Ai, gente, que dorzinha no coração colocar esse último capítulo! Essa foi a terceira história que escrevi e amo ela de paixão! Fico muito feliz que eu tenha compartilhado ela com vocês, e que vocês tenham gostado dela tanto quanto eu. Muito obrigada por terem me acompanhado até aqui!
Dedico esse capítulo a todos vocês.
Às minhas fiéis leitoras, um imenso abraço <3
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Voltei para Florianópolis me sentindo mais leve - apesar dos quilos a mais que ganhei com as sobremesas maravilhosas de minha mãe. Eu sabia que um tempo longe de toda a confusão me faria bem, mas eu não imaginava que nesse tempo eu mudaria completamente a minha visão de Conrado.
E aqui estou eu, mais uma vez, pensando nele. Não pense que eu estou tranquila, cantarolando, enquanto espero que o elevador chegue até o sétimo andar. Eu estou, na verdade, mais nervosa do que jamais estive, por vários motivos: a) Estou há dois minutos de ver Conrado; b) Conrado me odeia; c) Eu não quis incomodar Lola, Caio e Céu em um sábado à noite, por isso decidi vir fazer minha mudança sozinha; d) Tenho medo que Conrado seja grosseiro comigo; e) Sei que meu coração vai se partir em dois quando eu o ver e saber que joguei fora a chance de ficarmos juntos.
Agora, tomada pelo pânico, eu pego meu celular e digito o número de Camila, que me atende em poucos segundos.
- O que foi, Zalaca?
Dessa vez, eu nem mesmo me irritei por ter errado meu nome. De novo.
- Eu não vou conseguir – digo, nervosa.
A porta do elevador se abre e eu coloco uma mão sobre minha boca, apavorada.
- Não vai conseguir o quê?
- Eu estou na porta do 707.
- E daí? – pergunta, e quase posso vê-la revirando os olhos. – E eu estou na minha cama.
- E daí que eu não vou conseguir entrar.
Eu a escuto suspirar.
- Pare de ser idiota, Zalaca. Gire a maçaneta, empurre a porta, e entre. Você tem uma chave, não tem?
- E se ele mudou a fechadura?
- Você está louca? Por que ele faria isso?
- Para eu não conseguir mais entrar?
- Cale a boca e entra. Você está atrapalhando meu filme.
- Puxa vida, muito obrigada pela ajuda – eu digo, ácida.
- O que você quer que eu diga? – questiona, com uma voz divertida. – Quer que eu sussurre palavras de amor?
- Você me irrita.
- Você me irrita – ela diz. – Está bem, escute aqui: não sei por qual motivo você está quase fazendo xixi nas calças para entrar em um lugar onde morou nos últimos meses, mas saiba que seu encontro com Conrado não vai ser tão ruim quanto você pensa.
- Como é que você sabe?
- Porque quando eu contei a ele que você chegaria hoje à noite no 707, ele não parecia estar com raiva ou planejando um esquema de homicídio.
- VOCÊ CONTOU A ELE QUE EU ESTAVA CHEGANDO? – eu quase grito, perplexa. – Por que você fez isso?
- Para ter certeza de que ele estivesse em casa.
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707
RomanceA vida de Zahara estava de cabeça para baixo: menos de um mês antes de mudar de cidade, seu namorado a deixou, após dois anos de relacionamento. Convencida de que a faculdade de Artes Cênicas seria boa para ela, Zahara não esperava se meter em um pr...