Capítulo 12 - A viúva

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 Leitores! Sei que prometi um capítulo maior, mas está muito difícil, peço perdão. Adianto que as princesas em breve farão 16 anos, com direito a festa de aniversário, dança, romance e mt drama... Devo concluir a infância delas no capítulo 14.

Capítulo 12 - A viúva

           Felipe seguia Aurora com os olhos, sentado sobre a grama, apreensivo. Não queria deixar de ver sua grande amiga. Só de pensar nessa possibilidade já se sentia infeliz. Acima de tudo, precisa compreender seus sentimentos por ela. Talvez estivesse apenas confuso. 

- Por que você não pode brincar comigo?

- Tenho que cuidar dos animais hoje.

- E amanhã?

- Da roupa.

- Você vai trabalhar sempre?

- Aos sábados o Eli virá e irá nos educar.

- Como vamos fazer para nadar?

- Não sei.

- Vou te ajudar.

- Não precisa.

- Precisa sim. É para você terminar logo e brincar comigo.

          Os meninos passaram a manhã no curral, limpando, organizando tudo e alimentando os cavalos, ovelhas, galinhas e a única vaca. Fora o coelho que Felipe dera de presente, é claro. Aurora não acreditou que havia terminado sua tarefa. Olhou em volta para verificar se alguém estava por perto, e correu com o seu amigo, desaparecendo dentro do bosque. Estavam felizes na água, brincando.

- Amanhã eu posso vir aqui e ...

- Não, Felipe. Estarei no rio lavando as roupas, não poderei brincar. Venha às quintas-feiras. É o serviço mais leve que tenho.

- Eu só quero te ajudar.

- Vai me ajudar se não nos meter em encrenca. E se continuar me visitando. Sempre!

- Prometo que todas as quintas eu estarei aqui.

- Ótimo.

          Estava ficando tarde e a princesa não poderia aparecer de cabelos e vestes molhadas. Saiu da água, decidida a ir ao castelo e aguardar na parte mais quente, que era a cozinha. Ao se despedirem, o conversador abraçou Aurora, que ficou sem jeito.

- Queria que todo dia fosse quinta-feira. Vou sentir sua falta.

- É claro que vai, sou maravilhosa. - Aurora disse, num tom brincalhão, batendo com a palma da mão direita nos cabelos, fazendo um movimento típico de meninas vaidosas, como Branca de Neve.

          O príncipe Moglianni riu e correu em direção ao Reino dos Conversadores. Aurora adentrou aquilo que ela deveria chamar de lar e logo estava diante de Estela, totalmente suja de farinha, restos de ovos, com um aspecto de cansada. Suas mãos estavam cobertas com pedaços de pano que desempenhavam o papel de curativos. Aurora olhou para as próprias mãos, sentindo o comichão, e as feridas da prima passaram para ela, o que resultou em um pouquinho de dor. Sinal de que o acidente fora recente. A guardião voltou seu olhar para a cozinha. Ainda havia algumas coisas para lavar.

- Estela, você precisa se banhar. Vou limpar o resto por aqui.

- Você parece tão feliz, o que houve?           

- Felipe apareceu e me ajudou. Quero que você saiba que toda quinta ele virá. E eu posso assumir um serviço seu para que você também descanse.

- Eu realmente preciso para um pouco e recuperar minhas forças. Vou ver como a Cinderela está, mas irei voltar.

          Estela encontrou Cinderela dependurada numa escada de madeira, segurando uma cortina que estava prestes a cair com cabo e tudo.

O Conto dos Contos - A origem dos contos de fadasOnde histórias criam vida. Descubra agora