Capítulo vinte e dois

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Oi gente, um recadinho bem rápido antes do capítulo: eu ia postar essa parte só no sábado, mas resolvi adiantar porque recebi mil mensagens e comentários de enfartos/ameaças de morte e vou publicar a continuação para vocês agora, porque sou muito boazinha (ao contrário do que a maioria das leitoras diz rs). Enfim, só queria avisar que esse é um dos últimos... Depois desse, teremos mais ou menos quatro capítulos. Estamos próximos do fim!

P.s.: Para aquelas que estão se desesperando por causa do beijo que nunca chega, eu só digo: CALMA QUE ELE ESTÁ CHEGANDO.

Boa leitura!

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- Não. Toque. Nela. Nunca. Mais – a voz de Kevin parece mais alta que a música.

- Kevin, pare! – eu grito.

Conrado dá uma risada, seu nariz já cheio de sangue.

- Você não deveria ter feito isso – diz.

E então a próxima coisa que vejo é seu punho nocauteando meu ex-namorado, e sua perna o chutando no estômago. Kevin cai no chão e, em menos de um segundo, alguns outros garotos entram no corredor escuro em que estamos, pedindo trégua e arrastando Kevin dali.

Conrado está ofegante e com o nariz sangrando. Eu estou à beira de um ataque de nervos.

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Durante o tempo em que o elevador leva para subir os sete andares, Conrado não tira os olhos de mim. Confesso que aquilo estava começando a me incomodar, porque a) ele estava com o nariz cortado (o que era um pouco assustador), embora já tivesse limpado o sangue de seu rosto, e b) ele tinha faíscas de raiva em seus olhos.

- Será que você pode parar de me encarar? – pergunto.

- Eu levei um soco por causa do seu ex-namorado imbecil.

- E a culpa é minha? – eu indago, perplexa. – Por acaso agora eu controlo os punhos dele? E se me lembro bem, ele levou muito mais do que um soco.

- A culpa é sua por deixa-lo pensar que você o ama.

- Como é que você sabe que eu não o amo?

Conrado solta uma risada.

- Eu acho que nós dois sabemos que você não poderia amar Kevin. Ele não é o seu tipo.

- E qual seria o meu tipo?

- Alguém mais humano, que pareça menos com um gambá.

Eu reviro os olhos. Conrado está agindo como uma criança mimada.

- Você está apenas com ciúmes – eu digo.

- Claro, Zahara, estou morrendo de ciúmes de você. Estou em estado de desespero porque não tenho seu amor – ele diz, debochando de mim.

- Se você não está com ciúmes, por que fica tão irritado com a presença de Kevin?

Ele bufa.

- Porque não gosto dele. Não preciso ter um motivo para isso.

- Na verdade, você precisa.

A porta do elevador abre e sei que Conrado iria dizer alguma coisa, mas se interrompe ao ver que Camila está parada na porta de nosso apartamento.

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