Prólogo

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Oi, pessoal!! Essa é uma história que comecei a rascunhar um pouco antes da trilogia Última Chance, tanto que muitas coisas aqui me inspiraram nos outros livros, mas nunca tinha terminado. Só há poucos meses voltei a escrever nela e a finalizei.

É uma história curta, e um pouco diferente do que já fiz.

Quem vier a ler, espero que goste :)

Beijos!

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Sarah

Sabe aquela sensação que seu mundo para de girar e tudo ao seu redor simplesmente desaparece? 

Não? 

Pois eu sei. Foi no exato momento que meu pai me apresentou ao meu novo motorista e segurança particular. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, quer dizer, eu sabia muito bem. Era desejo. Puro e luxuriante.

Enquanto meu pai lhe dava as instruções, eu permanecia sentada no sofá ao seu lado, olhando com cuidado o belo rapaz na minha frente. Ele era sobrinho de nossa governanta, Joan e recentemente tinha recebido uma bolsa de estudos na faculdade de Nova Iorque. O pouco que consegui descobrir era que ele só tinha a tia de família, morava sozinho no interior e costumava trabalhar como segurança em um bar. Não parecia ser muito mais velho do que eu, talvez uns cinco, no máximo seis anos de diferença. Tinha um rosto forte, maxilar quadrado, seu cabelo escuro e liso era um espetáculo a parte, assim como os belos olhos verdes, que não desviavam das instruções do meu pai. Ele parecia realmente concentrado. Passei meu dedo sobre os lábios observando como ele pressionava a boca vermelha e depois passava a língua a umedecendo. Senti um arrepio com esse gesto tão simples. Sem ao menos pensar, levantei. Os dois ergueram o rosto e me observaram.

– Eu ainda não acabei, Sarah - meu pai me repreendeu seriamente.

Olhei para o rapaz e engoli em seco ao me deparar com seus olhos verdes me encarando.

– Terei que repetir, Sarah? Sente-se! - ordenou duramente meu pai.

– Eu... eu esqueci de fazer um trabalho para a faculdade. Gostaria de ir para meu quarto, por favor - inventei uma desculpa qualquer. Meu pai pareceu ficar irritado, mas não disse nada a respeito.

– Tudo bem, pode subir. Mas espero que seja mais responsável com suas obrigações.

– Sim, pai - assenti, abaixando a cabeça.

– Ótimo. Antes que suba, quero que saiba que Maxwell ficará responsável por levá-la a qualquer parte e está proibida de sair sem ele - levantei a cabeça em um átimo encarando ambos. O rapaz, ou melhor, Maxwell, parecia completamente sem jeito.

– Mas... - tentei argumentar, no entanto, meu pai levantou a mão, me calando no mesmo instante.

– Mas nada, Sarah. Sabe muito bem que sou um homem importante e preciso proteger você.

Retive a vontade de bufar com sua recém descoberta paternidade. Ele nunca se importou comigo. Por que isso agora? Minha vontade era de gritar e enfrentá-lo, só que fiquei quieta, como sempre. A última surra que levei ainda parecia queimar sob a minha pele.

Pedi licença novamente e finalmente fui para o meu quarto.

Assim que entrei, me joguei na cama e sem que pudesse segurar pensei nele. No meu novo segurança, que agora iria me seguir para todos os lugares.

Maxwell.

Um belo nome, para um belo homem. Sorri. Talvez não fosse assim tão ruim tê-lo ao meu lado a maior parte do tempo. Não. Isso definitivamente seria muito bom. Fiquei imaginando uma noite em sua cama. Ele tinha cara de saber o que fazer com uma mulher e eu adoraria comprovar isso.

Queria aquele homem. E Sarah Marie Kenneth sempre conseguia o que queria.


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