Sede por coroas

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#Victor narrando.
       Depois que Sidney abraçou Cho, todos da sala as observavam, ela estava chorando, depois de algumas palavras o professor liberou as duas e ela saiu, ele voltou a explicar a matéria mas oque tinha acabado de acontecer tomou conta de meus pensamentos. Oque Sidney estava fazendo ali? Era proibida a entrada dela na escola em horário de aula, ainda maus estando machucada, mas o pior de tudo, por que ela estava chorando? Se passado alguns minutos Cho voltou a sala com o rosto vermelho e chorando tambem, então a aula parou e mais uma vez a atenção não foi para a matéria. Cho foi até o professor e falou algo para ele, que pareceu impaciente mais concordou, pensei que ela iria sair novamente para fora da sala, mas ela veio até mim, gelei.
-Sidney, precisa falar com você.
      Ela disse, me levantei depressa, oque quer que seja, se tratava de Sidney, então era importante.
     Sai da sala e me deparei com ela do outro lado do corredor.
-Oque houve?
     Perguntei a abraçando, ela chorou ainda mais, e sem me soltar começou a dizer.
-Vou sair da escola Victor. Minha mãe não me quer mais aqui.
     Ela falou. Meu coração bateu forte, não, que noticia é esta? Assim do nada.
-Oque? Mas, oque houve?
     Perguntei me afastando dela para encarar seu rosto.
-Hanna, neta de malévola andou acabando com a minha vida, ela esta me ameaçando, mexendo nas minhas coisas e...
       Ela disse, mas não conseguiu completar.
-Sidney isto é grave, o certo não era sua mãe denuncia esta garota na escola e nas autoridades? Quem devia sair era ela, não você.
     Falei, ela me encarou triste.
-Victor, não tem mais oque fazer. Talvez seja bom eu me prevenir desta forma... Vou sentir tanta saudade.
     Ela disse e me abraçou de novo. Tive vontade de agarrar ela, de beija-la e dizer que nunca deixaria ela partir. Mas era arriscado, sua mãe tinha razão, era perigoso para ela ficar aqui, mas ela precisava mesmo ir?
-Tchau. Minha mãe deve estar me esperando.
     Ela disse.
-Não.
     Falei baixinho praticamente só para mim. Sidney sorriu e virou as costas para partir, fiquei reparando  sua silhueta sumir no fim do corredor, então enfim, me dei conta de que ela tinha ido embora, acabou. Se ao menos eu tivesse tido coragem de dizer tudo que sentia por ela, por outro lado, eu a beijei, senti o calor de seu corpo, o doce de seu beijo, mas apenas uma vez... Eu não sentiria de novo, nunca mais.
      Entrei novamente na sala de aula e nem me dei ao trabalho de reparar se todos me observavam, dei um beijo na testa de Cho, que sorriu um pouco, ela ainda chorava. Me sentei em meu lugar e esperei o fim da aula vir, não demoraria muito, já era 17:45...
      O sino tocou e todos saíram correndo, esperei rodos irem e lentamente recolhi meu material de cima da mesa e sai devagar da sala de aula. Assim que desci as escadas para o primeiro andar dei de cara com Gustavo sentado em um banco e encarando o chão, fui até ele.
-Você ta bem cara?
     Perguntei me sentando ao seu lado. Ele me olhou e forçou um sorriso.
-Sim, eu estou, ou devo, estar. Na verdade estou bem e... Não, não estou.
     Ele disse enrolado.
-É por causa de Sidney certo?
     Perguntei, somente um bobo nunca percebeu o quando Gustavo gosta de Sidney, se ao menos ele soubesse que ela se derrete por Patricke, que tenho certeza, não deve estar nem ai com a saída dela da escola.
-Sim.
     Ele respondeu. Apenas concordei, eu o entendia, na verdade não tanto, por que ao contrario dele, eu já sabia dos sentimentos dela por mim, já ele...
-Vamos superar.
     Falei me levantando.
-Vamos?
     Ele perguntou confuso.
- A saída dela .
     Falei tentando concertar oque eu disse. Ele concordou com a cabeça, sorriu e se levantou.
-Sabe Victor.- Ele dizia enquanto íamos andando em direção a ponte.
- Sempre achei que, tinha encontrado a pessoa certa a uns anos atrás...
     E disse.
-Mas então, coloquei em minha cabeça que nunca podemos achar, no amor.
     Ele continuou.
-Não estou entendendo.
     Falei confuso.
-Quero dizer, que, entre achar que esta apaixonado e estar, é duas coisas completamente diferentes.
      Ele disse, continuei sem entender onde ele queria chegar.
-E, por que você esta me dizendo isto?
      Perguntei. Gustavo parou de andar e me fitou.
-Você não gosta de Sidney.
     E disse. O encarei.
-Oque?
     Falei. Ele riu.
-Não se faça de bobo Victor, você acha que ela vai cair?. Ou até mesmo eu , vou cair nesta sua história de amor? Todo mundo sabe da sua obsessão por coroas...
     Ele continou. Sem nenhuma palavra dei um soco no rosto dele.
-Nunca mais, fale comigo assim.
     Falei depois que ele cambaleou para trás.
-Você ficou louco?
     Ele disse se recompondo com a mão no queixo.
-Você quem ficou. Oque você acha Gustavo? Que é o queridinho dela?
Não você não é.
     Falei furioso por ele me desafiar daquela maneira.
-Muito menos você Victor. E saiba de uma coisa. não vou deixar você machuca- lá, da forma que quer machucar.
      Ele disse, e foi embora, fiquei parado sem reação. Tudo que passava em minha cabeça era, todos ainda pensam que sou o antigo Victor, aquele que só se relacionava com garotas por algum interesse, coroas eram meu vicio, eu tinha uma princesa nova em minhas mãos sempre. Só que tudo isto mudou, realmente, não a muito tempo, depois que comecei a me transformar, enxerguei tudo de outra forma, e Sidney, foi uma delas. Eu nunca a desejei como Princesa, e sim como pessoa.  Eu sabia que muitos não veriam meu lado, por tal motivo até dei uma chance para Bler, ela não era princesa, e todos achavam que íamos ficar juntos pra sempre, mas eu desde o começo, fiz isto para ter Sidney.
       Fui andando até meu dormitório bem devagar, nem fome eu tinha mais.
       Cheguei a meu quarto e abri a porta, Otavio estava la, todo enrolado dormindo. Peguei um casaco e sai, meu relógio tocaria daqui uns minutos. Fui para o jardim do castelo, e esperei dar a hora. Depois que comecei a me transformar, meus pais me deram este relógio que previa quando a mutação estava por perto, ele apitava se isto estivesse para acontecer. Me lembro de uma vez no celeiro quando tive que pedir para Sidney levar Jacke, meu cavalo, pois eu não teria tempo. Sorri ao lembrar dela, de como era linda, seus cabelos loiros, sua pele clara, e seus olhos, a os olhos de Sidney, me perdia neles... Realmente, seria difícil para mim esquecer ela, mas eu também nem queria isto. Decidi neste momento que visitaria ela em sua casa no dia seguinte, era sábado. Eu pediria permissão para meus pais, já que a escola não dava mais.
     Meu relógio apitou, dei um suspiro e fui para trás dos arbustos....

Deixem nos comentários se são são team -Victor&Sidney.

A escola dos contos. (Em Processo De Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora