Depois da intensa conversa que Lucas teve com o seu amigo, Miguel, ele resolveu ir visitar Guilherme e pedi sinceras desculpas por ter quebrado a promessa que ele tinha feito.
Lucas não foi antes para o abrigo, pois tinham aparecido alguns imprevistos, mas de hoje não passava e até iria convidar o pirralho para passar o final de semana no sítio do seu tio, e ele estava tomando coragem em chamar Henrique... Só em pensar nele o seu coração acelerava, suas mãos viravam duas cachoeiras e um monte de borboletas que ele sentia na barriga.
— Clichê! — Sussurrou. Ele estava perto de chegar ao abrigo Arco Iris. Seguiu em sua linda moto, usava uma jaqueta preta por causa do sol nas suas costas. Alguns minutos depois ele chegara ao local, estava como algumas semanas antes, o nome do lugar numa linda caligrafia e um arco iria bordando, algumas pessoas sentadas em bancos.
O ruivo suspirou e estacionou a moto, tirou o capacete e olhou de novo para o abrigo. Lucas guardou a chave e levou o capacete junto. Ao chegar à recepção ele viu que não tinha ninguém, ele achou estranho, mas nem deu bola e colocou o capacete em cima do balcão e foi atrás de Gui.
Eram quase quatro horas da tarde, e ele achou que Gui estava andando por ai. Ele andou em algumas salas, tinha poucas pessoas, que o ruivo achou mais estranho. Lucas foi à direção do pátio, e quando chegou perto da porta ele começou a escutar gritos, de uma mulher adulta e de uma criança e a imagem de Guilherme apareceu na sua mente e ele correu para o pátio.
— Eu sou sua mãe e você vai comigo! — Gritou uma mulher, a mesma encontrava de costa para a porta e Lucas viu que ela era um pouco baixa que ele, uns quinze centímetros, e tinha cabelos castanhos.
— Não vou, não vou e não vou! Você pode até ser minha mãe, mas não é a que me deu carinho e atenção, aqui é mil vezes melhor do que morar contigo! — A voz infantil vinha em frente da mulher, e o ruivo logo percebeu que a aquela voz era de Guilherme.
Lucas arregalou os olhos e andou para frente e olhou para o menino, que estava com a pose firme e decidida, ainda tinha o braço quebrado que estava na tipoia.
— Não me irrite moleque, você vai comigo!
— O que está acontecendo aqui? — Lucas perguntou arqueando a sobrancelha.
— Lucas! — Gritou o menino, ele estava de costas para Carlota, a mulher da recepção, Gui sorriu e correu para encontrar o seu amigo, mas foi puxado por a suposta 'mãe' de Guilherme.
— Me solta! — Disse tentando tirar as mãos da mulher do seu ombro.
— Não, você vai agora! — A mulher disse enfurecida.
— Senhora, acho que você escutou o que ele disse... O solte!
— Quem é você para vim mandar aqui? Nem te conheço, ele é meu filho e vai comigo, esse pivete é teimoso igual o pai!
— Eu não sou igual a ele, ele é ruim, eu não sou ruim! — Choramingou.
— Olha, se você não o soltar eu juro que chamo a polícia e mando te prende! Carlota se essa mulher não soltar o Gui e não sair daqui você liga para polícia, entendeu? — Enquanto falava Lucas olhava diretamente para a mulher, que ele viu que algumas semelhanças entre ela e Gui.
— Ok Lucas! — Carlota falou, ela olhou apreensiva para os três.
— Você não ligará para ninguém, muito menos a polícia!
— Quer ver? Nem precisa ligar Carlota, eu mesmo ligo com o meu celular! — Ele pegou o celular e digitou o número e olhou ameaçadoramente para a mulher, que estava um pouco nervosa. — Vai soltá-lo? Sim ou não?
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Amar pode dar certo (Romance Gay)
RomanceUm grupo de quatro amigos está vivenciando a melhor fase de suas vidas, e vão descobrir que amar pode ser a oitava maravilha do mundo. Eles terão se fortes para transpassar as barreiras do preconceito, das regras e serem felizes nos braços do amor. ...