25 - Estamos mortos? FIM?

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Quando pequeno eu queria que meu avô me amasse como amava minha mãe, porem ele nunca ligou para mim e após as morte de minha avó tornou-se ainda pior, não conseguia pensar em uma forma dele gostar de mim. Depois do dia que ele me deixou sozinho na rua eu pensei que se não contasse a ninguém o que ele tinha feito ele me daria atenção por gratidão, mas me enganei, ele ainda só tinha olhos para minha mãe assim como meu pai nunca parava em casa por causa dos incentivos de mamãe para que ele trabalhasse.

Pensei varias vezes em formas de tirar ela do meu caminho, eu queria a proteção, o carinho e o amor deles, mas ela estava me atrapalhando, conhecer o Arthur foi a melhor coisa que aconteceu pois ele mesmo me dizendo varias vezes que a morte deveria ser apenas para aqueles que merecem ter paz eu a via como uma porta por onde eu poderia me livrar dos problemas. A morte para mim sempre foi uma forma de eliminar o que atrapalha, mas claro que não seria a morte se ela não pedisse algo em troca. Ela levava meus problemas mais me deixava a tristeza afinal, eu não sou assim tão ruim assim.

E seu eu disser que não chorei no dia em que mamãe sumiu eu estaria mentindo, eu chorei sim, porem fui amparado por meu pai e irmão, e a alegria de te-los comigo tomou logo o lugar da tristeza. Eu não havia matado minha mãe, eu havia dado uma prova do meu amor por papai, e ate mesmo por meu avô que de forma ingrata me acusou e perseguiu por tantos anos.

- então é isso? – Raul ergueu o queixo. – vai me matar assim como matou sua própria mãe não é?

- não, eu vou matá-lo assim como matei um rato vindo para cá. – dei uma risada. – a mamãe não sofreu se você quer saber.

- você matou minha menina seu monstro. – sua raiva era palpável, porem ele não levantou o tom da voz, era como se não quisesse que ninguém nos atrapalhasse.

- ele já estava esperando por você bebê. – meu amigo Arthur cochichou para mim.

- sabe o que é mais ridículo nisso tudo? – perguntei olhando-o nos olhos, ele balançou a cabeça para os lados. – é que ela sempre esteve pertinho de você e você só tinha olhos para mim. – meu sorriso era tão largo em ver a surpresa nos olhos dele. Meu avô nunca me amou, porem sempre viveu atrás de mim, e mesmo que para me odiar ele só viveu por mim e não mas para sua menina.

- do que você esta falando?

- os olhos dele estão agitados demais para o lado esquerdo. – Arthur sussurrou mais uma vez. – ele esconde algo.

- eu sei. – murmurei baixo para o Arthur. – você se lembra do poço abandonado que tinha em seu sitio? Aquele que você vivia ate a mamãe sumir? – eu ri. – pois então, em um lindo dia pedi a mamãe que fossemos ir visitá-lo, eu já sabia que você não estaria lá, por isso quando chegamos e nos deparamos com a casa vazia eu sai correndo para os fundos parei diante do poço. A mamãe me alcançou logo depois, eu me lembro dela sorrindo para mim, achando que eu estava apenas brincando. – eu apenas olhava Raul chorar enquanto eu continuei o relato. – a brincadeira dela acabou quando a acertei com uma pedaço de pau, ela caiu dentro do poço, o corpo dela fez um barulho quando atingiu o fundo, parecia com o de um saco estourando.

-seu maldito, você vai pagar por isso, eu vou... – nunca soube o que ele ia dizer, mas eu sei que eram mais e mais ameaças, porem eu as calei com apenas uma bala. O silenciador fez o trabalho de não chamar a atenção com o barulho, e a bala eliminou a pessoa que me viu como sou dês do começo.

- que sujeira. – disse Arthur de forma divertida atrás de mim, a bala atravessou a testa do Raul tingindo a parede com seu sangue e miolos. – vamos meu bebê, você ainda pode terminar isso, não é?

Você acredita que monstros podem amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora