Do ringue aos palcos (Em Revisão)

Cap.7

Boa leitura!

-BOOOOMMMMM DIIIIIAAA!!!!- acordei no susto com essa gritaria, nem precisava abrir os olhos para saber quem era.

-Sai de cima baxinha- falei abrindo os olhos e vendo ela com um enorme sorriso no rosto, sentada em cima da minha barriga com uma perna de cada lado do meu corpo- O que você está fazendo aqui logo de manhã?

-Não posso nem dizer parabéns pro meu melhor amigo?!- ela respondeu deitando em cima de mim me abraçando, eu até gosto dela me abraçando e mais do que nunca desses tempos para cá, mas eu quero dormir, sim eu estou com sono- Vai loiro, levanta.

-Deixa eu dormi! A gente se vê na escola- falei fechando os olhos.

-Para de ser chato, hoje a gente vai entrar mais tarde na escola, vamos aproveitar então- ela dizia mexendo no meu cabelo, o carinho estava muito bom, mas do nada ela dá um puxão nele. Olhei para ela como se dissese "Isso dói"- Eu sei que dói, levanta seu gordo- suspirei vencido, ela se levantou e abriu os braços na minha direção- Agora me dá um abraço decente.

Fui até ela e a abracei, ela passou os braços na minha cintura e me apertou contra seu corpo. Escutava ela dizer as palavras comuns para desejar parabéns à alguém, e eu apenas encostei meu queixo no topo de sua cabeça e agradeci beijando sua testa.
Nos separamos e eu fui em direção a porta do quarto, foi então que eu senti ovo, farinha e água com gelo sendo jogados em cima de mim. Olhei para frente fuzilando os idiotas que riam da minha cara, respirei fundo e eles completaram a festa jogando confete em mim.

-PARABÉNS CHRISTIAN- Lucas e Dom gritaram juntos, só começando a correr quando eu fui na direção deles com uma cara não muito boa. Fomos parar na cozinha, os dois do lado da minha mãe atrás da mesa e eu na frente dela.

-Se acalme Chris, eles só estão brincando- minha mãe dizia super calma, ela não estava vendo o meu estado não?- Vai se trocar- resmunguei uns palavrões para os idiotas que riam disfarçadamente e fui me trocar, vi a baixinha descendo as escadas com um sorriso travesso no rosto, ela sabia disso!

- Gostou da surpresa loiro?- ela perguntou dando risada, revirei os olhos. Passei a mão no meu cabelo a deixando toda suja, então eu esfreguei no cabelo dela, dando uma pequena bagunçada- Você não fez isso- ela me olhou incrédula e eu ri da sua cara, agora ela também tinha farinha, ovo e confete no cabelo, menos do que eu lógico, mas eu já me contentava.

- Apenas retribuindo o favor- falei sorrindo cinicamente, agora sim subindo para me arrumar.

Quando terminei de tomar banho e me arrumar, desci para a cozinha novamente e não encontrei a baixinha. Dom me disse que depois do que eu havia feito no cabelo dela, ela foi para casa se arrumar e resolveu ficar por lá mesmo, nos encontraria depois na escola. Será que ela ficou brava mesmo? Não, a baixinha sabia que eu estava bricando.

Olhei para a mesa e meus olhos chegaram a brilhar. Brigadeiro, coxinha, refrigerante, bolo e mais alguns outros Salgado, COMIDA, melhor parte do aniversário. Eu, minha mãe e os meninos comemos até dizer chega, minha mãe nem tanto, nós que eramos os esfomeados.
Depois de quase esvaziarem minha cozinha, eles foram para suas casas e eu fui para o meu quarto esperar dar a hora da escola.

Hoje os professores resolveram fazer uma reunião, só não me lembro referente a que, por este motivo teríamos que entrar mais tarde, fazer 2 provas que estavam marcadas para hoje e depois iríamos embora. FELIZMENTE.

Meia hora depois resolvi ir para a escola, já que a baixinha disse que nos encontraria na escola nem passei em sua casa, fui direto para a escola mesmo. Chegando lá, encontrei o povo embaixo de uma árvore enorme que tinha no pátio.

-Parabéns Chris!- Elizabeth e Aline falaram juntas me desejando parabéns, elas me abraçaram e eu retribui. Olhei em volta e vi que a baixinha não estava ali- Antes que você pergunte, Amy disse que já está chegando- a Elizabeth falou rindo.

-E aproveitando que ela não está, por que não nos contou que finalmente você entendeu que gosta da nossa anã?- a Aline perguntou me olhando meio cínica, olhei para Lucas e o encarei seriamente.

-Nem vem, ela escutou minha conversa com o Dom em casa, a culpa não foi minha- Lucas já foi se defendendo, suspirei cansado.

-Não conte nada pra ela, entendeu?_ falei para linguaruda da Aline, ela é uma ótima amiga, mas solta alguns assuntos em momentos inoportunos. O pior é que ela não faz de propósito.

-Ok Chris, não conto- falou virando o rosto para o lado, mas logo me olhou inclinado a cabeça para o lado- Por que não fala pra ela?

-Primeiro eu quero ter certeza, e outra, não quero que fique um clima estranho entre a gente. Eu gosto muito dela, como amiga em primeiro lugar, então vou deixar e ver o que acontece- respondi olhando para baixo, ergui meus olhos e vi a Aline e Elizabeth fazendo umas caretas estranhas e os meninos me olharem com uma cara de "nossa cara, que gay"- O que?- perguntei.

-COMO VOCÊ É FOFO, CHRIS- elas quase gritaram juntas.

-Por que o loiro é fofo?- olhei para trás e vi a baixinha nos encarando sem entender nada, mas seu sorriso ainda estava lá. Será que ela ouviu?

-Estávamos ajudando o Dom a conseguir falar o que sente pra menina que ele gosta- a Aline falou com um sorrisinho no rosto. Grande atriz, sintam a ironia, por favor-E o Chris deu umas ideias muito foufas- ela completou fingindo apertar as minhas bochechas, olhei disfarçadamente para o Dom e quase ri, a cor do seu rosto já havia passado de vermelho de tão envergonhado.

-Sério loiro, e o que você disse?- ela me perguntou com os olhinhos brilhando, os braços cruzados e com a feição que parecia não acreditar muito no que a Aline havia dito.

-Levaria ela até a praia e dançaria com ela descalços para que sentissemos cada grão de areia em nossos pés, o som das ondas do mar se aproximando da beirada da praia seriam a nossa música e a luz da lua seria o nosso holofote para que o foco fôssemos apenas nós dois, a puxaria até a beira do mar e diria tudo o que eu sinto, para logo depois beija-la e trata-la como o anjo que ela é_ falei a olhando e esbossando um sorriso de canto, eles estavam meio quietos, as meninas estavam me olhando com os olhos meio arregalados e a baixinha parecia estar paralisada.

-A gente disse que ele era fofo- Aline e Elizabeth falaram ao mesmo tempo sorrindo- Não acha Amy?

-Sempre soube que o loiro era fofo_ ela falou rindo e apertando minhas bochechas- Desde pequeno- revirei os olhos- Ele só se faz de durão.

-Solta baxinha- falei me referindo as minhas bochechas.

- Ok, vamos logo pra aula seu loiro fofinho- agora ela vai fica me chamando de fofo, sério isso, todos começaram a andar, eu e a baixinha ficamos um pouco mais para trás- Vamos sair hoje? Aproveito e te devolvo o que eu peguei- ela falou rindo, apenas manei a cabeça positivamente.

Acho que a baixinha não lembra que ela havia me dito sobre essa suposta ideia que eu dei a um tempo atrás, ela queria que alguém fizesse isso para ela, era um de seus sonhos. Quem sabe eu o faria. Algum dia.