Ela, FLORENCE BECKHAM uma modelo e estilista de sucesso e filha de um dos maiores jogadores da história da Inglaterra. Focada em seu trabalho e sua vida conturbada, cheia de compromissos, desfiles, exposição e fama, a garota se vê cada vez mais long...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
11 de dezembro de 2019. Londres, Inglaterra.
O tom acinzentado invadiu meus olhos logo que as persianas foram abertas.
O dia amanheceu diferente, por mais que o tempo nublado e frio de Londres continuasse o mesmo. As nuvens se moviam pelo céu, indicando que o sol não apareceria pelas próximas horas. Mesmo assim, algo dentro de mim dizia que não seria um dia comum.
Desde a última semana, no jogo contra o Aston Villa e o jantar com Florence em minha casa, tudo têm sido diferente. O nosso encontro recente nos aproximou ainda mais.
De mensagens a ligações de vídeo, temos tido uma amizade mais leve, sem o preceito de que somos ficantes ou qualquer coisa que seja. É fácil rir com ela, contar histórias inusitadas e dizer meus mil e um problemas de rotina. Ela é além do que eu imaginava. Ela é autêntica. Essa é, definitivamente, uma das palavras que melhor define Florence.
Toda vez que sinto essa proximidade, quero me entregar ainda mais a esse sentimento. E por isso decidi levá-la para conhecer Portsmounth em meu dia de folga. Assim podemos aproveitar, já que esse também é seu único dia livre.
A ansiedade de levar Florence à minha cidade natal me fez perder algumas horas de sono, me obrigando a acordar às 06h e ver o nascer do sol ainda deitado nos lençóis. Portsmounth é um lugar de extrema importância para mim, cheio de memórias e sensações boas. Um pedaço meu vive lá. Pegar o carro e dirigir durante duas horas até o litoral sul inglês só confirmará o quão especial ela se tornou para mim.
Me acomodo no banco da Lamborghini, ligo o aquecedor e dou partida no carro. O motor ronca por debaixo do assento, me fazendo acelerar pelas ruas da cidade e antes de chegar ao apartamento de Florence, decido passar em uma cafeteria. Ela não funciona sem cafeína pela manhã e eu não iria arriscar buscá-la sem um café.
Encontro uma das milhares de Watch House espalhadas por Londres. Entro depressa na cafeteria e me dirijo até o balcão de pedidos. Peço um café expresso para mim e um Latte Macchiato para ela, que é seu favorito. Enquanto o pedido é preparado, me encosto na fria pedra de mármore e leio as notícias do dia.
Frio em Londres; Crise em time Londrino; Melhores pratos para a ceia de Natal...
Sou desperto de meus pensamentos quando a jovem atendente me entrega os cafés. Com o calor dos copos para viagem e o vento gélido do inverno europeu, me apresso em voltar para o carro. Rapidamente giro a chave e acelero o automóvel.
O trânsito estava tranquilo, por mais que o fluxo de pessoas nas ruas fosse intenso. A rotina matinal de Londres ainda estava a vapor, com pedestres atravessando depressa envoltos por cachecóis e casacos. É caótico, mas ainda é Londres.
Estaciono em frente ao imponente Thirty Casson Square, um prédio com mais de 20 andares no centro da cidade. Confiro o relógio no painel do carro e me sinto aliviado por ainda estar dentro do horário combinado. Pego o celular e digito uma mensagem: