Capítulo 17

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- O quê? - Valentina e Yuma gritaram juntos, todos da sala olharam assustado para o grupo. - Mas, como assim? Ah? - Val tentou falar, a sua cara e do japonês estavam branca.

Quando Miguel ia explicar o professor chegou pedindo silêncio, o menino deu de ombros e sussurrou que contaria depois, claro que os seus amigos tentaram de todas as formas para o loiro se explicar.

Até que menina pegou um papelzinho e escreveu pedindo para Miguel se explicasse, mas Roberto viu aquilo e sorriu malicioso.

- Oh professor, Miguel e os seus amigos estão passando bilhetes. - Roberto falou sorrindo, Val e os outros olharam enfurecidos para o menino, que só deu de ombros.

- Peço que vocês três parem de ficar mandando cartinhas um para o outro, se não, na próxima vez os três irão para a diretora. - O professor disse sério.

- Idiota!

- Imbecil!

- Trouxa!

Miguel, Val e Yuma sussurram olhando ameaçadoramente para o valentão da sala, que sorria satisfeito.

Os três voltaram atenção na aula, e Valentina e Yuma sempre olhavam para o loiro, via que o mesmo tinha o semblante triste, os dois já estavam muito preocupados e ansiosos para a aula acabar, mas eles só podiam se juntar depois da terceira aula que era do intervalo de vinte minutos.

As três primeiras aulas passaram lentamente e desgastante, o grupo estavam perdidos no pensamento e assim não prestaram atenção nas aulas, mas quando tocou o sino para o intervalo eles olharam um para o outro mordendo o lábio.

- Vamos! Você vai ter que explicar isso bem direitinho sobre se mudar para França! - A menina falou pegando não mão de Miguel e o puxou para a porta, a sala não tinha quase ninguém, pois quando tocou todos saíram igual um bando de animais enjaulados que vira uma brecha para sair da jaula.

- Oh! Quer dizer que a fadinha vai embora? - Roberto disse aparecendo na porta com os braços cruzados com um sorriso sádico no rosto.

- Não é da sua conta! - Val falou estreitando os olhos.

- Mas claro que é! - Riu. - Só me diga quando que eu vou fazer uma festa de comemoração!

- Idiota! - Miguel sussurrou.

- Do que me chamou? - Arqueou a sobrancelha.

- De idiota! É isso o que você é! Um completo idiota, quando eu for embora vou dar graças a Deus por estudar longe de você, pois ver a sua cara de segunda a sexta é um terror! - Miguel falou enfurecido.

- Olha aqui seu viadinho...

- Oh, você só sabe falar isso... Veadinho pra cá, fadinha pra lá... Estou achando que os seus insultos são algo a mais.

- Ah? Cala boca seu gay! - Roberto gritou furioso.

- Isso! Eu sou gay, sou um veado, uma fada, qual quer nome que você quiser dar a isso, e eu não ligo! - Roberto ficou paralisado, Val e Yuma olharam assustado para Miguel, que estava sorrindo. - Sabe por quê? Por que eu tenho uma mãe que me aceita, amigos que me apoiam e melhor de tudo... Eu tenho um namorado, um lindo namorado, musculoso, bem dotado, beija super bem, adora me mimar... Eu o amo, é você e o seu o preconceito não vai acabar com minha felicidade, estou pouco me fudendo para essa porra de sociedade que só fazem matar milhares de gays/lésbicas/trans pelo mundo. Espero que um dia você veja o que está fazendo! - Dizendo as suas últimas palavras, Miguel deixou a sala deixando os outros paralisados.

Ele caminhou só dois minutos até que os seus amigos o acompanharam.

- Eu não sei o que acabou de acontecer, mas cara... Você foi super foda! - Valentina disse sorrindo e desnorteada.

Amar pode dar certo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora