Capítulo 8 - Definitivo

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Maxwell

Tentava sem sucesso me distrair com as baboseiras que via na televisão. Queria esquecer a cena que vi mais cedo. Sarah e aquele moleque juntos.

Mauricinho fresco. Será que ela não percebia que ele não era homem para ela?

E quem é? Você, Maxwell?

Sacudi a cabeça. Desliguei a TV e fui para meu quarto. Deitei na cama e olhei o relógio. Passava da meia-noite. Pelo jeito Sarah iria ficar com ele.

Não tinha o direito de me martirizar com isso, mas era impossível. Ainda mais quando imagens claras de quando transamos vinham na minha mente.

É só isso que você vai ter Maxwell, lembranças.

Meu celular tocou, chamando minha atenção. Era Maggie.

Merda! De novo?

Preferi ignorar a ligação. Maldita hora que transei com ela. Só me deu mais dor de cabeça, agora vivia atrás de mim. Achei que me envolver com outra pessoa seria bom para mim, mas não foi assim. Estava sendo um martírio.

O celular tocou novamente, já ia desligar quando vi que era o número de Sarah. Sentei na cama atendendo antes que tocasse mais uma vez.

- Sarah? - chamei preocupado, até esquecendo o tratamento formal.

- Boa noite, meu nome é Brady...

O namorado dela não era Eric? O que estava acontecendo?

- Quem é você? Onde está Sarah? - perguntei tenso.

- Calma, ela está bem, parece que dormiu.

Dormiu? Onde? Que porra era essa?

- Como é que é?

- Não é o que está pensando - o tal cara se defendeu - , ela bebeu um pouco e capotou no balcão. Peguei o celular dela e liguei para o contato de emergência.

Bebeu demais? Sarah não podia beber! Tomava remédios fortes.

Levantei da cama com pressa e comecei a me arrumar. Pedi o endereço do bar, peguei as chaves do carro e dirigi como louco até o tal bar.

O que estava passando pela cabeça dela? Será que tal Eric tinha alguma coisa a ver com isso? Ele teria feito algo?

Apertei o volante com mais força. Acabaria com a raça dele se tivesse tocado ou feito algo contra ela.

Em pouco tempo, cheguei no local marcado. Parecia barra pesada.

Ah, Sarah, o que você estava pensando?

Entrei e segui direto até o balcão, procurei por Sarah, mas não a vi. Só faltava estar no lugar errado.

- Por favor, estou procurando o Brady - disse para o rapaz loiro com o cabelo moicano verde e piercing no nariz, que preparava as bebidas.

- Sou eu, você é o Maxwell? - assenti um pouco confuso.

Como ele sabia quem eu era? Bom, isso não importava agora.

- Onde ela está? - fui direto ao assunto.

- Venha comigo - ele deu a volta no balcão e fomos até o fundo do bar, entramos em um corredor e ele abriu uma porta. Parecia um escritório, mas naquele instante toda minha atenção foi para o sofá e a figura encolhida de Sarah. Ajoelhei no chão, tocando de leve seu rosto.

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