Os Heróis do Olimpo - Percabeth

11. Com a sua sorte até ir no banheiro fica perigoso

Percy

Monstros. Porque eles tem que existir? Só servem para nos dar problemas!

Era nossa primeira noite no navio. Eu, Frank e Nico ficamos de vigia até duas da manhã, depois Jason, Hazel, Piper e Annabeth até as sete, que é a hora de acordar.

Nico estava nos controles. Estávamos saindo de Nova Jersey e entrando em Delaware, quando senti um impacto no lado esquerdo.

Nem tive tempo de virar. Eu sabia que eu estava no chão, sabia que algo tinha me atingido, senti uma dor aguda e gritei.

Alguns segundos depois Frank aparece correndo, me vê e olha em volta procurando o inimigo.

-Por que você está no chão? - pergunta com uma cara confusa, franzindo as sobrancelhas.

-Alguma coisa atingiu minha costela... Ai! - digo enquanto ele tenta me ajudar a levantar.

Assim que consigo levantar escuto passos vindo da escada. Annabeth, Piper, Jason e Hazel aparecem todos ainda de pijamas mas em prontidão esperando um ataque.

-O que aconteceu? - pergunta Annabeth vindo para o meu lado.

-Ele disse que algo o acertou, só não sei o que - responde Frank.

-Aonde? - pergunta Annabeth a mim.

Indico com minha mão as costelas do lado esquerdo. Ela coloca a mão e põe pressão. Urro de dor.

-Acho que quebrou alguma coisa - diz.

-Vai para a enfermaria - diz Piper - Jason e eu ficamos no seu lugar.

Confirmo com a cabeça. Annie passa uma mão pela minha cintura e me ajuda a descer as escadas.

-Monstros malditos nem começamos a missão direito e já me machuco - reclamo.

-Calma, herói - diz Annie sorrindo - Você nem sabe o que aconteceu, pode ter sido outra coisa.

-E você acredita nisso? Com a minha sorte?- digo assim que chegamos a enfermaria.

-É... com a sua sorte até ir no banheiro fica perigoso - diz.

Dou uma risada fraca mas logo me arrependo. Me sento na maca branca de frente para ela.

-Tire a camiseta, Percy.

Ela estende uma mão para mim e eu retiro a camiseta e a entrego. Ficamos em silêncio enquanto ela trabalha. Nunca tiro os olhos dela, ela começa a me enfaixar.

-Quebrei algo?

-Não, pelo menos acho que não, mas vai ficar enfaixado por um tempo.

Logo ela termina e prende o curativo, ela coloca a mão em cima do ferimento e olha para mim.

-Quando ouvi sabia que era você. Pensei... que tivesse acontecido algo sério, fiquei com medo de te perder de novo, Percy - diz desviando o olhar.

-Calma - coloco a mão em seu queixo e viro o seu rosto para mim - Não aconteceu nada sério.

-Mas um dia pode acontecer.

-Ainda falta muito tempo até lá, eu vou aproveitar o agora.

Aproveito minha mão que ainda está em seu rosto e a puxo em minha direção.

O beijo começa lento, calmo e cheio de preocupação, aos poucos ela cede e aprofunda-o.

Meus pulmões reclamam e a solto ofegante, mal terminei e ela me puxa de novo com a mão na minha nuca.

Quando terminamos digo:

-Temos que subir e avisar todo mundo que ainda estou vivo - digo revirando os olhos de forma divertida.

-Claro, vamos.

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E aí o que vocês acham que atingiu Percy?