Capítulo 41 - Pequena sereia

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Gente, a vida está de mal comigo. Não consegui postar antes e olha que eu batalhei para isso. Já chorei, já berrei, mas o meu dia continua com apenas 24 horas, que eu não gasto como quero... 

Dedicado à paciência dos leitores.

Bjux!

Capítulo 41 - Pequena sereia

         Henrique e Teodoro estavam perambulando pelo castelo, a procura de Cinderela e Branca. O mais belo de todos sentia-se irrequieto, e mesmo sem acreditar que seu amigo pudesse lhe dar uma resposta útil, ousou perguntar:

- Téo, você conhece alguma sereia chamada Ariel?

        O príncipe dos alternadores encarou o fadem, desconfiado.

- O que? Henrique, a única Ariel que meu povo conhece é a princesa do Reino D'água.

         Por que está me perguntando sobre ela? O conteúdo daquela biblioteca não é renovado faz tempo, não poderia haver algo sobre ela por lá.

- Princesa? Só pode ser ela. Tudo iria se encaixar...

- Do que você está falando?

        Henrique encarou Téo sem nem acreditar no que ouvia. Para o pedido de Malévola fazer sentido, tinha que ser a filha do rei tritão. Seduzir uma princesa seria a pior de suas investidas. Teria que ser discreto ou poderia arrumar uma bela guerra. Ainda assim, isso não o impediria de fazer o que tinha que ser feito.

- Henrique, está me ouvindo? - o alternador insistiu.

- Ahn? Ah, eu perguntei por curiosidade. Haviam me falado sobre ela.

- Quem?

- Uma amiga.

- E falou o que?

- Por que tantos questionamentos, Teodoro?

- Henrique, Henrique! Ela ainda não fez dezoito anos! O pai dela é muito possessivo, controlador e tem um exército treinado e muito hábil. Ela vive fugindo, mas ninguém ousa se aproximar dela pois sabe o que lhes reserva. Espero, de verdade, que não esteja pensando em brincar com os sentimentos dela. Não terá meu apoio.

          O príncipe dos humanos não concordou nem negou, apenas concentrou-se na informação interessante que havia escutado. Ela gostava de fugir e era muito jovem.

***

- Procurando por isto?

          A bruxa cruel e ardilosa ergueu o braço, segurado uma rosa vermelha como o sangue. Exibiu-a como um troféu diante do pobre rapaz. Eli arriou os ombros e sentiu sua última gota de esperança se esvair pelo suor frio que escorreu em seu rosto. Havia falhado com Aurora. Teria que permanecer preso àquela mulher sem coração.

- Que coisa feia se aproveitar da estupidez do Anco. Você me irritou, Eli. Preciso extravasar minha ira. E como você queria muito ver a Aurora, acho que chegou o momento.

- Se você...

         Ele não conseguiu concluir sua ameaça, pois camundongos não falam. O pequeno rato foi erguido dentre as flores e jogado numa caixa. Não parava de se remexer, de tão agitado. Fazia um barulho esquisito e Malévola queria ser fluente em "camundonguês" só para poder compreender as ofensas que ele estava dizendo e se deliciar com cada uma delas.

***

          Depois de dar um banho na pequena garota resmungona, lavando com um sabonete cheiroso de frutas, passou um tempo a escovar os cabelos da menina, cachos largos que iam até o ombro. Fez questão de alimentá-la com legumes, incluindo quiabo, o que resultou em diversas caretas e reclamações, como se não fosse um almoço, mas sim uma sessão de tortura. Para compensá-la, um bolo delicioso de fubá e suco de morango. Zinim vestia as roupas do menor dos irmãos de Wendy, enquanto seu traje estava estendido no varal para secar, lavado e remendado. Apesar da moça insistir para que a menina dormisse por lá, nem que fosse no celeiro, ela recusava com todas as suas forças.

O Conto dos Contos - A origem dos contos de fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora