Capítulo 19 - Fusão

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Capítulo 19 - Fusão

Malévola percorreu o pequeno salão de vidro onde toda sorte de flores se encontrava. Lírios, tulipas, orquídeas, rosas, cravos, damas da noite, girassóis, uma linda réplica do jardim real do Reino dos Alternadores. Sentou-se num banco de madeira todo talhado à mão, enquanto escolhia as palavras para convencer Sofia a fazer o que precisava ser feito. A rainha dos humanos já estava impaciente e temia pela visita inesperada da bruxa. Considerava estranho o fato dela não surgir no quarto mesmo, usando do poder do transporte instantâneo, mais conhecido como desaparecimento.

- Por que simplesmente não apareceu nos meus aposentos? Por que me atrair para cá? Você não pode se transportar? - Perguntou, tossindo e cobrindo a boca com o lenço. -Nosso reino nunca precisou de barreiras contra a sua espécie. Nunca interessamos às bruxas. Só queremos viver em paz.

Malévola não iria dar o braço a torcer e admitir que seu poder falhava. Era necessário ter ido ao local antes para poder se transportar até ele. Mais do que isso, era preciso conhecer os detalhes do ambiente e se concentrar neles. A mesma coisa com objetos. Ela precisava saber onde se encontravam para poder reavê-los. Havia limites.

- Queria ter uma conversa particular contigo. Sei que está doente.

Sofia engoliu em seco a afirmação. Estava cansada e frágil, não era o momento para se indispor. Malévola prosseguiu:

- Está mais do que evidente que Aurora não irá optar por ser bruxa. Você se lembra do dia da coroação?

- O dia em que a minha irmã foi assassinada. Jamais irei me esquecer. O que isso tem a ver com a minha saúde? Qual a minha ligação com a sua neta?

- Vejamos, Aurora não será amiga da sua filha.

- A convivência entre ambas sempre fora agradável, ainda que breve. Elas não são inimigas.

- Ainda. Existe uma forma de você proteger Branca tanto de Aurora quanto de Henrique.

- Proteger? Do Henrique? Que tolice. Não sei do que está falando, não entendo aonde quer chegar com tudo isso.

- Você, mais do que ninguém, conhece seu filho. Lúcio não irá deixar o trono para Henrique. O príncipe voluntarioso não irá receber essa decisão de bom grado. Você não estará aqui para convencer seu marido do contrário. Já confirmei com a Úrsula.

- Você está me dizendo que...

- Que você irá morrer.

Sofia se assustou. Estava ciente de que sua doença era grave, mas não imaginava que fosse falecer. Deixar os filhos e o marido. Não foi essa sua intenção ao abrir mão da longevidade. Queria ficar de cabelos brancos ao lado de Lúcio.

- Agora que já assimilou o que te disse, acho um desperdício que você morra sem realizar a fusão com a sua filha.

- Fusão?

- Sim, você deverá dizer"o meu e o seu inseparáveis são" antes de morrer e algum objeto precisa entrar em contato com o seu sangue. Esse item irá adquirir um tom avermelhado para sempre. Um ou até todos os seus dons irão para ela, o que a deixará mais forte.

- Por que veio me pedir isso? Qual a vantagem disso para você?

- Ela precisa estar à altura de Aurora e de Henrique num combate, não é do meu interesse que sua filha morra.

O Conto dos Contos - A origem dos contos de fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora