Maxwell
Merda! Onde coloquei o casaco? Procurei pelo quarto e o encontrei em cima da cama. Revirei os olhos para mim mesmo. Meu estado era patético.
Céus, por que estava assim?
Não era como se não nos conhecêssemos. Como se já não fossemos íntimos.
Sentei por um momento e procurei relaxar. A verdade é que era diferente, justamente porque nada mais era o mesmo. Sarah já não era minha patroa e eu não era mais seu subordinado. Éramos somente duas pessoas que iam para um primeiro encontro, para se conhecerem melhor. Subitamente senti a insegurança de sempre voltando.
E se tudo não passou de uma fantasia? Um fetiche? E se ela não gostasse de mim de verdade?
Levantei e comecei a andar em círculos. Não. Tinha algo em Sarah que eu sabia que era diferente, o modo como me olhava dizia muito mais. Eu só precisava oferecer a ela a chance de me conhecer. E se ela aceitasse, eu teria a certeza que era a garota que sempre sonhei que fosse.
Desde que fui embora só o que conseguia pensar era nela. E quando a vi sozinha na rua, após saber o que Steven havia feito, senti vontade de voltar atrás e pedir perdão por deixá-la. Por abandoná-la com aquele filho da puta. Se não fosse pelos conselhos de Theodore e de Joan, eu teria voltado naquela casa para acabar com a raça daquele desgraçado.
Felizmente, eles colocaram certo juízo na minha cabeça. Isso não seria bom para Sarah e nem para mim. A única coisa que importava é que ela estava segura naquele momento. Queria conversar com ela, mas não tive coragem de encará-la depois do que aconteceu no hospital. Ainda não me sentia seguro sobre meus sentimentos e não sabia se minha presença, iria ajudá-la ou atrapalhá-la. Tanto que Simon me aconselhou a lhe dar algum tempo. Existiam lutas que só Sarah poderia enfrentar. E foi isso que escolhi. Tempo. Para nós dois. E ontem, quando a vi, percebi que foi a melhor decisão que tomei. Ela estava feliz e parecia outra pessoa. Centrada, racional e... distante. Tive medo de ter perdido minha chance por pura covardia. Por não ser capaz de admitir para mim mesmo que estava apaixonado por ela. E como estava. Senti tanto ciúmes quando a vi com o tal moleque em frente ao apartamento de Theodore. Lembrei do hospital e da possibilidade dela amá-lo. De ser tarde demais. Mas não. Eles eram só amigos. E se dependesse de mim nem isso seriam. Queria aquele desgraçado longe dela.
O interfone tocou, avisando que o táxi havia chegado. Peguei as flores que comprei e desci.
Durante todo o caminho fui batendo o pê. Continuava nervoso. O táxi parou e pedi que esperasse. Cumprimentei o porteiro que já me conhecia, entrei no elevador e subi até o andar da cobertura, tentando sem sucesso controlar minha ansiedade.
Chegando, toquei a companhia do apartamento. Quem abriu a porta foi minha tia, com um sorriso enorme. Mal entrei e ela já me abraçou.
- Estou tão feliz por vocês - declarou segurando meu rosto.
- Tia, por favor, sem expectativa. É apenas um encontro - tentei suavizar a situação, afinal, não sabia o que poderia acontecer. Talvez nem desse certo. Aliás, podia dar tudo errado. Tanto Sarah, quanto eu, podíamos ver que não éramos compatíveis em nada, a não ser na cama.
- Pois eu tenho certeza que dará tudo certo - respondeu com um sorriso confiante, abrandando minhas inseguranças. Eu também queria muito que desse certo, por isso mesmo o medo de dar algo errado estava me enlouquecendo.
- Maxwell, boa noite - Theodore cumprimentou se aproximando.
- Boa noite, como vai? - perguntei cortes.
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عاطفيةSarah Kenneth, nunca soube o que é lutar por algo. Com uma vida cheia de luxos e riquezas, ela está acostumada a dividir a maior parte de seu tempo livre entre baladas, compras e homens, onde o prazer carnal se tornou uma saída para todos seus probl...