Capítulo 13 - Somos um só

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Sarah

No caminho para o apartamento de Maxwell, liguei para Joan e avisei que iria passar a noite fora. Ela comemorou ao telefone e Maxwell riu com a reação da tia. Isso foi bom para relaxar o clima, já que Maxwell parecia um pouco tenso, especialmente quando chegamos no seu prédio.

O local era muito bem localizado, mas quando entrei em seu apartamento percebi o quão pequeno era. Não havia qualquer divisão entre a sala e a cozinha. Parecia no estilo industrial, bem rústico e com grandes janelas de vidro. Os móveis que se destacavam eram: a estande que seguia o madeiramento do teto, um sofá de couro marrom, e claro, a chamativa estante de plástico amarelo que mantinha a grande TV de Led. Percebi também, muitas caixas de papelão espalhadas nos cantos e algumas plantas na lateral das grandes janelas.

- Desculpe a bagunça, ainda estou terminando a mudança - sorri, virando para encará-lo.

- Sem problema. Faz tempo que se mudou?

- Não, foi no início da semana. Ainda nem avisei Joan, estava esperando deixar tudo organizado antes de convidá-la para vir aqui - meu sorriso aumentou.

- Então sou sua primeira visita? - questionei agradavelmente surpresa.

- Não deveria ficar tão contente, isso significa que não tenho nada para oferecer - advertiu com um sorriso malandro, ri, enlaçando meus braços ao redor do seu pescoço.

- Pois eu discordo. O que eu mais quero já está bem aqui na minha frente - provoquei. Maxwell riu.

- Sarah, Sarah, o que farei com a senhorita? - fiz uma careta.

De novo esse senhorita?

- Primeiro, está proibido de me chamar assim - ele segurou minha cintura com mais força.

- Ah, é? É como deveria chamá-la?

- Sarah, amor, paixão, ursinha, linda, mas nunca mais de senhorita. Entendido? - ele assentiu com um sorriso. - Agora, que tal me mostrar o resto do apartamento? - Maxwell pareceu perder toda a animação.

- Hum, na verdade é só isso - respondeu sem jeito. Só isso? Não tinha quarto?

- E aquela porta? - apontei no canto ao lado da cozinha.

- É o banheiro - franzi o cenho.

- Onde você dorme? - ele se afastou e apontou o sofá.

Arregalei os olhos em choque.

Quanto custava manter algo assim?

Não fazia ideia. Percebi como ainda vivia fora da realidade.

- É um sofá cama. Estou economizando para poder bancar um lugar melhor mais para frente - justificou um pouco nervoso. - Se quiser ir embora, eu vou entender - completou tão baixo que quase não o ouvi e preferia mesmo não ter ouvido.

- Quer que eu vá? - perguntei confusa. Maxwell olhou para mim e balançou a cabeça.

- Não, é a última coisa que eu quero. Mas também não acho justo pedir que divida um sofá cama comigo - ele suspirou e sentou no braço do sofá. - Não sei onde estava com a cabeça quando aceitei que viesse para cá. Você merece muito mais do que isso, Sarah - confessou desanimado. Dei três passos e fiquei na sua frente. Maxwell segurou minha mão.

- Eu não me importo, Maxwell - ele levantou a cabeça e me encarou com uma sobrancelha arqueada. Suspirei. - Ok, não vou dizer que não é um choque. Você sabe onde eu cresci e onde moro. Ainda estou aprendendo o valor do dinheiro e confesso para você que não é fácil, sempre tive tudo e... - olhei para Maxwell e ele parecia ainda mais derrotado com meu discurso.

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