Apenas uma mordida...

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        O dia para mim seria horrível. Não fiz questão de me levantar cedo para tomar café, evitar rostos como os de Victor e Bler, me ajudaria muito naquela manhã.

        Fiquei em minha cama só esperando o tempo passar. Onze horas me levantei com coragem, tomei um banho e coloquei um vestido qualquer. Passei meus acompanhamentos típicos. Quando acabei fiquei surpresa em saber que era apenas 12:10. Eu poderia ir para o colégio e no meio do caminho passar no refeitório e pegar pelo menos uma fruta. Antes de sair peguei meu fichário e fui. Bler ainda não tinha chegado e eu só me preocupei com isto quando Cruzei o corredor.

     Entrei no salão, e não havia mais ninguém, só uma garota sentada lendo. Fui até lá, já que só ao seu lado tinha as melhores frutas. 

-Com licença. Posso pegar uma?!
    Perguntei apontando para as maçãs vermelhinhas  que ja me davam  agua na boca. Ela me olhou,um pouco, branca de mais digamos assim, seus olhos eram duas esmeraldas, e das mais verdes que já vi, um cabelo grande e castanho caia sobre seu ombro. Linda, como uma princesa, por isto a coroa em sua cabeça.

-Claro que pode. Se quiser se sentar.
     Ela disse. Sorri, e olhei para o grande relógio que tinha pendurado na parede do salão, 12:28. Ótimo, daria tempo. Peguei uma maça, e me sentei ao lado dela, fui dar uma primeira mordida, quando...

-Cuidado! Não foi com isto que sua mãe entrou em sono profundo?!
     A garota disse rindo atrás de seu livro. Me recuperei do susto e sorri.

-Não, foi com um fuso, e mesmo que tivesse sido. Pode ter certeza, que  eu evitaria comer qualquer coisa.
     Respondi. Ela riu.

-Então você é a Sidney?!
     Ela disse, parando de ler. Nem um pouco surpresa, todos sempre sabiam meu nome.

-Sim. Como sabe?
    Perguntei.

-Seus pais fizeram uma visita aos meus a um tempo. Você não foi. Onde estava?
     Ela perguntou 

-Não sei em que época foi, mas quem são seus pais?
     Perguntei, ela apenas sorriu,e se levantou.

-Come a maçã.
     Ela disse.

-Qual é o seu nome?
     Perguntei antes que ela estivesse longe. A garota se virou.

-Izabel.
     E respondeu. Se virou e foi embora novamente, olhei para a minha maçã e dei uma mordida. Um sono profundo me cairia bem.

     Sai do salão,  quinze minutos para chegar na escola, fui caminhando devagar pois a ponte era perto.

-Ola.
    Thalia diz aparecendo ao meu lado.

-Thalia. Eu nunca mais te vi

Falei. Ela sorriu, e estava radiante.

-Eu também não te vi em lugar nenhum. Por onde andou? Esquece, não é sobre isto que vim falar. E então já tem um par para o baile?
     Ela disse, meu coração apertou, só de pensar que eu estava tentada a aceitar a proposta de Victor , mas depois do ocorrido com Bler....

-Não. E você?
    Perguntei.

-Não também, por isto vim falar com você, um amigo meu me pediu para te apresentar a ele.
     Ela disse. Argh, garotos, garotos. Só isto estava aparecendo na minha vida desde quando cheguei na escola.

-Eu lamento, é que...
     Eu disse.

-Calma, você não me deixou terminar, ele pediu que eu a apresentasse a ele, porem o Gus não deixou. E é sobre isto que te chamei. Sério o Gustavo te chamou para o baile?
      Ela disse toda contente. Era tao inacreditável como tudo corria rápido, eu havia conhecido o garoto na noite anterior, e já tinha gente falando sobre isto. 

-Não.
    Respondi apenas, ela murchou um pouco o sorriso.

-A sério.
    Ela disse.

-Mas porque a animação toda?
    Perguntei. Ela fez uma cara estranha.

-Ha não é nada . Vamos? O sinal já vai bater.
     Thalia disse.

-Ei, não , me responde.
     Falei, mas ela sumiu. Segui caminho a minha sala de aula. Chegando lá um Victor todo animado e ainda mais lindo me recebeu com um beijo na mao, em frente a todos. Rapidamente, olhei para o fundo da classe tentando achar os olhos nervosos de Bler me fixando. Mas ela não estava lá, poderia chegar depois.

-Ola Victor.
     Respondi ao seu beijo.

-Precisamos conversar.
    Ele disse sorrindo. Eu sabia do que se tratava, e com uma expressão bem fria no rosto, apenas respondi.

-Sim, precisamos.
     E deixei ele lá em frente a todo mundo, não me virei para encarar seu rosto, me sentei em minha cadeira, e abaixei a cabeça.

     Porque essas coisas difíceis de se resolver, só aconteciam comigo. Me dei conta de que ambos os três meninos que conheci , sendo eles Patricke, Victor, e agora Gustavo, eu me deixei levar muito rápido, eu precisava me limitar mais, como, não ser tao aberta assim com eles. Eu seria assim, por algum motivo, queria afastar esses meninos de mim o mais rápido possível, eu nem sabia porque colocava Patricke em minhas listas, ele nem nem se dava mais o trabalho de me cumprimentar no corredor , só tinha olhos para Sharpay. Também notei que por conta de meninos esqueci Cho, mau começou as aulas e eu não conseguia me concentrar nas tarefas. Tudo não podia sair dos trilhos tao rápido assim.
  Uma professora alta e simpática entrou na sala, todos se levaram  a atenção a ela. Minha concentração em fim foi para outra coisa.

-Ola alunos, sou Meredith, a professora de experiência de vocês.
     Isso significava minha matéria favorita....

     O intervalo se aproximava e eu não queria que isto acontecesse, porque alem de ser uma matéria extraordinaria, e a professora ser ótima, minha auto estima estava boa demais para acabar no minuto seguinte.

-Ótimo. Terminamos por hoje, foi um prazer.
     Maredith disse, o sino bateu. Todos começaram a sair, e com cuidado Victor veio até minha mesa, e se sentou na cadeira da frente.

-Tabom, me explica oque eu fiz de errado.
     Ele disse. Me lembrei da minha auto exigência. Eu teria que me abrir menos.

-Você não fez nada é só que.
     Eu comecei, ele continuou me olhando. Me levantei.

-Não vou ao baile com você, sinto muito. Mas tenho certeza que alguem quer muito mais que eu, ser convidada.
     Eu disse, eu teria que falar de uma vez, porque se começasse me explicando, não seria levada tao a serio no principal assunto. Pensei em sair depois disso, mas preferi ficar. Victor me olhou sem entender.

-Quem?
     Ele apenas disse. Quem? Sério, esta era sua pergunta? Homens. Me virei e decidi sair daquele lugar que parecia começar a ficar sem ar pra que eu respirasse.

-Sidney! Foi por que eu me transformei, não foi?!
     Ele disse quando eu já estava na porta. Apenas neguei com a cabeça, e sai. Eu não sabia para onde eu iria, queria ir para o meu quarto, queria fugir, não sei, qualquer coisa . Decidi ficar em uns bancos na ponte, era deserto, e como eu precisava de paz. Não sei se por sorte, ou por azar, Cho estaca em um dia assentos de madeira na ponte, me aproximei com cautela.

-Porque você esta aqui ?
     Perguntei. Ela me olhou e deu um sorriso meio fraco.

-É aqui que eu fico sempre.
    Ela disse. Me sentei ao seu lado, o que eu estava pensando, deixei Cho sozinha para ir com Victor a um almoço.

-Posso ficar aqui com você?
     Perguntei, ela sorriu e acenou com a cabeça. Não tínhamos muitos assuntos para conversar, eu sei mas sempre achávamos um. Eu não queria contar a ela sobre Bler, e muito menos de Gus.
Então apenas estendia seus assuntos, que realmente eram bons, para não sairmos disso.
  Continuamos conversando, quando o sino tocou, Voltamos para sala. Ainda teria aula...

A escola dos contos. (Em Processo De Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora