Capítulo 31 - Sayuri

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NOTA DA AUTORA: Olá pessoal, como estão? Demorei mais um pouquinho, mas finalmente cheguei. Final de bimestre sempre é complicado e pra ajudar os computadores resolveram pifar, corri então atras do antiguinho tablet para postar. Quero agradecer pelo carinho, comentários e votos que tenho recebido, isso é muito importante pra mim <3

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Estamos aqui a tanto tempo que eu já perdi a noção de que dia é hoje. As coisas por aqui tem piorado cada vez mais e o que tenho feito ultimamente é apenas chorar, ficar sem comer e principalmente apanhar muito.
Minha mãe tem sofrido mais do que eu, já que apanha também dos dois brutamontes e de uma mulher. Meu pai sempre diz que por ser mais velha e por não ter me educado corretamente ela merece tudo isso.
O medo tem se espalhado por cada poro do meu corpo, se é que isso é possível, tenho muita saudade do tempo em que minha vida não tinha todo esse caos instalado e sinto falta principalmente do Renan.
Me dói lembrar de todos os momentos que passamos juntos e de todo problema que eu acabei causando a ele mesmo que sem querer, alem do mais as incertezas me dominam, já que ele parece estar alheio a toda essa situação. Será que eu vou ter que morrer para algo acontecer ou mudar?
Meus pensamentos são desfeitos quando ouço a porta ser aberta, pela posição do sol percebo que esta quase anoitecendo e que chegou a hora da decima surra do dia.

- Ola minha filha - ele ainda ousa me chamar assim?

- Não me chame assim, perdeu esse direito faz tempo - disse com o maxilar cerrado

- Ora, ora, ora, percebo que tem alguém insatisfeita aqui - ele sorria cinicamente

- Não entendo o porque disso, mas você não é o meu pai, é um monstro! - e apos isso, levei uma bofetada em meu rosto.

Senti o ardor, o gosto de sangue por causa do corte por dentro e as lagrimas queriam saltar dos meus olhos, mas, novamente segurei o choro, não iria dar esse gosto de vitoria a ele, eu conseguiria ser forte e resistir a tudo isso.

Apanhei muito e calada como sempre, ate que a porta é aberta por um dos seus capangas que cheiram a suor o dia inteiro.

- Tem alguém querendo te ver - ele soltou para meu pai

- Quem? - ele disse me jogando ao chão como se eu fosse um saco de batatas.

- O menino - o homem forte falou e ali agonizando fiquei feliz por ouvir que ele tinha vindo me buscar, mas, logo a felicidade deu lugar ao medo do pior acontecer com o meu Renan.

- Então ele veio bancar o herói? Tem alguém com ele?

- Não senhor, ele veio sozinho, já vistoriei os arredores.

- Deixe-o entrar, esta na hora de acertarmos nossas contas mesmo - ele sorriu e o homem se foi - E vocês verão quando eu terminar de fechar a soma toda - ele olhou para mamãe e eu soltando uma risada macabra que fez com que eu gelasse completamente.


A Menina do Tênis FloridoOnde histórias criam vida. Descubra agora