Caminho pelo corredor claro devido as fortes luzes brancas, meus passos ressoando pelo corredor, viro a esquerda e entro no banheiro feminino do hospital no qual é meu local de trabalho. Observo a imagem exausta estampada no grande espelho do banheiro, com os grandes olhos verdes cansados com manchas escuras embaixo devido a falta de sono, não esperava menos já que estou na minha 14ª hora de um plantão de 12 horas. Molho um pouco a mão com água e passo pelo meu cabelo, deslizando minha mão até o final do meu cabelo que continua na altura dos meus ombros, deixei meu cabelo continuar nesse comprimento, um lembrete para impedir que aquela garota fraca e frágil que entrou na Floresta Do Desespero retorne e tome o lugar dessa nova Hayley, uma jovem médica de 18 anos treinada em combate. Hora de ir pra casa, saio do banheiro e sou abordada pela minha colega de trabalho.
-Srta. Stotth. -diz ela chamando minha atenção. -Necessitamos da senhorita no quarto B7.
-Algum problema? -pergunto.
-Paciente que chegou recentemente de um combate na fronteira do estador Norte. -diz ela me entregando um prontuário.
-Quais os sintomas? -pergunto examinando o prontuário.
-Manchas pelo corpo, convulsões... -diz Iris.
-Envenenamento. -digo fechando o prontuário em minha mão e entregando para Iris.
-Também imaginei isso senhorita e imaginei que talvez você poderia usar sua habilidade de cura nele. -diz ela de modo sem jeito.
-Desculpa Iris mas minhas habilidades só funcionam com cortes, hematomas e ferimentos internos. -digo colocando as mãos nos bolsos do jaleco. -Não tem efeito algum em envenenamentos e doenças.
-Entendo. -diz ela claramente chateada. -Terá que ser a moda antiga.
-Eu vou pra casa agora, mas Iris, extraia um pouco do veneno do corpo do paciente, faça um relatória e deixe em minha mesa, amanhã darei uma olhada e começarei a trabalhar no antidoto.
-Entendi, senhorita. -diz ela. -Licença.
Caminho em direção a minha casa usando roupas normais, calça jeans preta e uma blusa vermelha de mangas compridas, o jaleco branco dentro da mochila que está presa em minhas costas. Observo as pessoas tentando se reerguer, lojas de roupas, açougues, floriculturas, todo mundo tentando voltar a suas vidas antigas, pessoas ajudando umas as outras a terminar de construir suas casa, crianças brincando na rua sem saber que se divertem em cima de um cemitério. Mais alguns passos e chego em casa, uma moradia simples como todas as outras com apenas dois quartos, uma sala, uma cozinha, um banheiro e um quintal. Entro em casa e bato os pés tirando a poeira da sola dos meus sapatos, minha mãe aparece na cozinha enxugando um prato de porcelana.
-Oi filha. -diz ela se aproximando.
-Oi mamãe. -vou em direção a geladeira e pego um copo de suco de pêssego. -Onde está o papai?
-Você sabe Hayley. -diz ela pousando o prato seco na mesa e pegando outro úmido. -Ainda não temos um líder para liderar nosso estado e seu pai agora trabalha no conselho do estado, imagine a loucura que deve ser aquilo lá.
-Por que é tão difícil achar um novo líder? -pergunto virando o copo com a bebida doce.
-Hayley, nosso líder deve ser alguém sábio e bom e combate, ele irá nos representar e nos proteger. -diz minha mãe pousando mais um prato na mesa. -Não pode ser qualquer um.
-Entendi. -digo me calando.
-Está com fome querida? Posso preparar algo para você comer em 5 minutinhos.
-Obrigada mãe, vou tomar um banho e trocar de roupa, e então desço para comer.
-Tá. -diz ela beijando minha testa.
Entro no meu quarto, jogo a mochila em cima da minha cama e tranco a porta.
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Morte Iminente
AcciónSinopse: Após sobreviver ao torneio dentro da Floresta Do Desespero , Hayley Stotth e sua equipe, Jeremy Grey e Tyler Marsh não obtiveram tranquilidade ao chegar em seu estado que estava sendo devastado por um grupo organizado de Radicais. Aos pouco...