Capítulo 9

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Por Mona

Depois do dia de ontem, mal dormi, tive mais uma vez aquele maldito pesadelo, preciso parar de tê-los já estou cansada de ter sempre medo.

- Calma Mona, ele está preso e não te fará mais mal. Penso ainda deitada.

Decido me levantar, faço minha higiene, com um banho bem demorado, não estou com animo nem para brigar com o guarda roupa hoje e visto a primeira roupa que aparece em minha frente (não vamos nem comentar a roupa, deixa para lá rssrsrsrsrsr) amarro o cabelo em um rabo de cavalo, me obrigo a fazer um make (pelo menos para não assustar ninguém na rua, depois dessa noite eu estou horrível rsrsrsrsrsr) e saio de casa.

Estou caminhado em direção ao ponto do ônibus, quando ouso alguém me chamando:

- Mona! Mona!

Me viro já sabendo quem é pela voz e depois volto a andar na direção contraria onde ele está, meus olhos já estão queimando pelas lágrimas.

- Mona, por favor espera. Ele grita, corre e consegue me alcançar, quando percebe que estou chorando, me envolve em um abraço, sinto uma tensão neste braço, o Pedro parece angustiado por me ver assim.

- Mas não posso eu não posso fraquejar com ele. Preciso sair daqui. Penso ainda encostada em seu perito, pelo abraço que ele está me dando.

- Me deixa Pedro, por favor me deixa. Digo conseguindo me desvencilhar de seus braços.

- Não, eu não vou te deixar assim. O que aconteceu? Ele pergunta e realmente parece preocupado, segurando em meu braço.

- O que aconteceu? O que aconteceu? Você Pedro, foi isso que aconteceu. Digo finalmente, digo não quase grito. Quando o olho percebo uma dor em seu olhar, não entendi por que minhas palavras pereciam que o estavam machucando.

- Mas eu porquê? Ele pergunta ainda me segurando pela mão.

- Preciso ir Pedro, não posso me atrasar. Digo ainda tentando me soltar.

- Eu te levo. Ele diz.

- Não, eu não quero mais me aproximar de você. Digo com os olhos cheios de dor, finalmente ele me solta e eu saio correndo e entro no primeiro ônibus que para em minha frente, nem vejo para onde ele está indo. Chorei, chorei e chorei.

- Não entendo porque não posso falar com ele, já faz tanto tempo? Porque não poso me dar uma chance de ser feliz? Porque meu Deus? Porque? Penso e choro.

Quando consigo me acalmar, (muito tempo depois que peguei o ônibus, nem sei quanto) percebo que ele está fazendo o caminho por uma praia. Não penso nem duas vezes e desço dele.

Chego a areia, tiro os sapatos e sento ali mesmo. Fico observando as ondas, as pessoas. Tinha um casal com um bebezinho, tão lindo. Voltei a chorar.

Fiquei ali por um bom tempo, até que sinto meu celular vibrar. Atendo.

- Alô. Digo.

- Mona onde você está? A Pri pergunta com ar preocupado.

- Na praia. Digo.

- Como assim na praia? Você não vem trabalhar? Ela pergunta.

- Não estou bem amiga. Depois eu te explico. Digo.

- É que eu preciso te dizer uma coisa. O Pedro esteve aqui, parecia um louco, estava bem preocupado com você. Ele pediu o número do seu telefone e eu dei. Fiz mal? Ela fala, um pouco em dúvida e meu coração dispara.

- Tudo bem. É só o que consigo dizer e desligo.

Assim que encerro a ligação, o celular volta a tocar, olho e não reconheço o número. Sei que é ele. Decido atender.

- Mona, Mona. Por favor não desliga. Onde você está? Estou desesperado, achando que aconteceu algo. Fico em silencio por alguns instantes, respiro fundo e falo:

- Não sei onde estou Pedro. Só ai eu percebo que realmente não sabia em que praia estava. Já estava nervosa.

- Calma. Olha ao seu redor. O que você vê? Ele diz.

- Tem um prédio azul grande atrás de mim e ao seu lado, tem um restaurante todo de vidro, acho que dá para ver o nome é A'lagosta. Ai Pedro eu sou uma burra mesmo, isso só acontece comigo. Falo triste.

- Calma, eu já sei onde você está. Não saia daí por favor eu estou indo te buscar. Ele diz e por incrível que pareça, me acalma e ao desligar estou mais tranquila.

Se passam quase 20 minutos, quando percebo uma sombra em mim, ao levantar a cabeça, encontro um Pedro com a gravata aberta, sem paletó e com um semblante cansado.

- Como ele chegou tão rápido? Me pergunto.

Ele se abaixa e me abraça demonstrando todo o alivio que está sentindo. Depois ele se afasta, me olha nos olhos e diz:

- Me perdoa?

Fiquei paralisada, com esse pedido, sem saber o motivo para isso.

- Mas por que você está me pedindo perdão? Eu pergunto.

- Por não ver a pessoa linda, maravilhosa e sensível que você é. Ele diz.

Ao ouvir isto as lágrimas voltam a cair e eu digo:

- Não entendo porque você está me dizendo isso? Por favor Pedro não brinque comigo, eu não suportaria uma decepção. Digo com lágrima nos olhos.

- Mona me olha. Ele fala tocando em meu rosto e o erguendo, para que eu o olhe.

- Eu nunca, ouça bem nunca brincaria com você. Eu amo você e te quero, quero te proteger e não permitir que ninguém nunca mais te machuque, pois eu sei que alguém te machucou e muito. Dito isso ele volta a me abraçar e eu volto a chorar.

- Mas como pode, você é o Pedro Alves, o maior... Falo a frase pela metade e sei que estou parecendo um pimentão tomate de tão vermelha.

Mas uma vez ele toca em meu rosto com delicadeza e diz:

- Eu sou Pedro Alves e daí? Eu amo Morgana Mendonça, a mulher mais linda, delicada e pura do mundo. Ele fala sério e depois com um sorriso nos lábios.

Não resisto e sorrio também, pois nesse momento sinto que ele irá me proteger. Eu o puxo pela mão para mais perto de mim e o beijo. Nossos lábios se tocam, eu sinto uma eletricidade percorrer todo meu corpo, nosso beijo se inicia com delicadeza e depois com mais afinco, maior vontade, saudade. Ele se prolonga e só paramos quando o ar já não existia mais em nossos pulmões. Nos afastamos e eu vi um lindo sorriso reconfortante, naquele momento eu poderia morrer, pois morreria feliz.

- Eu te amo, nossa como eu te amo. Digo com sinceridade.

E agora será que eles serão felizes?

Será que a Mona superou o passado?

Qual será esse passado que tanto lhe atormenta?

E o Pedro será que ele suportará verdade desse passado?

Seu amor, é tão forte, mas tão forte, que sobreviverá ao que está por vir?

Sei que demorei para postar este capítulo, peço que me desculpem, pois estou trabalhando muito e com uma gripe monstro. Sem tempo mesmo.

Obrigada por não nos abandonar, continuem comentando e dando estrelinhas.


Ps. Amanhã posto a parte do Pedro.


Amo vocês.

Nadir B

Superação ❤ Por Mim e Por Você ❤Onde histórias criam vida. Descubra agora