Um amigo, um amor.

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       Estávamos a uma hora conversando mais ou menos. Meu pai ainda não devolvera os garotos a nós, e eu não me importava muito com isto, mas só de pensar que eu poderia estar passando meu tempo com Gustavo...
-Então Sidney, esta sabendo da nova?
       Thalia disse serena. A encarei.
-Não. Oque houve?
      Perguntei.
-Descobrimos ontem, quando Gustavo foi nos chamar em nossos dormitórios para vir até aqui.
      Ela respondeu, me concentrei mais em sua história.
- A inxerida da Bler ouviu ele nos contando sobre o plano de virmos todos para ca hoje, e já foi logo se intrometendo. Mas eu realmente não esperava que ela fosse nos revelar algo tão, impossível,vamos dizer assim.
       Thalia continuou, meu coração acelerou, quando se tratava de Bler, o ocorrido era sério.
-Oque ela disse?
      Perguntei lentamente e desesperada.
- Ela disse, que queria saber do Amorzinho dela, nós a perguntamos que história é esta de Amorzinho, e ela disse, vocês não sabiam? Eu e Patricke estamos namorando.
      Thalia completou com uma réplica mal feita e irritante da voz de Bler. Meu coração deu voltas, Patricke não podia estar fazendo isto, não comigo.
-Ela poderia estar mentindo.
     Falei tentando me convencer disto.
-Não, nós perguntamos para ele, e ele admitiu. Não é mesmo Cho?
      Ela perguntou, Cho pareceu desconcertada.
-A, sim, sim.
      E disse. Meus ouvidos não podiam acreditar no que estavam ouvindo. Me levantei e pouco me importei se eles estavam em reunião, ouvi Thalia me chamar, mas não liguei, fui até a sala de meu pai dando passos largos, não liguei com a forma a qual abri a porta, todos que estavam lá dentro se assustaram, meu pai segurou sua espada.
-Patricke! Vem aqui agora.
       Falei, sentindo lágrimas de raiva em meus olhos. Patricke pareceu lembrar do que ele não me disse-ra, Victor continuava assustado, e Gustavo parecia se perguntar o porque de eu chamar Patricke e não ele.
-Oque é isto Sidney?
      Meu pai perguntou severo.
-É coisa minha. Preciso,na verdade necessito falar com ele.
      Falei apontando para Patricke com a mao tremula. Ele se levantou.
-Com licença senhor Sonismã.
      Ele disse e veio até mim, virei as costas e segui pelo corredor, patricke me seguiu.
-Sidney.
      Ele disse enquanto ainda andávamos, eu não ia parar até chegar ao jardim, as lagrimas desciam fracas e devagar pelo meu rosto.
       Chegamos ao jardim, me virei e o encarei.
-Bler?
      Perguntei a ele com ódio no tom de voz.
-Primeiramente, não estamos namorando.
      Ele disse se explicando.
-Ae, isto já é o suficiente.
     Falei sarcástica.
-Sidney, fiz isto para te manter segura!
      Ele disse se aproximando, recuei.
-Segura? Agora que fui embora?
      Perguntei. Ele negou com a cabeça e parecia se arrepender do que iria falar, mas tomou fôlego para isto.
-Não, isto não acontece desde ontem, e sim, desde semana passada.
      Ele disse, teria como Patricke me chatear ainda mais hoje?
-Uma semana?
     Perguntei, sentindo  mais lágrimas descerem.
-Eu já disse, fiz isto por você!
      Ele falou.
-Então me explique, o porque deste seu "sacrifício".
      Falei.
-Eu não aguentava Bler te fazendo mal, por isto, já tinha te pedido uma época para me ajudar com ela, eu queria saber quando ela queria te ferir.
       Ele disse, que plano mais tosco.
-Patricke,tenho certeza que isto não deu em nada.
       Falei.
-Não, eu descobri algo, Sidney, Bler e Cho, são amaldiçoadas por Hanna, ela me disse isto.
      Ele disse se aproximando, recuei novamente.
-A ótimo, agora você também é amiguinho da Hanna?
      Perguntei nervosa, ele também pareceu se esgotar.
-A, já chega, você é infantil Sidney, é isto que da tentar ajudar alguem. Quer saber? Hanna é muito mais agradecida do que você.
       Ele disse alterado. Também me auterei.
-Ótimo. Por que não vai ficar com ela?
      Perguntei.
-Quer saber, é isto mesmo que vou fazer.
      Ele disse e virou as costas. Eu não achei que ele iria mesmo, mas ele se foi, os funcionários me avisaram, me sentei no gramado e comecei a chorar, e se ele estivesse certo? Eu teria perdido a amizade de Patricke para sempre? Nunca me perdoaria por isto. Permaneci um tempo assim, quieta, no meu mundo, e chorando.
     Um tempo depois Senti uma mão segurar meu ombro com delicadeza, enxuguei os olhos e encarei Victor, que me ofereceu um abraço qual eu aceitei no mesmo instante.
-Oque ouve?
      Ele perguntou enquanto acariciava meus cabelos.
-Patricke é um idiota, e só.
      Falei entre soluços, ele se afastou para me encarar.
-Oque ele fez?
      Victor perguntou, eu confiava nele para tudo, não me importei em explicar oque aconteceu.
-Eu também teria feito o mesmo Sidney, se fosse para te proteger.
      Ele disse, depois de eu contar toda a história para ele.
-Não, você é diferente.
      Falei, ele respirou fundo.
-Não, não sou.
      E disse, parecia querer me contar algo.
-Oque foi?
      Perguntei.
-Eu não sei é que...
     Victor começou.
-Anda, fala.
       Pedi, ele sorriu meio torto.
-Eu estou oficialmente desistindo de você!
       Ele disse, fique paralizada sem reação, eu não tinha oque questionar, só oque se passava pela minha cabeça, era, oque eu fiz?
-Oque? Porque?
      Consegui perguntar.
-Esta na cara que Gustavo é oque mais tem chances, e Patricke, PUF, Patricke te ama, só não admiti. E de nós três Sidney, eu sou o que menos você demonstra interesse.
        Victor começou a falar, eu nunca passei por uma situação dessas, por isto, permaneci quieta.
-Victor eu....
       Falei, ele se levantou, o encarei sentindo meus olhos inundarem, porque tinha que ser assim?
- Me desculpa, quero conseguir me recuperar disto logo, e realmente tenho que ir.
        Ele disse, se abaixou, deu um beijo em minha testa, se levantou novamente  e assim como Patricke, foi embora.
-Victor.
       Chamei baixinho chorando.
-Por favor não vá.
       Falei.
-Victor, por favor....
      Lagrimas caiam e caiam, e eu já estava cansada de ficar de joelhos, me joguei no chão e me deitei, pensando em como não sei valorizar quem esta do meu lado,Joyce se foi e eu não fiz nada para evitar,  Patricke foi embora, Victor foi embora , eu não tinha quase ninguém, eu afastava todos de mim.
        Senti uma gota cair em meu nariz, e com isto, uma forte chuva começou, molhando não só meu rosto, mas meu corpo inteiro, e eu permitia isto, como uma forma de castigo a mim mesma.
       Vi meu pai vir até mim e me pegar no colo, ele falava algo enquanto me levava para dentro, mas eu não queria prestar atenção, eu só queria me perdoar por perder tanta gente em um só dia.
          Ele me deitou em minha cama novamente, onde estavam Thalia , Cho e Gustavo, com certeza minha mãe estava fazendo algo melhor.
        Fitei os três, pelo menos eles me sobraram...

Esta quase acabandooo. Estou tão feliz e tão triste ao mesmo tempo, espero que esteja ficando bom...

A escola dos contos. (Em Processo De Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora