Capítulo #5

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     Entro no hospital, passando pela recepção e adentrando um corredor a direita, pego o elevador e vou para o Andar#B. As portas se abrem e uma Iris toda empolgada vem até mim. 

     -Bom dia, senhorita. -diz ela me dando um abraço. 

    -Bom dia, Iris. -digo tentando parecer tão entusiasmada quanto ela embora seja difícil devido a última conversa com meu pai. -Vamos aplicar o antidoto no paciente que foi envenenado.

     -Desculpa senhorita mas eu já me encarreguei disso. -caminhamos em direção a sala do paciente.

     -Sério? E qual foi o resultado? -temo a resposta, aquele era um veneno totalmente novo e acredito que até mesmo a pessoa que o fabricou, ache difícil de fazer o antidoto.

     -Foi incrível. -diz ela me parando e nós duas trocamos olhares surpresos. -Logo depois que eu injetei, ele continuou do mesmo jeito, mas um momento depois, ele já conseguia se levantar, seus espasmos pararam, ele se sentia bem melhor. Venha, vou leva-la até ele.

      Caminhamos até o quarto onde o paciente estava mas quando chegamos ao corredor onde ficava seus aposentos, nós vemos ele em frente a uma máquina de doces tentando tirar uma barra de cereal que ficou presa. Nós duas nos aproximamos dele e eu o comprimento:

     -Oi. Bom dia. 

     -Bom dia, Doutora. -diz ele ignorando o doce e voltando sua atenção para Iris e eu. 

     -Senhor Gilbert, essa é doutora Hayley Sttoth, foi ela que criou o antidoto que curou o senhor. -Iris me apresenta.

     -Nossa, é um prazer conhecer a senhorita, obrigado por ter salvo a minha vida. Meu nome é Andrew Gilbert. -Andrew aperta minha mão com firmeza.

      -O prazer é meu Senhor Gilbert, fico satisfeita em saber que fui útil. Já está até comendo chocolate. Uma coisa que eu não recomendaria, você ainda precisa descansar. -brinco apontando para a maquina de doces.

     -Eu adoraria seguir as ordens da senhorita. -ele se senta em um banco ao lado da maquina de doces, Iris e eu ficamos na sua frente. Seu ombros se curvam, seu otimismo dá lugar à preocupação. -O estado ainda precisa de mim, e eu estou me sentindo super bem. Além disso... -ele ponderá, cerrando os punhos, claramente aborrecido. -Tenho que ir atrás do cara que fez isso comigo.

     -Iris por favor, poderia pegar uma xícara de café para o Senhor Gilbert? -Iris balança a cabeça em concordância e se retira, eu me sento no banco ao lado do Andrew. -O que foi que aconteceu com você? Quem fez isso com você? 

      -Eu estava em uma missão, estava levando um recado do conselho para o estado Sul.

     O estado Sul, não é o mais próximo da gente, não somos exatamente dois estados que sempre se ajudam, eles são conhecidos pelas grandes  estratégias em combates e ao incrível talento artesão. Eles sempre forneceram competidores bem experientes para o torneio da Floresta Do Desespero, astutos, habilidosos e acima de tudo, implacáveis. Quando participei do torneio eu não esbarrei com nenhum competidor do estado Sul, a equipe da Stella já tinha matado eles e se os companheiros dela tiverem o mesmo temperamento que ela tinha, não ficaria surpresa se eles acabassem com a equipe do estado Sul.

     -O que você estava levando? -pergunto. 

    -Isso é confidencial, mas imagino que seja algum pedido de ajuda ou coisa do tipo. -diz ele ajeitando seu moletom. 

     -Entendo. Mas enfim, continue. O que aconteceu com você? 

     -Eu estava escalado em uma equipe de 3 pessoas que ficou encarregada de levar uma mensagem até o estado Sul, já estava escurecendo e  a gente estava quase chegando a fronteira do estado quando fomos abordados por uma figura, usando um casaco preto grande, um lenço na frente da boca que de modo só dava para enxergar seus olhos, e um chapéu.  Paramos imediatamente, observando aquela figura aterrorizante, parecia uma pessoa corcunda, naquela posição ele ficava com um pouco mais de um metro, se movia lentamente, o casaco cobrindo todo o seu corpo, meu companheiro se aproximou, dizendo que se ele não saísse do caminho, usaria-mos a força bruta.  -Andrew estremece lembrando a cena, fechando os olhos, imagino como seria aquele homem.

     -Não precisa continuar se é difícil pra você se lembrar disso. -digo colocando a mão em seu ombro. 

     -Não, está tudo bem. -ele respira fundo e continua. -Meu companheiro chegou mais perto e o atacou. Ele lançou uma faca na direção do inimigo, mas então saiu uma espécie de cauda grande feita de ferro de trás daquela coisa, e parou a faca, como um escudo, eu achei aquela cauda parecida como a de um escorpião. Ela ficava balançando, de um lado para o outro, pronta para encontrar algum corpo no qual possa se instalar, a coisa toda foi muito rápido, a cauda perfurou meu companheiro, e ele o puxou para perto, arrastando ele pelo chão, ele começou a se debater e a tremer, devido ao veneno que a ponta da cauda continha. Sei disso por experiencia própria, porquê quando eu e meu outro companheiro corremos em direção ao nosso amigo para resgata-lo, a cauda dele nos atacou novamente, eu sabia que ela era grande, mas não sabia que era tão grande, ela tinha um alcance impressionante, ela ia em direção ao meu amigo que estava do meu lado, mas eu fiquei entre eles e ela não acertou a gente por pouco, mas aí uma agulha veio do nada e me espetou, não demorou muito e eu apaguei. 

     -Andrew, só quem voltou dessa missão foram 2 pessoas, você e seu outro amigo, não veio nenhuma terceira pessoa. 

     -Maldito. -lágrimas começam a descer pelo rosto dele. 

     -Eu sinto muito. -ponho a mão em seu braço e Iris aparece no corredor. 

     -O café está pronto.


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