A escola e suas surpresas...

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Capítulo Três

  Desperto em uma segunda-feira chuvosa, já desanimada e sem forças para levantar. Pego no sono novamente, o melhor que pude ter, mas quando eu menos esperava, minha mãe me chama:

- Nicolle! Levanta filha, falta vinte minutos pra aula começar! - grita minha mãe lá debaixo.

Desci enrolada na coberta, lentamente, descendo as escadas. Por sorte, já tinha separado meu uniforme e meu material no dia anterior.

Olhei pra minha mãe pensando "Mãe, deixa eu ficar hoje, vai?"

Ela me olha, entendendo, e logo fala:

- Nem adianta me olhar assim, Nicolle! Não lembra que matéria você tem hoje?

- Ah! Química e física hoje? Nem me lembrava! - falei me lamentando, quase caindo no chão.

- É bobinha! Levanta daí, põe a coberta na cama e corre pra se arrumar! Te dou uma carona hoje, Dona preguiça!

- Valeu Dona Fabi! - abri um sorriso de orelha à orelha, voltando pro quarto.

        Ouço a risada da minha mãe, que já estava preparando meu café da manhã. Não tenho o que reclamar da minha mãe, muito menos motivo pra falar mal dela para minhas amigas! Tenho uma mãe que posso confiar, contar até sobre os crushs do dia a dia. Confiamos uma na outra, de uma forma que, na minha opinião, todas nós devíamos descobrir esse lado nas nossas mães!

        Me arrumei, tomei o café correndo e logo fomos pro carro! No caminho de todos os dias, me pego observando o céu! Percebi que era muito mais que um negócio lindo lá em cima, mas que lá era o lar de Deus, e eu ousava em olhar e a pensar que um dia pertenceria aquele lugar!

        Assim que cheguei na escola, dei um beijo em minha mãe e lá fui eu enfrentar mais uma semana de aula. Logo na entrada, tem a quadra e a arquibancada, que fica no corredor que temos que passar pra irmos para as salas. Passei, tentando não olhar para os meninos que me olhavam também, e sinto alguém segurando a minha mão, me puxando e me fazendo parar.

"Ah, sério que é ele?" - pensei.

Conhecia aquele toque e o jeito de me fazer parar, mesmo que sem minha vontade! Virei o rosto, olhando primeiro pra mão e era mesmo quem eu estava pensando, Rodrigo Meett.

         Esse é o meu amigo, por mais impossível que pareça, ele é aquele tipo de garoto que todo mundo admira, que todos gostariam de conversar um dia ou receber um "fica aqui" como ele fez comigo. Confesso que nem eu acreditei quando ele veio falar comigo, e começou a criar essa nossa amizade.

         Rodrigo tem dezessete anos e está no segundo ano. É um pouco mais alto que eu, tem o cabelo escuro meio bagunçado. Digamos que não é musculoso ao excesso, mas tem um corpo bonito, e convenhamos que o rosto também!

         Sou do primeiro ano do segundo grau e quando nos conhecemos, não tinha vergonha de ficar perto dele, como todas as garotas do Dom Leal, até porque ele é só meu amigo, porque teria vergonha?!

Ele é diferente, é um garoto de respeito, inteligente e evangélico, assim como eu!

- Não vai falar comigo não é? - disse ele, ainda segurando minha mão.

- Nem te vi, Digo! - e dei uma risadinha.

Nos abraçamos e parecia que todos a nossa volta, nos olhavam atentamente.

Vida de uma Adolescente Cristã IOnde histórias criam vida. Descubra agora