Cap. 13

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Quando acordamos já era quase hora do almoço, mas antes de prepararmos algo para comer levei a baixinha até sua casa para que ela pegasse algumas roupas. Amy pegou uma mochila e colocou o necessário, foi quando eu vi uma camiseta que eu conhecia muito.

-Amy! Achei que tinha dito que tinha pego minha câmera. NÃO MINHA CAMISETA FAVORITA, eu fiquei que nem louco procurando ela no meu guarda roupa- falei pegando a camiseta do seu armário e a mostrando para a peste da baixinha.

-Não grita loiro, eu gosto dessa camiseta tanto quanto você, eu que escolhi lembra?!- a baixinha me respondeu sorrindo cínic-_ E dá ela aqui, ela tá sendo o meu pijama- concluiu esticando o braço para pegar a camiseta.

-Não!-falei não acreditando nessa cara de pau, ela me olhou por alguns segundo e depois suspirou.

-Você é muito chato!- ela respondeu teimando comigo.

-Anda logo baxinha, eu quero almoçar ainda hoje- falei levando minha camiseta comigo, desci as escadas e esperei ela descer também. Olhei para a camiseta e senti o cheiro da baixinha, até que não foi tão ruim assim ela ter pegou e ter usado, sorri de canto e logo balancei minha cabeça negativamente. Estou andando de mais com o Lucas, sua safadeza está passando para mim.

Depois de um tempo voltamos para minha casa e tivemos que fazer o almoço, porque minha mãe maravilhosa não tinha feito e eu estava com fome. A baixinha queria fazer nhoque, mas eu queria estrogonofe, sim estamos nessa briga do que fazer para comermos desde que chegamos.

-Vai loiro, eu sou visita, a tia não te deu educação não?- ela falava cruzando os braços.

-Que visita o que, você quase mora aqui em casa- respondi a encarando.

-Então se a casa é minha, eu escolho. E outra, onde fica seu cavalheirismo?- a baixinha me pergunta colocando as mãos na cintura.

-Sou cavalheiro com damas- respondi rindo de sua cara.

-E eu sou o que?- ela perguntou indignada, antes que eu respondesse algo ela me interrompeu- Não responde! Vamos jogar pedra, papel ou tesoura. Quem vencer pode escolher o que vamos comer- terminou sorrindo minimamente.

-Que forma mais madura- respondi de forma irônica.

-E você está sendo muito maduro discutindo comigo sobre isso- ela rebateu com um sorriso cínico e eu revirei os olhos.

Foram quase 10 tentativas e sempre caíamos igual, eu colocava pedra e ela também, ela colocava papel e eu também, e voltava para pedra e depois tesoura e parecia que isso nunca ia ter fim.

-Chega, cansei disso!- ela me respondeu sentando no chão- Vamo pedir comida japonesa?- perguntou indo em direção ao telefone. Pensei por um tempo mas depois dei de ombros.

-Pode ser.

A baixinha ligou e pediu duas porções de yakisoba e enquanto esperávamos resolvemos escolher um filme para assistir. Hoje devia ser o dia que tiramos para discutir assuntos bobos, porque agora estávamos discutindo qual filme veríamos, eu queria um filme de terror, mas ela queria de ação, dizendo que ia ficar com medo até de ir no banheiro depois que assistisse. E eu falava que primeiro dormiriamos no mesmo quarto e segundo que era de manhã, não tinha como ficar com medo. Por fim a convenci de assistirmos o filme de terror agora, se não assistiríamos de noite, meio que sem opções ela concordou.

A comida chegou, arrumamos a sala para assistir o filme e assim foi. A baixinha ficou um pouco assustada no começo do filme mas não demonstrava muito, depois escolhemos um de comédia e outro de policial. Já meio tarde resolvemos ir jantar em uma lanchonete, eu pedi dois hambúrgueres, batata frita grande e uma coca, a baixinha pediu um hambúrguer, batata grande e Fanta, lógico que depois ela tinha que pedir uma sobremesa, não sei como essa menina ainda não tem diabeti de tanto doce que ela come.

Voltamos para casa e fomos para o meu quarto, e mais uma vez brigamos para ver quem ficava com o player 1 no vídeo game, mas então a baixinha disse que eu havia escolhido o filme que assistiriamos então ela podia escolher dessa vez, dessa vez concordei e deixei mesmo não querendo muito. Mas para a nossa infelicidade depois de 30min a energia acabou, pior ainda para mim que escutei o grito fino da baixinha porque ela havia se assustado, como já era bem de noite e não estavamos afim de sair de casa, deitamos na minha cama e ficamos conversando.

Eu sabia que a baixinha ainda estava triste pela situação do seu pai, mas eu tinha certeza que ele iria melhorar, mas para não ocorresse o risco dela voltar a chorar, resolvi não tocar no assunto.

-Fiquei sabendo que haviam jurados lá no espetáculo, baixinha- disse me lembrando.

-Sim, me contaram. Você acha que eu tenho chance?- ela me perguntou, demorei um tempo para responder, mas depois eu disse que sim- Eu só não sei se iria se me asseitacem.

-Por que?- perguntei sem entender, esse sempre foi o sonho dela.

-Primeiro porque eu preciso ficar com o meu pai, ainda mais agora que ele está internado no hospital, e outra eu não queria ficar longe de nenhum de vocês- ela respondeu com uma voz baixa- Ainda mais porque eu não posso ambandonar meu melhor amigo, não é?!- ela disse e depois deu uma risadinha.

-Não que eu queira que você vá, até porque eu sei que você não viveria 2 dias sem mim- falei rindo e ela me acompanhou- Mas eu sei que se fosse comigo, você me apoiaria, então se você for aceita, não pense em ficar por minha causa- falei e senti ela me abraçando.

-Quando você quer, fica tão fofinho loiro- a baixinha falou com um tom brincalhão- Obrigada.

-Denada- respondi, já estava quase fechando meus olhos quando ouvi a baixinha me chamando.

-Loiro.

-Hum?- esperei que ela falasse algo, mas ela apenas riu- Que foi?

-Só queria dizer que eu estou usando sua camiseta, que também é minha- ela falou dando risada.

-Quando você colocou?- perguntei não me lembrando.

-Você estava tão preocupado em discutir comigo sobre o filme que nem percebeu eu usando- ela respondeu, então esse dia de discussão foi tudo manipulação da baixinha, mas é uma peste mesmo.

-Boa noite loiro- falou colocando a cabeça no meu peito.

-Boa noite baixinha- fechei os olhos e dormi pensando na possibilidade de não vê-la mais todos os dias se ela fosse embora, mesmo não querendo que ela fosse.

Do ringue aos palcos (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora