasha sempre foi do tipo que colocava os outros antes de si mesma, mas dessa vez... era diferente. Eu sabia que o que aconteceu tinha mexido com ela.