Capitulo Nove
Levantamos da cama 5h para nos arrumar e tentar não pegar aquele trânsito todo. Tudo já estava pronto, minha mala - que por sinal - levava somente duas. Entramos no carro, meu pai dirigindo, minha mãe do seu lado. Eu e meus irmãos na parte de trás e meus avós na outra parte de trás. Como de costume, oramos antes de irmos e logo depois, já pego meu fone de ouvido, encosto a cabeça na janela e fico pensando, em tudo, em nada...
Estava um dia nublado, chuviscando e viajar desse jeito, não há quem reclame.
"Eu te entregarei tudo, tudo, tudo, tudo. Eu te entregarei, tudo, tudo, tudo. Não há nada aqui, que eu queira mais pra mim, tudo é Teu..."
Quando menos percebi, já estávamos na rua da nossa casa. Até que passou rápido, ainda são 9h 40. Meu pai estacionou e já fomos entrando, na maior ansiedade. Minha mãe foi na frente, abrindo as portas. Quando entrei, fiz o de costume, andei pela casa toda, para relembrar e voltei pro carro pegar as malas.
Depois de um tempo, minha mãe me chamou pra ajudar ela e minha avó com o almoço.
- Não acha que está muito cedo pra começar a fazer o almoço não, mãe?!
- Quanto mais cedo, melhor! Vem ajudar filha.
Fui numa boa. Enquanto cortava as batatas e as cenouras, resolvi já falar:
- Mãe, te falei que precisamos de pelo menos mais 25 pessoas para o evangelismo não é?
- Aham filha. Por que?!
- Chamei a Clara pra ir com a gente. Mas será que você e o papai podiam ir lá na casa dela, conversar com os pais dela? - perguntei.
- Ah, claro filha! Assim a gente aproveita e chama a família dela para comemorar o Ano Novo com a gente, que tal? - falou me olhando.
- Perfeito! - falei e sorri.
Terminei de ajudar e enviei uma mensagem pra Clara:
WhatsApp on:
- Tudo certo! Amanhã meus pais vão aí, e vão aproveitar pra pedir mais uma coisa para os seus pais. Só não sei se Daniel vai gostar da ideia. Beijo amiga, qualquer coisa me chama aqui. 10:34 PM
WhatsApp off.
Passamos a tarde descansando da viagem e quando foi umas 18h, todos já estavam de pé novamente. Meu irmão veio correndo e entrou no meu quarto sem bater na porta, mas deixei passar. Eu estava toda coberta, até o rosto, Calebe ficou me balançando até eu olhar pra ele:
- O que foi? - disse com a voz de quem ainda estava dormindo.
- Vamos pra praia Ni! - falou todo sorridente. Não consegui me conter. Peguei ele e o pus do meu lado na cama.
- Você não vai não! Vai ficar preso aqui na cama com a irmã. - disse o segurando, sem deixá-lo sair
- Sai, me solta, eu quero ir com eles!. - gritou desesperado.
Comecei a rir.
- Estou brincando, você vai sim! - dei um beijo apertado no seu rosto. - Fala pra mamãe que já estou indo.
Pulou da minha cama e foi correndo, sorridente. Levantei um pouco desanimada, mas lembrei que veria de novo aquele mar, pisaria na areia.. Tanto tempo não fazia isso, que me animei rapidamente.
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Vida de uma Adolescente Cristã I
SpiritualPRIMEIRO VOLUME A carioca Nicolle vive uma vida normal, como a de todas meninas da sua idade. Porém, uma única diferença que a faz brilhar nesse mundo, é por seguir a Cristo. Obviamente ela já sofreu ao ser insultada por sua escolha, mas er...