E se?
E se ao encontrar Luna a senhora Sharon tivesse outra estratégia?
E se ela resolvesse acolher e dar todo o carinho do mundo para sobrinha que era herdeira da fortuna e esquecesse de sua filha adotiva?
E se toda família de Luna morasse na mansã...
O apartamento que Benício estava alugando era bem pertinho do Roller. Fomos de carro e chegamos bem rápido.
O problema é que, durante todo o caminho, eu só pensava no Simón dizendo que estava tentando não sentir nada por mim e falhando miseravelmente. O jeito que ele me puxou pela cintura, seu beijo, suas mãos no meu corpo... Eu me arrepiava inteira só de lembrar.
- Você tá tão calada... tá pensando no quê? -- disse Benício enquanto andávamos pelo pequeno corredor do prédio. - Ah... -- não sabia nem o que inventar -- eu estava viajando... - Humm -- ele parou, pegando a chave para abrir a porta.
O apartamento não tinha luxo, mas era bonitinho e limpo. Cores neutras, móveis novos... Era um lugar decente.
- Tô feliz que esteja aqui... -- ele sorriu, andando até mim devagar e tocando meu rosto. - Tem alguma coisa pra beber? -- me afastei, olhando em volta. - Tem! Comprei um champanhe especialmente pra hoje! -- Benício estourou o champanhe e me serviu.
Tomamos a garrafa quase inteira e ficamos conversando sentados na cama dele.
- Já matamos a sede, agora falta matar a vontade... -- ele disse, tocando meu rosto e me beijando.
Eu não podia evitar, só me lembrava de Simon me beijando há poucas horas atrás.
Aos poucos, Benício deitou por cima de mim e começou a descer as mãos pela minha cintura e pelos quadris.
Ele beijou meu pescoço, fazendo-me suspirar e, mais uma vez, lembrar de coisas que eu não devia lembrar.
Com uma das mãos, ele apertou minha coxa e, perdida nas sensações, eu disse:
- Ah! Simón! -- falei, quase em um fio de voz.
Benício foi parando de me beijar devagar. E me dei conta do que eu disse. - O que você disse? -- ele levantou a cabeça, olhando pra mim. - Eu disse que... -- ele estava tão perto de mim, fiquei nervosa -- "isso é bom!" Por que a pergunta? - Não, nada! -- ele deu de ombros -- foi isso mesmo que eu entendi: "ah! Isso é bom!" - Escuta! -- acariciei seu rosto -- você tem proteção aqui? -- não queria passar por um susto nunca mais. - Proteção? - É, Benício! Camisinha! -- falei como se ele fosse tapado. - Droga! Esqueci! -- ele bufou -- fica aqui, relaxa! Eu vou buscar e volto em um minuto. - Tá legal! -- olhei-o levantar apressado e sair, sabe Deus pra onde.
O problema é que Benício não levou um minuto. Na verdade, não sei quanto tempo passou, porque a junção de horas ajudando na decoração da festa, depois participando da festa e bebendo um monte de champanhe me deu muito sono.
Eu dormi e dormi pesado.
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No dia seguinte, abri os olhos vendo o sol bater nas janelas e olhei para o lado, vendo Benício dormindo e um pacote de camisinhas na mesinha ao lado.