"Eu achei que ia te perder!"

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Capítulo Vinte e oito

        O olho, com a respiração ofegante, e ando um pouco para trás. Me sinto um pouco culpada por ter feito aquilo, nunca briguei com ninguém! Mas se eu não tivesse tomado alguma atitude, David teria me... m estuprado? Passo a mão pelo meu corpo, sentindo nojo ao lembrar que suas mãos passaram por ela e choro baixo. Tento pensar em alguma maneira de sair dali, então corro pela casa, procurando algum telefone, até que volto à sala onde tinha uma cozinha americana e encontro ali mesmo um telefone sem fio. O pego e quando estava discando o número do papai, vejo ele se mexendo e conseguindo levantar, ainda com as mãos no meio das pernas. Mesmo com medo, termino de digitar e deixo papai na linha:

- Pa-Pai, eu estou bem, mas fica na linha pra você conseguir ouvir as coisas que ele está falando.

- Ai minha filha. Graças à Deus! - responde ele, chorando - Tá bom.

Ponho o celular no balcão e quando olho para ele, já está de pé, me olhando. Entro em desespero novamente, mas sinto forças para falar algo e me vem à mente... Salmos 54. Abro a boca, mas gaguejo um pouco:

- Calma gatinha, vou te fazer mal nenhum não. Só quero você mais perto de mim. - diz ele com um olhar cínico.

- "Po-Pois homens orgulhosos estão chegando para me atacar, homens violentos querem me matar. Eles não se importam com Deus." - falo e vejo que David arregala os olhos - "Eu sei que é o Senhor Deus quem me ajuda, sei que é Ele quem me defende..." - continuo, já chorando - "Que Deus faça com que a maldade dos meus inimigos se vire contra eles mesmos! Ele é fiel e por isso os destruirá."

- Po-Por que você está falando versículos da Bíblia, oh garota? Acha que eu sou algum vilão nisso tudo? - pergunta ele, parecendo envergonhado.

E o que você acha David? Sequestrar a própria namorada do seu amigo, e cara... Você é da igreja dele, serve à um Deus tão lindo e... Vem fazer essas coisas?!

- O-Ó, cala essa boca e deita no sofá. AGORA! - manda ele, com um olhar furioso.

- Eu faço o que você... Quiser, mas antes me responde uma coisa?

- Fala logo!

- A gente está na sua casa, né? - falo alto, para o meu pai ouvir na ligação.

- Pra que você quer saber? - me olha desconfiado.

- Por favor, só isso David. Eu faço o que você quiser! - ele ri, e sinto ânsia de vômito.

- Aham, aqui é a minha casa. Agora deita, quieta!

- ESTAMOS NA SUA CASA, DAVID! - grito para o papai ouvir.

Ele me olha, sem entender, mas continuo fingindo que faria o que ele quisesse, então deito no sofá e oro mentalmente. Papai sabia quem era o David e que ele mora na mesma rua que o Rodrigo, então eu tinha fé que ele viria me resgatar.

        David sobe em cima de mim e beija meu pescoço. Fecho meus olhos com força, pois estava sentindo um nojo imenso por vê-lo em cima de mim.

- Calma "Nicollezinha", não vai ser nada de mais. - fala ele e o acho repugnante.

David começa a tentar tirar minha roupa mas não admito:

Vida de uma Adolescente Cristã IOnde histórias criam vida. Descubra agora