A despedida

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       Garet se sentou ao meu lado.
-Eu, nem te conheço direito mas. Preciso perguntar! Você estuda aqui?
      Ele perguntou parecendo nervoso, sorri para acalma lo.
-Sim, pelo menos por enquanto.
      Respondi. Ele pareceu não entender.
-Como assim?
      Garet perguntou.
-A Estoria é longa, o fato é que, minha mãe deve estar neste momento me tirando daqui.
      Falei, ele concordou com a cabeça.
-Me desculpe, não perguntei seu nome.
     Ele disse.
-É Sidney.
     Respondi.
-A sim. Sidney, você me serviu e não serviu de nada.
     Ele disse. Comecei a rir.
-Como assim?
      Perguntei.
-Quero muito saber como é a escola, e você pode me ajudar nisto. Porem, esperava ter alguem para me mostrar lá dentro, mas vejo que com você isto nao sera possível.
      Ele disse sorrindo, sorri e o encarei , Garet tinha olhos verdes escuros, e tinha cabelos castanhos assim como seu pai.
-De que ano você é?
      Perguntei tendo certeza que ele era do terceiro.
-Segundo.
     Ele disse. Parecia mais velho.
-A sim. Eu conheço três garotos do segundo. Tudo bem, pode ser que você nao caia na sala deles, mas... Os nomes são Patricke, Blico e Gustavo. Garanto, eles vão ser gentis com você!
     Falei. Ele torceu o nariz.
-Patricke estuda aqui?
     Ele perguntou estranho.
-Sim, por que?
     Perguntei curiosa por tamanho estranhamento.
-Não nos suportavamos  quando ele e eu morávamos na mesma provincia. Não me pergunte o porque.
     Ele disse. Permaneci quieta. Falar sobre Patricke me lembrava tudo oque daqui a pouco eu deixaria para trás, isto fez meus olhos se inundarem.
-Oque foi? Ele era seu namorado? Vai sentir saudades.
     Garet perguntou me encarando.
-Nao bobo.
     Falei. Enxugando o quase nada de lagrimas nos meus olhos.
-A sim. Mas me diga a verdade, você já gostou de Patricke?
     Ele perguntou. O encarei, mesmo que tivesse gostado, eu não falaria para ele, afinal, não era ninguém que eu confiasse.
-Nao. Mas oque tem isto?
     Perguntei.
-Nada. Na verdade, deve ser porque ele sempre roubou a meninas que eu gostava quando era pequeno, o motivo de nos estranharmos. Elas sempre acabavam gostando dele... Eu até me lembro o nome de uma...
      Ele disse. Eu estava prestando muita atenção, quando o pai de Garet o chamou. Ele se levantou.
-Tenho que ir Sidney, foi um prazer, quem sabe não nos vemos novamente?
      Ele disse sorrindo. Fiquei triste por ter que ficar sozinha, mas me despedi dele.
-Eu espero que sim. Boa sorte no palácio.
     Falei. Ele sorriu, e foi em direção a seu pai.
-A Sidney.
     Ele disse se virando para mim.
-Não gosto de deixar nada inacabado. O nome da garota que gostava de Patricke era Cho, ou algo do tipo.
     Ele disse, se virou, e seguiu para dentro do castelo. Cho? Ele só podia estar enganado, Cho, mas Cho. Nao, ele poderia estar extremamente certo, ela nunca me contou sobre sua infância mesmo, mas, sobre isto, eu adoraria saber. Patricke, ela gostava de Patricke quando criança.
      Pelo visto, Garet conhecia gente na escola bem mais do que imaginava.
     Eu nao queria ir atrás de minha mãe, muito menos saber oque estava acontecendo la. Por tal motivo, permaneci quieta, tentando me destrair com alguma coisa insignificante, algo que me deixasse intertida até o pesadelo começar, esta vendo, eu não consigo parar de pensar nisto. Como minha vida vai ser daqui para frente? Aquela escola, sem amigos, ao menos teria meu pai comigo agora, mas sera que isto supria todas as necessidades? Claro, era meu pai, mas, eu nao era feliz lá mesmo tendo ele.
      Fiquei observando o castelo até minha mãe aparecer, depois de muito tempo.
-Eu pensei que você já havia entrado.
     Ela disse.
-Nao, eu quis ficar aqui fora.
    Falei me levantando.
-E então, chegaram a algum acordo?
    Perguntei ansiosa por uma hipótese, de ainda ficar na escola.
-Sidney, não tem acordo, pode entrar, e fazer suas malas, você vai voltar hoje.
     Ela disse, mesmo sem a intenção, ela foi cruel. Concordei com a cabeça e parti sem animo algum para dentro do castelo. Tudo estava acabado , eu voltaria para a realidade agora, e pela primeira vez, eu nao estava nem um pouco feliz em ter minha vida normal de volta.
      Cheguei ao meu quarto, e minha mae estava atrás de mim. Encarei aquele lugar, e comecei meu trabalho...

        Depois de muito tempo acabamos, nem eu sabia que tinha tanta coisa assim.
-Bom, vamos levando suas malas para fora, eu conversei com a diretora, e ela disse que não teria problemas se você interrompesse a aula de seus amigo, dois minutos, para se despedir. Pra nao dizer que nunca te dou nada.
      Ela falou, e saiu do quarto, seguida por duas funcionárias, com malas nas mãos.
     Isto seria ainda mais cruel, eu vou me despedir de pessoas que conheço não faz nem um mês, mas que já são importantes em minha vida.
     Atravessei a ponte,até a escola, devagar, eu pensava nas palavras que diria aos meus colegas, decidi ir primeiro na sala dos garotos, era o primeiro andar. 
      Bati na porta um pouco nervosa, e assim que a abriram, percorri os olhos pelo lugar procurando Patricke. Ele estava rindo com um menino, e parou ao ver quem estava na porta, pedi licença para o professor e fui até ele, atravessando a sala de aula toda, com a maior vergonha do mundo.
-A diretora me concedeu uns minutos para falar com um aluno, Patricke, é urgente.
      Falei, o professor imediatamente olhou para ele.
-Patricke? Pode levar, nao faz nada mesmo.
      Ele disse, todos riram, Patricke se levantou foi até mim e pegou a minha mão, me puxando para fora da sala.
-Oque você esta fazendo aqui gatinha? Sua perna...
      Ele começou sorrindo.
-Eu não tenho muito tempo, por isto, vou encurtar a história. Minha mãe me tirou da escola, por causa da neta de malévola.
     Falei. Ele se assustou.
-Oque? Ela estuda aqui?
     Ele perguntou.
-Sim, o nome dela é Hanna.
     Falei.
-Sidney, tem que haver outra forma. Você não precisa sair...
      Ele disse.
-Sim preciso. Sentirei sua falta.
      Falei, Patricke êxitou em querer dizer algo, mas desistiu e me abraçou, um abraço forte, quase chorei de tantas saudades que sentiria dele.
-Vou manter contato, vai ver!
      Ele disse, concordei com a cabeça, demos um ultimo abraço e ele se despediu. Segui para outra sala.
      Bati na porta, e a própria professora a abriu, eu tinha aula com ela, então foi muito mais fácil de conversar.
-Ola Sidney.
      Ela disse sorrindo.
-Oi professora, pode me chamar a Thalia e o Gustavo?
      Pedi, ela rapidamente chamou os dois, que apareceram na minha frente assustados.
-Oque houve? Aconteceu algo Sidney?
     Gus perguntou nervoso.
-Na verdade sim. Vou sair do colégio hoje.
      Falei, Thalia colocou a mão a boca.
-Oque?
     Gustavo disse alto.
-A neta de malévola estuda aqui, e por isso...
     Comecei a explicar.
-Sidney não...
      Thalia disse e me abraçou. Retribui.
-Vou sentir tanto sua falta.
      Falei.
-Isto não vai ficar assim, quem é esta garota? Vamos dar uma lição nela.
     Ela disse ainda me abraçando. Sorri.
-Não precisa. Só me prometa que vai manter contato.
     Falei.
-Claro que sim.
     Ela disse. E sorriu. Encarei Gustavo que ainda estava quieto e sem expressão.
-Tha tha, você pode me deixar a sós com a Sidney?
      Ele perguntou. Thalia nos encarou, concordou, me deu mais um abraço e depois entrou, eu sentiria tanta falta de seus conselhos.
-Você não pode fazer isto.
     Gustavo disse.
-Isto oque?
     Perguntei ainda o encarando.
-Me deixar aqui, sem você.
     Ele disse. O abracei no exato momento, e foi no abraço de Gus que a primeira lagrima desceu de meus olhos. Quando nos afastamos Gustavo me olhou firme, ainda sem me soltar.
-Nunca vou esquecer você Sidney.
     Ele falou. Estava tão lindo quanto os outros dias.
-Eu também não.
     Falei. Afinal, nao é todo dia que se encontra alguem que tem a magia do gelo.
-Eu espero. E qual é a sua garantia?
     Ele perguntou. O encarei.
-Não sei.
     Falei.
-Então vai ser isto...
      Ele disse, e sem cerimônia alguma me beijou. Sim, encontrei alguem que tem um beijo melhor que o de Patricke, era um beijo apaixonado, eu já sabia que Gus gostava de mim, e tenho que admitir, para mim ele nunca foi somente um amigo.
      Ele parou e sorriu.
-Só você mesmo Sidney, para me dar ao mesmo tempo o dia mais feliz e triste da minha vida.
     Ele falou, sorri, e o beijei de novo. Gustavo pareceu surpreso, e confesso que também fiquei.
-Eu realmente tenho que ir...
     Falei.
-Só mais um..
    Ele disse, eu nao conseguiria resistir, e demos mais um beijo. Gustavo me olhou uma ultima vez e entrou.
     Eu fiquei parada sem entender direito oque houve. Mas de uma coisa eu tinha certeza, tinha algo em mim que despertava por Gustavo.
     Segui para o ultimo andar da escola, e bati a porta. Depois de um tempo,a própria abriu o portal.
-Sidney.
     Cho disse como sempre preocupada, a abracei forte.

Gente este capitulo foi um poquito maior, é o seguinte, fiz este cap. A um tempo, mas nao pude publicar por falta de NET. Mas o motivo dele estar assim é pq achei q minha reunião seria um desastre, e advinhem? Ela foi ontem, e ainda estou com meu celular. Por isto vou me esforçar mais este bimestre, para não correr riscos. É isto, a e me desculpem se tudo neste cap, aconteceu  rápido de mais, percebi que o livro já ta grande, e os acontecimentos estão demorando. Então é isto,bjs príncipes e princesas.

A escola dos contos. (Em Processo De Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora