O sol se aproxima, pela cor que o céu está adquirindo, presumo que seja entre 4 ou 5 da manhã. A correria em busca do Tyler continua, mas então percebo que só se esculta o som dos meus passos, olho pra trás, meu pai e minha mãe arfando encostados em uma árvore.
-Não temos tempo para descansar. -digo irritada. -Se vocês não conseguem aguentar isso não deveriam ter vindo.
-Não fale assim com a gente, Hayley. -diz meu pai elevando o tom de voz. -Não somos tão jovens como você.
-Calma, querida. -minha mãe está lutando para manter sua respiração estável. -Só 1 minuto para eu recuperar o fôlego e depois seguimos.
Eles vão me atrasar, não deveria ter deixado eles ir nessa missão comigo, eu chamaria o Jeremy, mas já tem 2 anos que não o vejo, ele seria minha primeira opção, mas como ele não está aqui, meus pais vão ter que servir, embora eles ainda estejam numa idade quase avançada, tem experiência em batalha, uma coisa que eu não tenho ainda.
-Descanse tranquila, meu amor. -meu pai põe a mãe nas costas da minha mãe. -Um bom agente deve sempre manter a calma, do contrário deixaremos pistas passarem despercebidas. -Meu pai tira três maças de dentro da sua pequena mochila e dá uma para mim e para minha mãe, ele come a outra. -Então Hayley, tem alguma ideia de onde o Tyler está indo?
- Imagino que ele esteja indo se encontrar com um de seus pau-mandados perto da Cachoeira de 1000 Tulipas.
-Você não sabe o lugar exato do encontro deles? -pergunta meu pai.
-Não, por isso que devemos continuar a perseguição.
-Hayley você tem que aprender muita coisa. -ele suspira, o sol começa a aparecer, a floresta que nos cerca começa a clarear.
-Isso significa que não temos tempo a perder. -diz minha mãe se levantando, ela da uma última mordida em sua maçã. -Vamos, levantem-se.
Termino de comer o resto da minha maçã e começamos a correr. Depois de um tempo nós saímos da floresta, o campo se abre, percorremos uma estrada de areia, eu na liderança, meu pai ao meu lado e minha mãe um pouco atrás. O sol começa a ficar quente, já deve passar das 9 da manhã. Encontramos um vendedor ambulante no caminho, compramos algumas raízes e alguns pêssegos. No almoço comemos metade do que compramos, depois de mais algum tempo correndo, fazemos outra parada. Estamos parando com muita frequência, precisamos comer carne, colocar mais nutrientes no corpo do que raízes e pêssegos podem fornecer.
-Precisamos caçar. -digo observando o ambiente. -Vamos ver se conseguimos achar algum peru, um esquilo ou qualquer coisa assim. -meus pais concordam com a cabeça e nos separamos. Caminho pelas árvores com minha faca a mão, prestando bastante atenção a qualquer barulho. Avisto um coelho, roendo as folhas de um pé de acelga, essa criatura é bem rápida, só tenho uma chance mas como vou me aproximar sem que ela me veja? Visualizo o local procurando alguma coisa que possa me ajudar, pego algumas pedras e jogo no coelho, ele corre, atiro outra e acerto uma árvore perto, fazendo ele correr em minha direção, me agacho, ele chega perto, eu me levanto e lanço meu ataque, o coelho desvia e corre a minha esquerda, arrumo a faca em minha mãe a lanço, ela perfura o lado esquerdo dele, fazendo-o se debater no chão, me aproximo, seguro ele com a mão esquerda e com a direita tiro a faca.
-Desculpa. Prometo que vou tentar fazer isso o mais rápido possível. -enfio a faca rapidamente no pescoço do bicho e automaticamente seus membros relaxam. Mesmo que eu não goste de tirar a vida de animais, fico feliz por ter conseguido comida.
Chego ao local de encontro, meu pai está sentado numa pedra em frente a entrada da caverna que está bloqueada por uma pedra enorme. Ele está tirando a pele do que imagino ser um esquilo, entrego a ele meu coelho e em seguida, mão chega carregando em seus braços um peru selvagem recém-abatido, ela entrega ele ao meu pai e ele diz:
-Precisamo acender uma fogueira. -diz ele tirando as penas da ave.
-Antes vamos precisar de um abrigo. Vamos nos abrigar nessa caverna. -diz minha mãe otimista ignorando a pedra enorme que está no caminho.
-Boa sorte tentando tirar isso da frente. -diz meu pai com sarcasmo.
-Eu não vou fazer isso, mas a Hayley. -diz minha mãe tocando minhas costas.
-O quê? - eu tenho o mesmo espanto que meu pai.
-Mãe não vou conseguir quebrar isso. -digo olhando a pedra, essa coisa é gigantesca.
-Pode sim. Sei que você pode, apenas tente. -diz ela.
Tá. -me aproximo da pedra, levo um segundo, serro os punhos e acerto um soco na pedra, a princípio espero que meus ossos da minha mão comecem a se quebrar, mas então ouço um som de rocha se partindo, rachaduras sai de onde acertei o soco e a pedra começa a se quebrar em vários pedaços, dou um paço para trás para que nenhum fragmento me acerte, as rochas caem e o caminho fica livre. La dentro, recolhemos alguns gravetos e meu pai esfrega duas facas gerando algumas faíscas que acende os gravetos dando origem a fogueira, depois que preparamos a carne, colocamo-as numa pedra próxima e depois comemos com o que sobrou das raízes e dos pêssegos. Achamos um poço de água doce na caverna e matamos nossa cede, antes dependíamos do suco do pêssego pra isso mas agora não será mais um problema. Já consigo sentir aqueles nutrientes nutrir meu corpo, me sinto bem mais forte do que antes porém ainda cansada devido a correria. Nada que uma noite de sono não cure. Me deito com a cabeça encostada na minha mochila e espero o sono chegar. O estado Sul fica a um dia de caminhada daqui. Eu estou te alcançando Tyler!
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Morte Iminente
AcciónSinopse: Após sobreviver ao torneio dentro da Floresta Do Desespero , Hayley Stotth e sua equipe, Jeremy Grey e Tyler Marsh não obtiveram tranquilidade ao chegar em seu estado que estava sendo devastado por um grupo organizado de Radicais. Aos pouco...