| 11 | KILLER

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Léia's P.O.V.

2 meses depois, minha vida havia mudado. Passava a maior parte do meu tempo com os meninos, sendo a fotógrafa honorária. Me reaproximei de Suga e RapMon e eu éramos melhores amigos para uma vida.

...

Tinha acabado de estudar para mais uma prova da faculdade e decidi ir caminhar perto daquele lago que eu e Suga fomos.
Caminhei por três horas e voltei correndo para casa com mais algumas lavandas na mão (que estavam lindas por causa da primavera que havia chegado).
Chegando em casa, tomei um banho bem relaxante. Tão relaxante que acabei dormindo dentro da banheira.
Estava prestes a (sem querer) morrer afogada, quando Nanjoom apareceu, puxando minha cabeça para fora da água.
- Léia!
Tossi muito e a água que estava quase em meu pulmão saiu pela minha boca, me dando ânsia de vômito e dor de cabeça.
Monster ficou parado, agachado ao lado da banheira, me olhando preocupado. Não liguei muito para o fato de um menino estar no meu banheiro porque a água esbranquiçada da banheira cobria meu corpo nu.
- Você está bem?
- Tô sim, Nanjoom. Não precisa se preocupar. Como você entrou aqui em casa?
- Você deu uma cópia da chave para todos os meninos, incluindo eu, caso algo acontecesse. Eu vim aqui para falar com você, já que o celular você não atendeu. Entrei na sua casa e gritei por você, mas não houve resposta. Subi para ver se você estava no quarto e a luz do banheiro estava ligada. Quando entrei, meio receoso, sua cabeça deslizou para dentro da água. Aí te puxei para fora. Não ia deixar você morrer.
Uau!
- Obrigada. - dei um beijinho em sua bochecha. - Você pode me dar licença? Eu já saio daqui.
- Claro, te espero aqui fora.
Ele saiu e deixou a porta fechada. Esvaziei a banheira e tomei uma ducha, saindo enrolada num roupão preto.
- Então, o que você queria falar?
Nanjoom estava olhando para a parede cheia de fotos quando o tirei do transe.
- Ah, é que você tem que sair comigo hoje.
- Por que?
- À meia-noite vai rolar uma batalha de rappers e eu coloquei meu nome na Bola de Ferro. Queria que você me acompanhasse, e que levasse a câmera.
- Para depois mandar para a imprensa?
- Não, só para eu ter as fotos como recordação.
- Mas as pessoas vão te reconhecer de qualquer jeito.
- O lugar é de um amigo meu, todos ja me conhecem. Então, você vai?
- Okay. Me espera lá embaixo, eu ja vou descer. E fica à vontade.
- Tá, to te esperando.
Corri no armário e o revirei tentando achar uma roupa. Acabei colocando uma saia branca, regata justa preta, uma jaqueta jeans azul clara, um all star converse de couro que tinha a estampa da bandeira dos EUA. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, escovei os dentes e passei maquiagem: delineador, rímel e batom vermelho (com um tom diferente do meu cabelo). Coloquei alguns colares e pulseiras, peguei minha bolsa e a câmera e desci.
Nanjoom estava sentado na bancada da cozinha comendo meus M&M's.
- Vou ter que trancar isso num cofre! Por que todo mundo que vêm aqui come meus pequenos preciosos?
- Porque é bom, pequena Pikachu. TÁ pronta pra ir?
- Claro.
Saímos de casa, trancamos tudo e entramos no carro.
Nanjoom era uma ótima companhia, ele não discutia sobre assuntos pessoais comigo. Ele me animava de um jeito bom e inexplicável.
Faltava muito pouco para a meia-noite quando chegamos ao tal lugar.
- Covil dos Rappers? Sério isso, Monster?
Ele apenas sorriu, saiu do carro, deu a volta e abriu a porta pra mim. Saí e fiquei olhando o tal "covil".
Era um prédio grande e baixo, de uns quatro andares. O lugar escuro era iluminado por pequenos feixes de luz vermelha, o que me parecia um lugar frequentado por pessoas marrentas e o que me causava arrepios.
Monster provavelmente percebeu, porque pegou na minha mão.
- Hey, eu to aqui, relaxa. - disse ele me dando um beijinho na testa.
Passamos pela porta e fomos engolidos por um mar de pessoas, bebibas, música e barulho. Se Nanjoom não estivesse segurando minha mão, eu teria me perdido facilmente.
Subimos as escadas e achamos os meninos apoiados em uma espécie de sacada, que dava vista para o resto interior do prédio. No centro, havia um grande ringue vazio.(Se você ja assistiu Gigantes de Aço, imaginem esse o covil como o Palácio da Pancadaria.)
- Léia, Rap! - Hope chegou pulando, todo animadinho.
Cumprimentei todos e logo descobri que Suga e Hope também iam duelar. Por um tempo, eu e o resto dos meninos ficamos jogando sinuca.

...

J-Hope, Suga e Monster ja haviam descido e eu e os meninos ficamos olhando tudo do segundo andar, que ficava pouca coisa acima da altura do ringue.
Um homem negro de cara americana subiu no ringue e anunciou um nome, o dono do nome ja em um dos cantos do quadrado de luta.
- E o outro adversário, que ja carrega medo e marra no nome! Rap Monster!!
O prédio todo foi a loucura. Saquei a câmera, ja a ligando para não perder as oportunidades dos melhores cliques.
Muitos minutos passaram, ouvindo apenas as rimas ofensivas do adversário de Nanjoom, que apenas respondia às provocações com Yo! de cabeça baixa. Mas quando Monster abriu a boca e começou a rimar, a verdadeira batalha se iniciou.
Os raps de Nanjoom não eram ofensivas, mas sim intimidadoras. Enquanto seu adversário falava de mulheres, sexo e orientações do pior tipo, Monster o destruía com suas rimas que falavam de seus sonhos.
Nanjoom rimava de uma forma que ele parecia voar no ringue, calmo, confiante e leve. Como uma borboleta.
No final da batalha, o marrento que estava duelando com ele, se ajoelhou a sua frente, mostrando desistência. RapMon olhou em volta e finalizou a guerra gritando:
- YAMMA NI GGUMEUN MWONI (hey você, qual o seu sonho?)
Todos estavam super eufóricos, gritando ao topo de seus pulmões. Nanjoom fez uma reverência e foi saldado pelos gritos.
- KILLER! KILLER! KILLER!
Ele conseguiu passar pela multidão até onde estávamos. Chegou todo suado, recebendo abraços de Jin e Kookie, V e Jimin lhe deram tapinhas nas costas. Ao chegar em mim, deu um sorriso tímido.
- Parabéns, Killer King!
- Foi por você, pequena Pikachu. Sua presença me fez ganhar.
Ele me pegou no colo, me abraçando abraçando e me girando no ar. Nossas testas estavam coladas, a respiração pesada, os olhos vidrados um no outro. Nanjoom selou nossos lábios em um selinho demorado.
Depois que percebemos o que tínhamos feito, ficamos acanhados e sussurramos um para o outro no meio de todo o barulho:
- Desculpa.

I NEED U GIRL ♡ {Min Yoongi} - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora