CAPÍTULO 23

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Pessoal, não posso deixar de avisar que infelizmente o meio mais simples que eu achava para postar diariamente não pode ser usado por que o aparelho quebrou, foi pros ares, explodiu e eu estou totalmente puta da vida por isso, então, sinto muito dizer que não vou poder postar todos os dias como eu pretendia até poder comprar outro novo, ok? Vou ter que usar o World e passar os capítulos para cá... Enfim, Amo vocês! Boa leitura...

Parte I

Meus tios e Bernardo não estavam na mesa do café, apenas meu pai e Soraya. Me sentei enquanto eles conversavam e sorriam para mim... 

-Bom dia. Onde estão os outros?
-Seus tios levaram Bernardo para tomar café da manhã no trabalho de Lukas. -Meu pai disse e sorriu.
-Oh. -Falei e respirei fundo.
Bom, lá vamos nós. -Pai... Soraya. -Chamei casualmente e eles me olharam-Quando vocês voltam pra casa?
Soraya fez uma expressão engraçada e meu pai arregalou os olhos. Obviamente entenderam errado, então me apressei a dizer: -Oh, não é que eu não quero vocês aqui, é só que... -Pensei uma ultima vez se era mesmo isso que eu queria. Bom, era sim, afinal, eu não podia deixar o Jefferson saber do nosso filho ou filha, então o melhor seria cria-lo longe para que ele nunca descobrisse e não se sentisse na obrigação de estar presente. Ele devia seguir com sua vida de professor junto com Fátima. Esse era seu destino -Eu quero voltar com vocês.
Os dois deixaram a boca cair aberta e depois riram como primeira reação.
-Você quer dizer morar? -Meu pai perguntou atônito e eu fiz que sim com a cabeça.
-Oh, Deus! Você quer viver conosco mesmo sabendo que eu... Oh, Deus! -Soraya cobriu a boca com as mãos e meu pai a abraçou. Gente, eu só estava me mudando, realmente isso era necessário?
Depois de uma conversa de horas montando planos sobre o término dos meus estudos, de avisar meus tios quando chegaram e de muitas lágrimas, liguei para Mayra para que nos encontrássemos no ponto de ônibus e segui para lá. Ela demorou alguns bons minutos até que estivesse ali na minha frente com cara de cachorro pidão e eu já sabia o que ela estava esperando. Estava esperando uma resposta convincente vinda de mim e eu não estava tão animada para dar a ela a resposta que nem eu queria que existisse.

-E aí? –Perguntou finalmente e eu cruzei os braços sobre o peito, dando de ombros. Demorou alguns segundos para que ela sorrisse e pulasse em cima de mim com um grande abraço de urso. –Oh, Deus! -Falou e se afastou rapidamente –Eu não quero machucar o bebê. –Revirei os olhos enquanto ela tagarelava sem parar e, mesmo depois de entrarmos no ônibus, a deixei continuar. Não havia motivos para estar feliz. Eu tinha dezoito anos e estava grávida do meu professor de trinta e um, oque de bom há nisso? –Você vai contar para ele? Oh, e para seus pais? O que eles disseram quando...?

-Não! –Eu a interrompi e olhei para os lados como uma paranoica. Eu não podia se quer pensar em contar isso a alguém, seria o fim. –Ninguém sabe e continuará assim até que eu diga o contrário, ok?

Mayra parou de rir e ficou emburrada. Ah, céus, ela não tinha que ser mais cabeça mole?

-Você sabe que isso não vai durar. –Murmurou.

-Sim, eu sei... Mas é assim que eu quero, ao menos por um tempo.

-Você sabe que tem que contar para os seus pais. –Murmurou novamente e eu revirei os olhos.

-Sim, Mayra, eu sei disso também.

-E sabe que o Jefferson é o pai e merece saber.

-Mayra! –Eu a repreendi e ela deu de ombros.

-Eu só estou dizendo que não tem como escapar disso, Alicia. Você tem que achar uma maneira de dizer a todos, inclusive ao pai da criança...

-Sim, mas não preciso fazer isso agora. Eu não quero fazer isso nunca, mas como não posso fugir... –Dei de ombros e olhei pela janela do ônibus. Por sorte Mayra não tocou mais no assunto... 

Sr. ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora