Capitulo Dezoito
Entramos de mãos dadas, nos sentamos no sofá de duas poltronas e meu pai em sua cadeira, que a puxou para frente e ficou bem perto de nós. Minha mãe deixou as crianças ainda brincando no quintal, e quando voltou, sentou no braço da cadeira do papai, que estava sério, com os braços cruzados, e foi direto ao assunto:
- Vocês dois pra mim ainda são duas crianças, porém como eu já tive a idade de vocês, sei como é a vontade de se sentir maduro o suficiente para começar um relacionamento. Hoje eu tenho 39 anos então já aprendi bastante com a vida, e uma coisa que eu vou falar pra vocês é para não ultrapassar os limites - quando ele disse isso, eu e Rodrigo nos olhamos entendendo, mas ainda confusos - pois engravidar na juventude, ainda mais para vocês que servem à Cristo, não é bom.
- Pai, espera aí. O senhor está pensando que só porque começamos a namorar, já vamos querer pular pra uma etapa que só irá acontecer daqui à um bom tempo? - perguntei e meu pai olhou para mamãe, até que ela explica:
- O que o seu pai quer dizer é que ele não quer que isso aconteça. Ele não quer vocês dois ultrapassando um momento que está preparado somente para o futuro de vocês.
- Dona Fabiane, vocês podem confiar em nós pois isso é uma coisa que não vai acontecer. Nós sabemos e obedecemos os ensinamentos de Deus, que devemos nos manter puros até depois do casamento, então vocês podem ter certeza que uma coisa que não queremos, é desobedecer à vocês e à Deus. - diz Rodrigo, confiante.
- Vocês confiam em mim? - pergunto.
- Claro, filha! - diz minha mãe, e meu pai concorda com a cabeça.
- Então não fiquem preocupados. Nós somos diferentes desses jovens de hoje em dia, e vocês têm visto isso em nossas atitudes, não é? - pergunto, e eles concordam - Então fiquem seguros de que nada de mais irá acontecer!
- Isso! - diz Rodrigo.
Vejo meu pai com os olhos marejados, mas se fazendo de forte e não deixou nem uma lágrima sequer, descer.
Ficamos mais um tempo ali conversando sobre outros assuntos, até que meu pai diz:
- Por mim isso não aconteceria nem tão cedo, pra ser sincero, mas eu confio em você, e quero confiar em você também, Rodrigo. Nos conhecemos a um bom tempo, conheço a sua família e sei que são de bom caráter, mas você irá ganhar minha confiança com o tempo. Então espero que não me decepcione, muito menos à minha filha. - diz meu pai, todo durão.
- O senhor tem a minha palavra! Eu vou fazer sua filha feliz. - responde Rodrigo, e meu pai olha pra minha mãe, querendo uma força
- É... Então tudo bem! Vocês podem começar a se conhecer - deu ênfase na palavra, enquanto falava - e espero que não se arrependam e que Deus seja o foco de vocês em tudo! Ah, outra coisinha, não quero que isso interfira no colégio, ouviu Nicolle?
- Nada vai interferir nos meus estudos mãe, eu garanto! - falei e sorri. Meus pais fizeram o mesmo, acho que orgulhosos do que acabaram de ouvir.
Minha mãe encerrou o assunto e nos confortou com um abraço forte. Logo meu pai fez o mesmo e me deu um beijo na testa. Levantei do sofá puxando Rodrigo e fomos para o quintal de trás, onde as crianças ainda estavam brincando. Sentamos na cadeira, perto da piscina, e ficamos olhando eles brincarem.
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Vida de uma Adolescente Cristã I
EspiritualPRIMEIRO VOLUME A carioca Nicolle vive uma vida normal, como a de todas meninas da sua idade. Porém, uma única diferença que a faz brilhar nesse mundo, é por seguir a Cristo. Obviamente ela já sofreu ao ser insultada por sua escolha, mas er...