Capítulo 16

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Por Mona


Estou me sentindo exausta depois da conversa que tive com o Pedro, acho que ele notou que não estou mais aguentando tanta emoção e achou melhor irmos dormir.

No meio da noite acordo e percebo que ele não está na cama, o procuro pela casa e resolvo olhar pela janela, o vejo dentro do carro, meu primeiro pensamento, foi que aconteceu alguma coisa e ele não quis me acordar, então corri para a porta e o fiquei observando. Estava de cabeça baixa, a impressão que tive foi que estava chorando, me preparei para sair e perguntar o que estava acontecendo, quando ele levanta me olha e eu não consigo descrever o que vi naquele olhar e senti uma dor, uma tristeza e a sensação de abandono, quando ele ligou o carro e saiu. As lágrimas escorreram por meu rosto e naquele momento estava sentindo-me sozinha, muito mais só do que em toda minha vida.

Entro em casa, encosto na porta e minhas forças se vão, caiu ali mesmo, todo meu corpo treme, sinto-me fraca, desolada, devastada. Nunca imaginei sentir algo assim depois do que me aconteceu, sempre ergui muros a meu redor para não sofre mais e o Pedro consegue em tão pouco tempo quebra-los e agora sinto-me vulnerável, não sei o que aconteceu para ele sair deste maneira, mas meu coração diz que ele não tem força para suportar tudo que eu venho enfrentando por todos esses anos. Essa constatação só me faz chorar ainda mais, pois percebo que novamente estou sozinha.

Fico naquele chão frio e duro, por muito tempo, as lágrimas já não caem e o pensamento está lento, não consigo raciocinar, estou com um nó na garganta, olho para a janela e já está claro, respiro profundamente e resolvo levantar, caminho em câmera lenta até o quarto, entro no banheiro e de roupa mesmo entro no chuveiro, a água gelada desce por minha cabeça e corpo, as lágrimas voltam a cair, mas eu não vou deixar eu não posso voltar para o abismo, preciso me reerguer. Mas onde está a força para fazer isso, sento-me ali mesmo e deixo aquela água gélida, lavar minha alma.

Tempos depois, puço meu telefone tocar, não quero atender. Ouço novamente e novamente, decido sair e ver que era. Olho para o visor e identifico o numero como sendo do Carlos, resolvo atender.

Início da ligação:

- Alo. Digo.

- Mona minha linda, esqueceu dos amigos, saiu da festa e nem se despediu? Diz ele animado.

Não consigo sustentar e choro.

- Mona, Mona, você ainda está ai? Ele pergunta.

- Estou sim Carlos, me perdoa, não estou bem. Digo por fim.

- O que aconteceu? Ele pergunta e parece preocupado.

- Eu sou uma idiota Carlos, não quero falar. Digo entre lágrimas e soluços.

- Estou indo para sua casa. Ele diz e nem espera eu protestar, pois já tinha desligado, não estou afim de ver ninguém.

Fim da ligação.

Estou ensopada, minhas roupas, cabelo, minha alma, estamos todos encharcados. Me troco, coloco uma toalha no cabelo e deito na cama, com meus pensamentos.

Ouço a campainha e sei exatamente de quem se trata. Vou me arrastando até a porta e a abro, me deparando com ...

Continua.



Não me matem kkkk é só o inicio deste capitulo, para dar um gostinho de quero mais.

Lembrem que amo vcs.

Estou amando os comentários e as estrelinhas, obg.

Bj.

Nadir B


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