Cap. 1

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Espero que gostem, é a primeira historia que eu posto. Comentem o que acharem, mesmo que não esteja bom, críticas construtivas são aceitáveis. Boa leitura.



Acordei sentindo o sol daquela manhã em meu rosto, resmunguei irritado colocando o braço sob meus olhos, havia esquecido de fechar as cortinas no dia anterior. Ao levantar da cama fui em direção ao banheiro aos tropeços, escovei meus dentes e penteei meus cabelos, voltando para meu quarto coloquei uma camiseta e uma calça jeans, as primeiras peças de roupa que encontrei e por fim resolvi ficar descalço. Ao chegar na cozinha me deparei com a minha mãe e Amy conversando enquanto tomavam café da manhã, animadas e falantes como em todos os dias. Me sentei a mesa e comecei a me servir com um pouco de tudo, logo senti algo pular em minhas costas enquanto seus braços me abraçavam pelo pescoço, suspirei cansado e passei a mão em meus cabelos dizendo:

- Você pode ser baixinha, mas pesa muito - Amy me olhou emburrada com as bochechas vermelhas. Normalmente teria a recebido na maior felicidade, mas não estava bem hoje.

- Bom dia para você também, Loiro - a baixinha me responde se sentando novamente a mesa, tomando seu suco de laranja enquanto minha mãe me olhava confusa, como se questionasse o meu comportamento estranho. Um pouco desinteressado pela minha refeição e não querendo conversar sobre, me levanto e vou em direção aos fundos da casa para me distrair na quadra de basquete - Espera aí! Eu vou junto. Até mais tarde, tia.

Ouvi seus gritos pedindo que eu a esperasse e logo seus passos audíveis me seguiam apressados, peguei a bola de basquete que estava encostada na parede e comecei a acertar a cesta repetidas vezes. Estranhei não escutar mais nenhum resmungo, comentário ou ruído. Foi então que a vi me encarando sentada no degrau em frente a porta, usava uma regata preta acompanhada de uma saia branca e um chinelo simples, seu cabelo antes solto agora era preso por um lápis, formando um coque bagunçado, não fazia a menor ideia de onde ela havia tirado aquele lápis e nem iria questionar. A baixinha apoiava a cabeça em uma das mãos, mordia o lábio inferior e seu rosto mostrava que logo desataria a falar.

- Por que está mais chato que o normal hoje? - a baixinha me pergunta enquanto se aproximava de mim, andando ao meu redor olhava detalhadamente minhas reações. Aquele olhar de quem analisava um problema.

- Acordei de mau humor - respondo simplesmente não querendo contar o que de fato me irritava. Amy revira os olhos azulados e cruza os braços em frente ao corpo, ela sabia que eu estava mentindo. Suspirei e a fuzilei com os olhos enquanto girava a bola no dedo – Sua teimosia é desumana – e com uma frase a fiz sorrir vitoriosa. Não tinha como esconder nada de um ser que vivia a anos comigo - O treinador não quer me deixar lutar no campeonato.

- Deve ser porque a faixa etária mínima é 18 anos – a baixinha diz calmamente arqueando as sobrancelhas como se fosse óbvio o motivo deu não participar. A olho incrédulo, mais uma que não enxerga a injustiça que rondava uma regra.

- Eu faço 18 anos no mês que vem, não tem lá muita diferença - respondi revoltado com esse fato. Independente da idade os níveis entre os lutadores seria o mesmo.

- E o campeonato é semana que vem! Os responsáveis vão saber que você ainda tem 17 anos, porque eles terão sua fixa completa, inclusive sua data de nascimento - ela sorri me respondendo. A encarei meio irritado, mas não quis continuar discutindo, até porque a baixinha estava certa e mesmo que isso me irritasse, não havia argumentos ao meu favor - Vamos, não seja chato! Temos uma apresentação daqui alguns dias e é a primeira vez que a escola tem a oportunidade de reservar um teatro grande, pensa na ansiedade. E outra, é o meu primeiro solo - concluiu indo até sua mochila mais feliz que criança ganhando doce. É bom ressaltar que reparei agora uma mochila junto a baixinha e olha que o rosa escuro não a deixava discreta. Após sua euforia, aproxima-se de mim com as suas sapatilhas em mãos - Me ajuda a treinar.

Do ringue aos palcos (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora