Capítulo 5 - Declaração

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Sarah

Ainda parecia que nada daquilo tinha acontecido e eu estava sonhando. Só que não era sonho. Maxwell estava mesmo ali. E tínhamos feito amor.

Foi mais do sexo, muito mais...

Com um sorriso enorme, virei na cama e beijei seu ombro. Eu não queria mais soltá-lo. Infelizmente não era essa a ideia dele. Senti seus braços em meus ombros me empurrando gentilmente.

- Você está toda molhada. Melhor tomar um banho - alertou serenamente. Alivio percorreu todo o meu corpo. Ele não estava me rejeitando.

- Você também. Que tal vir comigo? - perguntei me levantando sem o menor pudor por estar nua, Maxwell, no entanto, parecia um pouco tímido. Sentou na cama de costas para mim, pegou sua calça no chão e em silêncio levantou para colocá-la. Sua distância estava me assustando.

- Não coloca, não. Está muito molhada. Depois do banho eu te dou um roupão - expliquei, colocando uma camiseta seca que estava sobre a cadeira no canto do quarto.

- Eu vou para meu quarto, senhorita - respondeu sem emoção. Meu corpo arrepiou, e não de um modo bom. Ele voltou a me chamar de senhorita.

- Nós não usamos camisinha - acusou com voz baixa.

- Eu... eu tomo anticoncepcionais - gaguejei sem saber ao certo porque estava nervosa. Maxwell soltou o ar com brusquidão e passou a mão pelo cabelo molhado, por fim se virou para me encarar. Seus olhos frios e sem emoção.

- Isso não me protege de qualquer doença - senti um baque com sua resposta. Ele achava que eu podia infectá-lo?

- Sempre me protegi. Juro - ele assentiu não muito seguro. - Esse é seu medo? Que a vadia aqui tenha lhe passado alguma doença? - perguntei aborrecida.

- Com tantos homens passando na sua cama é algo que devo me preocupar, não acha? - fiquei em choque com sua acusação. Apesar de estar certo, suas palavras me machucaram. Maxwell pareceu perceber e seu semblante suavizou-se.

- Olha, eu não quero magoá-la, mas isso foi um erro - engoli a vontade de chorar e caminhei até ele.

- Erro? Não. Isso foi incrível, a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. Não faça isso, Maxwell - pedi e ele balançou a cabeça.

- Chega, senhorita. Vamos simplesmente fingir que isso não aconteceu - determinou com frieza.

- Não faz isso. Por favor - implorei lutando para não chorar.

Maxwell respirou fundo, se aproximou e acariciou meu rosto. Não me importava que ele tivesse praticamente me chamado de vadia, era a verdade.

- Eu quero você, Maxwell. Ninguém mais - confessei tentando abraçá-lo, contudo, ele se afastou segurando meus pulsos.

- Isso nunca daria certo. Eu sou só um simples motorista.

- Não para mim.

- Você está confundindo as coisas. Isso é só carência pela falta que seu pai lhe faz. Eu me recuso a ser uma válvula de escape - franzi meu cenho.

- Isso é não tem nada a ver com meu pai! Eu amo você - soltei sem nem ao menos pensar. Os olhos de Maxwell arregalaram. Merda! Não era assim que eu planejava me declarar.

- Você não me ama! Está confusa, passando por um monte de coisa.

- Confusa coisa nenhuma, eu sei muito bem o que eu sinto!

- Não sabe, não. Você mal me conhece. Como pode me amar?

- Eu conheço o suficiente.

- Isso não basta!

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