Beautiful People.

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16 de fevereiro de 2020

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16 de fevereiro de 2020.
Londres, Inglaterra.

O olho do furacão estava se aproximando.

Não havia vento, nem temperaturas elevadas, menos ainda um ciclone de baixa pressão. Mas dentro de mim, tudo girava com a força de quem está sendo arrastado por uma onda forte, sem um lugar onde eu pudesse me segurar.

Meu peito ardia sem fôlego, buscando uma pausa do nervosismo incessante que parecia me acompanhar desde que entrei naquela limusine. O terno, feito milimetricamente para o meu corpo, parecia pinicar na pele e prender meus ossos.

Eu me sentia uma cobaia num experimento científico, pronto para ser analisado nos mínimos detalhes. De certa forma, iria ser examinado por todos os jornalistas, paparazzis e entusiastas que estariam no evento.

O desfile era grande e toda pequena minúcia fazia parte do show.

Essa é a razão às roupas feitas por medida; a Mercedes-Maybach de  luxo que nos transportava; os seguranças que faziam ronda e todo o glamour envolvendo Victoria Beckham e sua marca.

O convite foi feito pela própria. Não que fosse uma surpresa, até porque ela é minha sogra, mas isso significava fazer minha primeira aparição pública com a família de Florence e pular de cabeça nesse mundo de celebridades.

E, por mais que os Beckham's sejam ótimos, ainda há um receio bobo de ser insuficiente para esse núcleo da fama. O qual nunca imaginei pertencer.

Respirei fundo, ajustando o paletó e observando todos ao meu redor.

David estava sentado no banco da frente, conversando sobre futebol com o motorista. Ele parecia tranquilo, quase blasé, acostumado com o que viria a seguir. O ex-jogador parecia saído de um editorial da Dior, com um terno escuro perfeitamente alinhado e um perfume forte que impregnava.

Ao meu lado, com o cabelo loiro preso em um coque, Harper parecia uma boneca. Ela usava um vestido rendado, com detalhes nas mangas compridas, e meia-calça. Seus pés balançavam no banco, enquanto seus olhos verdes acompanhavam a janela com curiosidade.

Cruz e Romeo, sentados de frente para mim, pareciam entediados com o silêncio. Eles eram tagarelas e não conseguiam segurar uma piada por mais de 5 segundos. Talvez fosse a situação.

O mais velho, Romeo, rolava a tela do celula buscando uma distração. Cruz, por outro lado, cantarolava alguma música baixinho, algo parecido com Queen. Assim como eu e David, os dois usavam Dior. Os moletons escolhidos por eles eram coloridos e descolados, assim como suas personalidades.

Conforme o carro deslizava pelas ruas de Londres, molhadas pela garoa fina que já fazia parte da cidade, eu sabia que nos aproximávamos da Banquenting House, lar de antigos monarcas ingleses. Cerca de 20 minutos separavam o palácio e minha casa, onde Beckham fez questão de me buscar.

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