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A moça na foto é a Wendy ^^
Dedicado a
Capítulo 40 - Objetos especiais
As sacudidelas da carruagem apenas deixavam Victor mais angustiado. Seus olhos cor de mel fitavam ora o pai, ora o irmão, que conversavam animadamente, o que era uma surpresa. A ansiedade para que chegassem ao Reino dos Conversadores excedia o limite da razão. Precisava falar com Felipe de uma vez por todas. Não que fosse brigar com ele, mas precisava saber o que estava acontecendo, e que sentimentos haviam surtido nele. Afinal, estaria tão confuso no coração quanto na mente? O mais velho dos príncipes Mogliani esperava que não. Seu desejo era que o caçula continuasse o mesmo impulsivo que tomava decisões imediatas. Mas essa decisão poderia ter um nome especial, que começava com "b" e terminava com "a". Então talvez fosse melhor que, inusitadamente, Felipe estivesse indeciso, e reservasse a maior parte de sua estima à Aurora. Ou melhor, Rosa.
A verdade é que Victor estava concentrado nos conflitos da mente e do coração do irmão, ignorando o fato de que eram os mesmos pelos quais passava. Como se coubesse apenas a Felipe decidir. Como se suas mãos de escultor estivessem atadas, e não fosse possível se pronunciar ou modificar a incômoda situação. Em momento algum passou por sua cabeça confessar seus sentimentos. Já havia enviado sinais sutis à Branca, como elogios, demonstrações de companheirismo e até de ciúme. Mesmo com as brigas, as discussões bobas, e até as sérias, era ela quem ele amava. Mas dizer em voz alta era... Impossível. A certeza da rejeição era uma mordaça melhor do que qualquer pano que lhe colocassem para cobrir a boca. Eficiente para silenciá-lo, e o pior, paralisá-lo.
Por mais raiva e tristeza que pudesse sentir pela situação, não poderia culpar a sua querida princesa. Ela havia se encantado por outra pessoa enquanto ele era indiferente, ausente, e negava seus sentimentos, inclusive desdenhando de sua pessoa diante de Teodoro, como no embaraçoso flagra do aniversário dele. A mais bela era solitária, ele sempre soubera disso. Foi fácil se apegar aquele que lhe cedeu a atenção devida. Se a insegurança dela a fazia cega, a de Victor o fazia mudo. E que dificuldade é para uma cega e um mudo conseguirem se comunicar!
- Que pensativo! - Felipe exclamou diante do irmão.
Victor assustou-se ao ver que era o centro das atenções na carruagem.
- Algum problema? - o rei o questionou, preocupado.
- Não... se preocupe - o príncipe mais velho respondeu.
- Ah, agora não irei me preocupar, estou muito aliviado! - César resmungou, com uma cara emburrada, e permaneceu em silêncio graças ao olhar do filho mais novo, que indiretamente exigia calma.
- Podemos conversar depois... - Felipe ofereceu.
- Seria ótimo.
Felipe franziu o cenho. O irmão parecia tão indiferente, às vezes tentava ser gentil, às vezes ficava irritado. Não fazia sentido.
- Você quer me dizer o que foi que eu te fiz? - o mais novo perguntou, angustiado.
- Você não fez nada.
- Não foi você quem me deixou desmemoriado, não é?
- Mas que tipo de estupidez você está falando?
- Preciso chegar logo ao nosso reino. Quero ver o Trovão. Ele deve me dar alguma lembrança. Qualquer coisa.
- Não vai, não. Tanto o Trovão quanto o Vigia estão com as mentes reviradas. Não há indícios de nada além dos ferimentos que ambos apresentaram - Victor explicou.
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O Conto dos Contos - A origem dos contos de fadas
FantasíaAurora é temida pelas fadas, odiada pelos conversadores, vigiada pelas bruxas e um mito entre os humanos. Seu mundo é dividido entre ambição e inocência. A guardiã do Reino Encantado precisa escolher entre ser uma bruxa como sua avó Malévola, ou seg...