Vida de uma Adolescente Cristã I

Vibe zen

Capítulo Trinta

        Acordei mais cedo pois tinha EBD, então 7:30 da manhã, já estava de pé, junto com todos lá em casa. Me vesti confortavelmente, tomei o café da manhã e fui. Gostava da Escola Dominical pois sentia que ali eu conseguia aprender mais. Não que nos cultos normais não aprendia, mas nos domingos de manhã, o foco era realmente esse, nos ensinar e ficarmos cada vez mais apaixonados por esse Deus tão lindo.

Me despedi dos meus pais e meu grupo e eu, continuamos na igreja, para o ensaio.

- Gente, hoje vamos fazer uma coisa diferente. O grupo de dança, já estão com a coreografia pronta e enquanto iremos cantar no culto, elas vão dançar ao nosso lado. - explicou Vinicius.

Concordamos e assistimos a dança. Estava linda e eu ficava encantada em como a dança passa uma coisa tão linda, a mesma emoção e a presença de Deus que sentimos enquanto cantamos. Levo mais jeito para o canto, mas amo ver as coreografias desse grupo, que as meninas que fazem parte, também são do grupo jovens.

- "É Você o primeiro que vejo ao amanhecer. É Você, que me inspira, me alegra e me faz viver. Tanto faz a hora e o lugar, com Você eu só quero estar. Sou o Teu lar, Você é onde pra sempre irei morar." - solei e logo todos continuaram - "Meu primeiro amor, me faz falta um dia sequer sem Te ouvir. Eu preciso de joelhos te sentir! Ouvir Teu nome já me faz tão bem [...]"

Teve o almoço dos jovens, mas preferi não ficar pois precisava estudar! Fui pra casa andando e assim que cheguei, foquei nos estudos até que...

- Toc, toc. - ouço alguém bater na porta do meu quarto.

- Entra!

- É... Oi filha! Desculpa te atrapalhar mas vim te contar uma coisa. - falou o papai.

- Pode contar, pai. - dei um sorriso de leve, esperando a notícia.

- O David, aquele menino que fez aquilo tudo com você... - pude ver sua feição mudar - Continua preso, mas sendo acompanhado por um psiquiatra.

Fico sem saber o que dizer, até que ele continua:

- Ele está sofrendo um tipo de trauma psicológico depois que a mãe faleceu.

- Meu Deus! Ele... Pode ficar melhor? - pergunto.

Mesmo com tudo o que David tinha feito comigo, não desejava o pior para a vida dele. Obviamente, fiquei muito abalada com tudo o que aconteceu, mas cada um colhe aquilo que planta. Sei que um dia ele vai reconhecer o seu erro e talvez, terá de passar algo até isso acontecer... Mas pode ser que isso tudo já esteja acontecendo.

- Pode sim filha. O policial Lucas disse que pode ser um tratamento demorado, mas que ele pode sim melhorar.

Dou um sorriso amarelo, ele beija minha testa e sai do quarto.

        Papai ficou com muito raiva dele, assim como Rodrigo também, até quiseram ir na delegacia bater ou fazer sei lá o que com David, mas Deus faz o que Ele acha melhor... Até por que, tudo o que Ele faz é melhor e David já está passando isso tudo para que venha se arrepender e reconhecer verdadeiramente o poder de Deus.