Capítulo 17 - Em casa

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Maxwell

No dia seguinte, Sarah acordou um pouco melhor. Mencionei que seria bom que fosse conversar com Simon e ela concordou.

Como era de praxe, eu fiz parte da primeira parte da sessão. Contamos o que aconteceu na noite anterior e Sarah disse que se sentia mal pelo modo como me tratou. Simon quis saber como me senti e eu expliquei que apesar de ficar confuso com sua reação no inicio, posteriormente entendi que ela só queria me afastar para não vê-la sofrer. Aproveitei e reiterei a ela que iriamos construir uma vida juntos e precisávamos ser o apoio do outro em todos os momentos. Sarah olhou para mim emocionada e assegurou que faria o impossível para algo assim não acontecer novamente. Simon nos deu alguns conselhos e finalmente pediu que eu saísse. Agora era a hora dela conversar sozinha com ele. Dei um beijo nela e saí. Tinha quarenta minutos para preparar minha surpresa.

**

Encontrei Sarah bem na hora que saiu do consultório. Seu semblante parecia mais leve, sereno. Fui ao seu encontro e segurei sua mão.

- Como foi? - perguntei carinhoso.

- Bem. Obrigada por ter me incentivado a vir aqui hoje - sorri.

- Eu sei que te faz bem conversar com Simon.

- Não é só isso, é você aceitar fazer parte disso. Significou muito para mim o que disse lá dentro, sobre construirmos uma vida e nos apoiarmos. É tudo o que eu mais quero - aproximei e a beijei.

- E é exatamente isso que faremos - afirmei sorrindo. - O que acha de almoçarmos fora hoje? Só nós?

- Sua tia não vai ficar preocupada com meu sumiço?

- Não, liguei para ela e avisei que hoje você é completamente minha - Sarah abriu um sorriso lindo. - Senti falta desse sorriso - confessei, passando meu indicador pelo seu lábio.

- Eu também - respondeu, dando um beijo no meu dedo, gesto que me fez sorrir ainda mais.

Voltei a segurar sua mão e a puxei para o táxi que já estava esperando.

- Vamos, temos um dia inteiro pela frente - Sarah riu e me seguiu até o carro.

No caminho fomos conversando banalidades, sem nem comentar ou tocar no nome de Steven Kenneth. Sabia que cedo ou tarde teríamos que lidar com isso, mas não agora. Esse momento era nosso. Queria Sarah relaxada e feliz, para enfrentar o que viria com toda confiança possível.

Chegamos ao Central Park e descemos do carro. Fui até o porta malas e retirei uma cesta de piquenique. Sarah me olhou intrigada.

- O que é isso? - perguntou indicando a cesta. Paguei o motorista e peguei a mão dela, entrando no parque.

- Isso é um cesta de piquenique - expliquei, me divertindo com sua expressão pasma.

- Piquenique? - perguntou surpresa.

- É, vamos estender uma toalha sobre a grama e comer o que tem aqui dentro - seu rosto era um poema.

- Eu nunca fiz um piquenique - disse incrédula. - Sério mesmo que vamos fazer isso? - questionou animada. Assenti e ela abriu um sorriso enorme.

- Acho que embaixo daquela arvore é um bom lugar, o que acha? - apontei para o grande gramado, onde pessoas se divertiam, aproveitando o inicio da primavera.

- Perfeito!- Sarah exclamou satisfeita.

Tirei a toalha da cesta e estendi sobre gramado. Sarah observava tudo encantada. Sentei me encostando na árvore. Ergui minha mão para Sarah e a puxei para sentar entre minhas pernas.

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