Capítulo 26 - Seiji

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Finalmente chegou o grande dia, a grande sacada foi o caminhão de mudança, ninguém nunca suspeitaria de nada. Nesse momento estou dentro do caminhão vestindo roupas de funcionário. Dafne está ao meu lado com um vestido curto, quente como o inferno. Armando e Marcos estavam na rua de trás da casa do menino.

Daqui onde estou posso ver bem que os dois seguranças estão em pontos diferentes e totalmente opostos a casa, e obviamente estão à paisana. A polícia não seria tão burra o suficiente para deixar dois engravatados na porta da casa como antigamente faziam.

O bom é que eu já estava vacinado contra isso e tinha estudado cada passo do meu plano. Vejo o menino saindo de casa, provavelmente está indo para a escola e ele nem percebe o caminhão, isso é muito bom e facilita muito meu trabalho.

Algumas horas se passam e vejo Sayuri e Sandra saindo, nesse momento os dois seguranças se aproximam e eles conversam entre si, Sayuri parece revoltada e Sandra continua estática. Elas voltam para dentro de casa e um deles fica na porta dessa vez enquanto outro se distancia.

Ligo o caminhão e vou até a rua de trás aonde vejo meus comparsas, abro a janela e digo simplesmente.

- É hora do show! Todos sabem o que devem fazer né? – pergunto e todos assentem com a cabeça – Ótimo.

Deixei o caminhão e Dafne seguiu o caminho para seduzir um dos seguranças. Eu e os outros dois caminhamos juntos um pouco mais atrás, precisamos ver Dafne em ação para fazermos nossa parte.

Ela passa pela rua em seus saltos altíssimos, rebolando e de repente finge uma torção.

- Ai meu pé, ai meu pé. Como dói! – ela grita alto.

O segurança que estava do lado oposto da casa prontamente a amparou.

- Tem que tomar mais cuidado moça – ele sorriu para ela.

- É realmente. Está doendo muito me ajude – ela disse e ele a pega no colo.

- Fique tranquila vou te levar para aquele banco onde eu estava e eu posso ver isso melhor –ela sorriu e agradeceu.

Dafne ficou lá fazendo a maior cena e aproveitando para se esfregar no segurança, obviamente ele aceitou suas investidas, logo os dois estavam se beijando loucamente e então peguei o outro segurança por trás e o apaguei com uma coronhada. Marcos e Armando chutaram a porta e invadiram a casa pegando as duas, uma outra senhora estava desesperada, mas, Marcos a ameaçava com a arma.

Seguimos para a rua de trás como se nada tivesse acontecido e Dafne ainda beijava o tal segurança, como que eles não ficavam sem ar? Jogamos as duas no caminhão e ficamos ali esperando Dafne chegar, a maldita demorou muito, realmente gostou do segurança.

- Finalmente – disse por fim.

- Eu tinha que aproveitar aquele homem – sorria descarada.

Liguei o caminhão e segui em direção a casa na serra, finalmente chegou o dia de colocar um fim nessa história.

A Menina do Tênis FloridoOnde histórias criam vida. Descubra agora