Capítulo 34 - Renan

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NOTA DA AUTORA: Olá pessoas lindas, como vocês estão? Espero que estejam bem! Como eu disse AMDTF está entrando na reta final e esse é o penúltimo capítulo, isso se eu não adiar o fim novamente que nem venho fazendo hihi, eu simplesmente adorei escrever essa história e fiquei muito feliz por ter sido tão paparicada por vocês com leituras, votos e comentários. Vocês me fazem imensamente feliz, obrigada por tudo <3

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Droga, mil vezes droga! Tudo estava indo bem até o momento em que Seiji conseguiu escapar pela janela, nesse momento todos estavam completamente presos e por serem poucos que entraram, não tinha como deixar os capangas dele e saírem ao seu encontro.

Num impulso me coloquei de pé e fui correndo atrás dele, avistei algumas viaturas ao longe e através de todos aqueles aparelhos consegui avisá-los do que tinha acontecido, enquanto eles vinham em nossa direção eu continuei correndo para não perder Seiji de vista.

Ele olhava para trás e ria como se fosse o dono do mundo e por um momento breve pensei em desistir e deixá-lo escapar, mas, logo esse pensamento foi desfeito pelas lembranças más que ele havia deixado em Sayuri e Sandra e nisso me agarrei e continuei ali correndo atrás dele.

Ele foi se afastando cada vez mais da casa e senti que estávamos subindo um pouco mais a serra, sentia dificuldade e minhas pernas já doíam muito, mas não era hora de parar. Eu tinha consciência de que se eu o encarasse e ficasse ali tete a tete ele ainda conseguiria ser mais forte e bem mais poderoso do que eu, mas eu não estava mais ligando pra isso.

A única coisa que me importava era apenas a tranquilidade e a segurança da Sayuri, nem a hipótese de morrer para que isso acontecesse me fazia temer, era uma questão de honra pra mim.

Percebo que não temos mais saída, na nossa frente está o final da serra e o mar. Fim da linha tanto para Seiji quanto para mim, ele chega a ponta e se vira para mim.

- Chega Seiji! – eu disse sem fôlego nenhum – Você não tem como escapar.

- Garoto cala essa boca, nem você tem como escapar porque estamos apenas nós dois aqui e seus amiguinhos fardados vão demorar até chegarem aqui, posso acabar com você em dois minutos. – vejo então que ele tira uma fava do seu cinto e sinto meu corpo inteiro gelar.

- Você não seria capaz – soltei tentando acreditar nessa mentira enorme que eu mesmo havia dito.

- Ah não? E porque eu não seria capaz? – ele brinca com o cabo e com a lamina me torturando, tento fazer a melhor cara de durão, mas aposto que eu não estou nada convincente.

- Porque vai ter muitos processos para responder – disse simplesmente a primeira coisa que veio na minha cabeça, que merda é essa Renan? Claro que isso não vai impedir ele de te cortar todo.

- Não me importo de ter mais um – ele para de mexer na faca e sorri diabolicamente – Além do mais, não terei nenhum processo para responder, eu vou conseguir fugir – e então ele veio pra cima de mim.

Segurei firme seu pulso tentando fazê-lo soltar a faca, mas ele me da um soco no estomago com a outra mão e eu acabo caindo. Ele vem por cima de mim, mas consigo levantar meio cambaleando, acerto um soco em seu rosto e chuto sua mão fazendo a faca cair.

Ele fica completamente surpreso e tenta recuperar sua arma, então eu corro o mais rápido que posso e pego-a, ele insatisfeito me chuta no meio das pernas e nem preciso dizer que a dor que eu sinto é de matar. Caio de joelho no chão, porém faço questão de jogar a faca longe.

Como um cachorro atrás de um osso, Seiji sai correndo e eu levanto e me aproximo dele por trás, eu não posso desistir o seguro e ele se debate, eu não vou conseguir segurá-lo por muito tempo, ele é um homem muito forte comparado à mim.

Logo ouço os carros se aproximando e eu sinto um alívio tomar conta de mim, me desconcentro e Seiji me acerta me fazendo cair no chão e não conseguir levantar mais.

- Droga, droga – ele esbravejava – eu preciso sumir.

Os policiais se aproximam e o delegado Marcio com a arma em punho o encara.

- Acabou Seiji, você está preso!

Seiji olha por todos os lados e parece inconformado com o desfecho que seu esplêndido plano acabou tendo.

- Vamos Seiji, larga a faca e venha, vai fazer companhia para seus amigos por muitos anos – o delegado ia se aproximando cada vez mais dele e eu continuava ali no chão, mas agora escorado em um tronco de arvore que estava jogado ali.

- Não, não pode ser. Eu sou poderoso, eu não vou ser preso, não posso! – ele gritava e parecia que estava tendo algum tipo de surto.

- Pode sim Seiji, e você vai ser preso por tudo o que fez com Sandra e Sayuri.

- Eu prefiro morrer! – dito isso ele se virou para a ponta da serra, o delegado Marcio o tentou impedir, eu me levantei rapidamente para evitar também, mas ele simplesmente se atirou serra abaixo e pude ver ali que tinha sido o fim, Seiji acabou batendo em uma rocha e caiu dentro do mar revolto.

- Acabou menino – Marcio colocou a mão no meu ombro – Nós vamos ter que falar isso para elas, mas, tem idéia de como isso é terrível?

- Eu sei disso, acho que eu devo contar... – disse inseguro.

- Fique em paz, vamos ver o que faremos. Como se sente?

- Um pouco dolorido. E as meninas? – perguntei agora que tudo tinha acabado.

- Elas estão no hospital. Vamos, vou te levar para ver como anda as coisas com você – ele disse sorrindo – E parabéns, foi muito corajoso.

- Obrigado – sorri de leve e olhei novamente para o mar, segui o delegado e fomos em direção ao hospital, no caminho pensei em como contaria tudo para elas e me senti um pouco em paz apesar desse fim tão terrível. Seria agora a hora de recomeçar.



A Menina do Tênis FloridoOnde histórias criam vida. Descubra agora