Capítulo #7

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     Ele não fez isso, ele não deveria, não podia. Alguém entra no quarto mas não me importo em ver quem é, apenas pulo pela janela e vou atrás do Tyler. Ele corre de mim, com passos rápidos em um telhado um pouco ingrime e eu estou bem atrás dele, ele pula em um prédio um pouco mais alto e continua subindo, escalada nunca foi meu forte mas dessa vez, não adianta o que ele faça, o que ele diga, nada me fará parar de persegui-lo. Ele desaparece no terraço de um prédio, chego logo em seguida, me aproximando cada vez mais dele, minha mão toca seu casaco mas o prédio acabou ele pula lá de cima, enrosca uma linha de aço igual a que usamos na Floresta Do Desespero em uma placa e desce graciosamente, aqui de cima, vejo ele correndo indo em direção a praça. Não! Eu vou acabar com isso. Pulo em um telhado próximo e vou usando o parapeito das janelas como aponho, salto lá de cima, me seguro em um varal que estava estendido e pego impulso para frente, meus pés tocam o chão, corro em direção a praça.

      Droga! Eu o perdi de vista, a praça está vazia, estou parada em um pequeno corredor cercado de árvores e com alguns bancos feitos de pedra ao meu lado. Sinto sua presença atrás de mim, a lamina da sua faca encostando nas minhas costas.

     -Por quê? -pergunto com lágrimas ameaçando cair. -Só me responda isso.

     -Isso está além de você e de mim, Hayley. -sua voz é suave e calma, como se ele não tivesse feito nada de errado.

     -Você ia matar meu pai.

     -Uma infeliz coincidência. -ele suspira. -Poderia acontecer com qualquer um, mas como é ele o líder do conselho. 

     -Você é um Radical? -pergunto ainda virada de costas, qualquer movimento em falso e aquela lamina irá me matar. 

     -Sou.

     -Você é um... -minha frase é interrompida, levo um soco forte na têmpora direita e apago.

     Os sons de bip's capturado pela máquina que monitoram os batimento cardíacos me acorda, droga, talvez se eu ignora-los consiga voltar a dormir. Batimentos cardíacos? Levanto rapidamente, Iris sai do banheiro do quarto.

     -Tudo bem, senhorita! -diz ela levantando as mãos na frente do corpo. -Está tudo bem.

     -Onde estou? Onde está meu pai? -sinto uma leve pontada no lado direito do meu rosto, vasculho minha mente procurando saber como isso tinha acontecido. Tyler? -Onde está o Tyler? -seguro Iris pelos braços e a sacudo. -Onde ele está? 

     Minha mãe esculta meus berros e entra no quarto, meu pai está atrás dela. 

      -Pai! -corro até ele e enterro o rosto em seu ombro. -Eu achei que tinha acontecido algo com o senhor, você está bem? 

     -Estou, filha. -ele passa a mão no meu cabelo, tocando em meu machucado o que me faz estremecer. -Ele não conseguiu me machucar, graças a você, você chegou bem na hora.

     -Onde ele está? -pergunto me afastando do meu pai.

     -Ele fugiu, querida. -diz minha mãe. -Disseram que viram ele saindo de um dos portões, ninguém se preocupou em segui-lo porque achavam que ele estava em uma missão. 

     -Qual portão ele usou? -pergunto vasculhando o quarto atrás das minhas roupas.

     -Vamos deixar isso com os guardas do estado, meu bem. -diz meu pai.

    -Vou perguntar novamente:Qual portão ele usou? 

     -O sexto portão. -diz minha mãe.

     -Ótimo. -encontro as minhas roupas no banheiro, tranco a porta, tiro o roupão do hospital que eu estava usando e visto as que eu usava antes.

Morte IminenteOnde histórias criam vida. Descubra agora